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20.3.16

É PRECISO ORAR E ACREDITAR NOS MILAGRES

O texto a seguir é o editorial do blog Rua Judaica de 11 de março de 2016, escrito pelo Cônsul Honorário do Estado de Israel no Rio de Janeiro e colunista do periódico O Globo, Osias Wurman.

Só depois que Yonatan Azriaev agarrou os braços do terrorista e jogou-o contra uma parede com caixas de refrigerantes é que ele se deu conta de que estava prestes a morrer.

Azriaev, um membro da seita hassídica Breslov, estava distribuindo panfletos religiosos no mercado ao ar livre em Petach Tikvah, Israel, quando ele entrou numa loja na esperança de dar um folheto para o caixa. Foi quando ele sentiu golpes afiados nas costas e nos ombros.

Sentindo-se perfurado por objeto cortante, Azriaev disse que imaginou estar sendo atacado por alguém que odiava as pessoas religiosas. Mas, em seguida, o proprietário da loja começou a gritar: "É um terrorista! É um terrorista! "

Percebendo que ele tinha sido esfaqueado, Azriaev disse que seguiu seus instintos. Ele girou, agarrou o atacante pelos braços, balançou-o em um círculo - "como você faria com uma criança", explicou ele - e jogou-o contra a parede. O atacante caiu no chão e Azriaev percebeu que ele próprio estava apunhalado no pescoço.

Azriaev, ainda sangrando de sua ferida, puxou a faca de seu próprio pescoço e esfaqueou o agressor, supostamente um palestino, que morreu poucos minutos depois. 

Quando se recuperar totalmente e voltar para casa, Azriaev disse que pretende retomar a sua missão na vida: a distribuição dos panfletos religiosos.

"Eu pensei que, se houvesse uma coisa que poderia me salvar, seria apenas que eu iria manter a distribuição destes panfletos", disse ele. "É por isso que Deus iria me salvar."

Um homem corpulento, com um rosto calmo tragado por uma barba preta e branca espessa, Azriaev, 35, passou os últimos 16 anos estudando livros religiosos. Ele vive com sua esposa e cinco filhos em Yavniel, uma aldeia agrícola de 4.000 pessoas, perto do Mar da Galiléia, no norte de Israel. Ele serviu em uma posição de não-combate no exército israelense.

Azriaev entrou para a seita Breslov aos 19 anos, depois de ler um de seus panfletos. Hoje, ele passa suas manhãs estudando Torá e nas tardes viaja por Israel para distribuir os folhetos, do tamanho de uma palma de mão, com textos hassídicos. No dia do atentado, ele estava distribuindo um intitulado: "Você vai ter sucesso."

A história de Azriaev foi um dos poucos momentos de justiça,  num dia marcado pela tragédia. Dois ataques de esfaqueamento e um atentado a tiros, em três cidades israelenses, deixaram 11 feridos e um turista americano, Taylor Force, morto.

 "Agradeço a Deus pelo milagre que ele fez para mim", disse Azriaev. "Por mais que alguém cuide de si mesmo, não é o suficiente. O que pode nos salvar é apenas uma curta oração a Deus ".

RAPPER NEGRO AMERICANO FAZ CONVERSÃO E IMIGRA PARA ISRAEL

O rapper Nissim, de Seattle, anteriormente conhecido como D. Black, na semana passada realizou um sonho que tinha desde sua conversão ao judaísmo, há três anos, tornar Israel o seu lar.

Imediatamente após o desembarque no Aeroporto Internacional Ben Gurion, Nissim falou que "a última peça que faltava para completar o quebra-cabeça da minha vida - A terra de Israel. Israel e o povo judeu formam uma unidade completa, por isso, quando você tem uma peça sem as outras, você tem um quebra-cabeça incompleto."

Nissim, sua esposa Adina, e seus cinco filhos desembarcaram em Israel em um voo Nefesh B'Nefesh. Mesmo que já tendo visitado Israel anteriormente, ele estava cheio de emoção: "É uma sensação incrível estar aqui e, finalmente, realizar meu sonho", disse ele. "Eu estava louco para ver meus filhos aqui, porque a primeira vez que estive em Israel, estava sozinho e agora compartilho a experiência com a minha família, e é muito mais importante para mim."
Adina (anteriormente Jamie) estava muito animada com a ocasião, mas admitiu que ela estava cética no início.

"Eu realmente não viria junto com ele", disse ela. "Dois anos atrás, meu marido estava aqui para uma visita, e ele queria se mudar para Israel no mesmo dia. Claro que eu estava um pouco cética. Esta é a minha primeira vez em Israel, mas eu já adoro esse lugar. Esta é uma decisão que chegamos juntos, e graças a Deus, estou muito feliz com isso "ele acrescenta: "foram necessárias muitas orações para que chegássemos aqui."

Ele nasceu, há 28 anos atrás, como Damian na área de Seward Parque de Seattle, Washington, em uma família afro-americana oprimida. Seu mundo era, disse ele, cheio de drogas e violência. Ele traduziu suas experiências diárias para canções sobre drogas, gangues e tudo mais. A música, disse ele, foi uma fuga de uma vida de violência e criminalidade, e ele estava indo muito bem na cena do rap com o álbum N que alcançou o número 12 nas paradas da Amazon.

O caminho de D. Black ao judaísmo não foi uma linha reta. Em 2008, seu amigo foi assassinado durante uma disputa com rivais em uma boate onde ele frequentava bastante. Este trauma começou uma viagem de busca pessoal de religião, fé e Deus.

Nissim, que quando menino foi criado por seu avô como muçulmano, buscou a religião "em várias fases da sua vida", diz ele. "Meu avô era um muçulmano sunita e ele me educou quando eu era jovem. Então, ele foi enviado para a prisão e meus amigos me apresentaram ao cristianismo, mas com o judaísmo era diferente. Você tem que persegui-lo e olhar para ele profundamente. As outras duas eram fáceis: eles te convidam e te recebem, com o dinheiro livre. Mas no judaísmo você tem que trabalhar para a abundância. Isso é como você pode manter o dinheiro ao longo do tempo".

Nissim - D. Black - disse que escolheu o seu nome com a ajuda "de cima". "Nós tivemos que escolher um nome para a conversão e eu olhei para um sidur. Alguém me ofereceu o nome Nissim, mas eu debati sobre um nome diferente. Eu falei com Deus e eu olhei para o relógio, e era quase a hora para a oração. Então eu peguei o livro de orações e que tinha Nissim escrito nele - e foi isso."

Adina disse que o seu nome significa seus objetivos pessoais para o futuro: "Eu me esforço para ser gentil, que é o significado do nome, e eu aspiro ser gentil todos os dias com meus filhos, meu marido e simplesmente gentil em geral."

Nissim tem seu plano de vida: viver em Jerusalém e continuar a fazer música, filmar um novo vídeo e sair em turnê ao redor do mundo. "Nós estamos indo filmar um novo clipe de vídeo em Safed e Tiberíades para a minha nova música 'Zman Cheiruteinu', então eu tenho um show com Gad Elbaz e um show, em março, no Brooklyn College, e eu definitivamente planejo voltar e visitar os Estados Unidos."

31.1.16

Quatro premissas erradas sobre Israel

"Os árabes nunca perdem a oportunidade de perder uma oportunidade", dizia Abba Eban, chanceler de Israel nos anos 1960 e 1970. Com o tempo, quem usa a frase foi trocando "árabes" por "palestinos". Porque o "conflito árabe-israelense" tornou-se a "questão palestina".

A tirada de Eban sobreviveu à sua morte, em 2002, por uma razão objetiva: a ampla maioria dos líderes árabes e muçulmanos tem recusado, nos últimos quase cem anos, qualquer solução de compromisso que inclua um Estado judeu, de qualquer tamanho ou desenho, em qualquer parte do antigo mandato britânico na região.

Do relatório da Comissão Peel (1937) às ofertas de Ehud Barak (2000) e Ehud Olmert (2008), passando pela partilha decidida pela ONU em 1947, a cada rejeição árabe-palestina costuma seguir-se um conflito, e dele resulta um status quo pior para os rejeicionistas, geralmente consequência de derrotas no campo de batalha.

Não se discute aqui a legitimidade dos objetivos de cada litigante, mas resultados concretos de escolhas políticas. E escolhas ruins costumam partir de premissas erradas.

A mitologia árabe-palestina sobre Israel e o sionismo é útil para produzir fanáticos. Serve também para oferecer um horizonte anticapitalista (regressista) a grupos que, com o fim do campo soviético, perderam as referências anticapitalistas progressistas. Ajuda ainda a fantasiar de "anti-imperialismo" o velho antissemitismo. Mas adiciona pouco ao sucesso da emancipação palestina. Também por basear-se em premissas equivocadas.

A primeira premissa errada é considerar Israel um enclave imperialista, um empreendimento colonial. Ora, o moderno projeto sionista nasceu no século 19, mas consolidou-se nos anos 30 e 40 do século passado contra o desejo da potência colonial de ocupação, o Império Britânico. Basta consultar, por exemplo, sobre o infame "Livro Branco de 1939".

Nele, à beira da Segunda Guerra Mundial e com as leis racistas da Alemanha de Hitler já em vigor, o governo britânico comandado pelo notório Neville Chamberlain rejeitava a partilha da Palestina e a criação de um Estado judeu, limitava a imigração judaica a 75 mil pessoas nos cinco anos seguintes (que viriam a coincidir com o Holocausto) e restringia o direito de os judeus comprarem terras dos árabes, entre outras cláusulas.

Os propagandistas da tese "colonial" precisariam explicar por que, em plena descolonização do pós-Guerra, a União Soviética de Josef Stálin votou na ONU em 1947 a favor da criação do Estado judeu, enquanto o maior colonizador da época, o Reino Unido, abstinha-se, para não desagradar aos sócios árabes. E a URSS foi o primeiro país a estabelecer relações diplomáticas oficiais com Israel.

Israel é produto da luta de independência da nação judaica, a partir da criação do moderno movimento sionista, desencadeado no final do século 19 pela agudização das perseguições antissemitas na Europa e pela frustração com o produto das revoluções burguesas.

Um ramo judaico abraçou o sionismo, inclusive o socialista. Outro aderiu ao marxismo, na esperança de a revolução proletária garantir aos judeus a igualdade prometida, mas nunca realizada. Um terceiro escolheu a assimilação. Um quarto, a ortodoxia religiosa.

Naturalmente, sionistas e Israel procuraram, ao longo dos anos, aproveitar as contradições entre as potências para ganhar aliados.

Não há originalidade nisso. Lênin entendeu-se com os alemães para voltar à Rússia e fazer sua revolução, que incluía tirar os russos da Primeira Guerra, algo de grande interesse para o inimigo alemão. Os Estados Unidos obtiveram apoio da França na guerra pela independência contra o Império Britânico. O Brasil recebeu ajuda da Inglaterra para livrar-se da dominação colonial portuguesa.

Fazer as alianças certas é chave em processos de emancipação nacional. Infelizmente para o movimento árabe-palestino, seus principais líderes decidiram aliar-se à Alemanha nazista na Segunda Guerra. Depois alinharam-se à União Soviética na Guerra Fria.

Enquanto isso, os judeus sionistas lutaram ao lado dos vencedores nas duas grandes guerras do século passado e –também com uma dose de ventura– acabaram empurrados para uma aliança com os Estados Unidos contra a União Soviética, que dera as costas aos sionistas-socialistas e se vinculara às revoluções antimonárquicas e nacionalistas no mundo árabe nos anos 50 e 60.

Sobre alinhamentos, aliás, registre-se que vão de vento em popa as relações de Israel com os países mais dinâmicos dos Brics, como a Índia e a China.

A segunda premissa errada é a de que a vantagem aritmética árabe-muçulmana em território, população e forças convencionais será, um dia, suficiente para remover Israel do mapa. De acordo com essa tese, Israel seria um fenômeno passageiro, como a presença dos cruzados na Terra Santa.

Além de ignorar a relação milenar dos judeus com a região, a premissa tem sido negada pelos fatos. A "unidade antissionista árabe-muçulmana" é só um slogan, apenas ficção.
Egito e Jordânia já assinaram e praticam acordos de paz com Israel. A Turquia era um grande parceiro de Israel até a ascensão dos islâmicos ao poder. A relação piorou, e agora volta a melhorar. "Israel precisa da Turquia, mas a Turquia também precisa de Israel", disse dias atrás o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.

No fim de 2015 anunciou-se a abertura da representação israelense em uma agência internacional de energia renovável em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes. Os países do Golfo, assim como a Turquia, não estão confortáveis com as ambições do Irã. Os fatos recentes comprovam.

Os árabes enfrentam hoje duas grandes ameaças imediatas: o fundamentalismo sunita (Al Qaeda, Estado Islâmico) e o expansionismo persa-xiita (Irã). Não há unidade nem entre os palestinos, divididos ideológica, política e territorialmente entre os nacionalistas do Fatah e os islâmicos do Hamas.

Israel não se considera inimigo de seus vizinhos também por não ter disputas territoriais com o Egito, a Jordânia e o Líbano. Sobre a Síria, a ocupação e posterior anexação das colinas de Golã foram resultado de conflitos motivados principalmente por razões de segurança.

O terceiro erro é fazer o paralelo entre Israel e a África do Sul do apartheid. No apartheid, a segregação social da maioria negra assentava-se na segregação política. A bandeira fundadora da luta contra o apartheid era o "um homem, um voto", o voto igual de brancos e negros. Nelson Mandela foi um líder político, não um ativista social.

Em Israel, os árabes israelenses não apenas votam mas são votados, constituem partidos e influem no poder. A principal coalizão árabe é a terceira maior bancada no atual Knesset (Parlamento). Uma deputada árabe preside o Comitê Parlamentar sobre o Status das Mulheres e a Igualdade de Gênero.

A minoria árabe não influi mais porque a maioria de seus representantes não admite participar de coalizões de governo com partidos sionistas. Depois da última eleição, recusaram unir-se ao campo trabalhista e social-democrata contra o campo nacionalista-religioso e de direita liderado por Benjamin Netanyahu.

Apartheid político e discriminação é o que se vê em países vizinhos, ou próximos.
A guerra civil na Síria, como a do Iraque, nasceu da rebelião dos sunitas contra o monopólio político dos xiitas. No Egito, um partido islâmico foi tirado do poder pelos militares, colocado na ilegalidade, e seus líderes estão presos, alguns condenados à morte. 
No Iêmen e no Bahrein são os xiitas a rebelar-se contra os sunitas.

Que "apartheid"? Arábia Saudita e Irã, entre outros, são Estados formalmente islâmicos. É sintomático que a República Islâmica do Irã seja universalmente aceita, enquanto Israel se declarar um Estado judeu é apontado pelos críticos como prova de discriminação em relação às demais religiões.

É o velho antissemitismo, de roupa nova: nega-se aos judeus o que se aceita como natural nos demais povos. Da propriedade de terras na Idade Média ao direito de constituir um Estado nacional em nossos tempos, a conversa é a mesma. Nunca muda.

BOICOTE

O quarto erro é apostar no isolamento, no boicote político e econômico para colocar Israel de joelhos e eventualmente riscá-lo do mapa. É uma estratégia baseada na hipótese de construir uma correlação de forças planetária decisiva contra Israel.

Isso é, no mínimo, muito improvável. Entre outras muitas razões, Israel está totalmente integrado à economia global e desempenha papel estratégico em seu polo mais dinâmico, a produção de alta tecnologia para fins agrícolas, industriais e militares. Israel depende do resto do mundo, mas o resto do mundo também depende de Israel.

Esse aspecto de seu desenvolvimento faz Israel produzir e adquirir continuamente tecnologia militar que lhe permite capacidade de dissuasão diante dos inimigos potenciais –o que tem sido chave para a paz com os vizinhos. Se queres a paz, prepara-te para a guerra, diz o ditado.

No plano religioso, a enorme superioridade numérica do Islã sobre o judaísmo de alguma maneira vem sendo contrabalançada pela crescente aproximação entre o judaísmo-sionismo e diversos ramos do cristianismo. Este não é indiferente à busca da hegemonia pelo Islã nem é cego à limpeza étnica de seus fiéis no Oriente Médio e norte da África, limpeza acelerada pela força crescente do islamismo político extremista após o ocaso da Primavera Árabe.

Não há aqui qualquer juízo de valor sobre essas religiões, só constatação de fatos.

São muitas as premissas erradas. Ao agarrar-se a elas, o movimento nacional palestino e seus amigos fogem do único caminho viável: buscar uma solução baseada na aceitação mútua da existência alheia. Essa é a premissa certa.

Mesmo o sempre batido tema dos israelenses que moram em territórios da possível futura Palestina perderia importância.

Se um Estado palestino estiver disposto a conviver em paz com o Estado judeu, qual o problema de existir uma minoria judaico- israelense na Palestina? Afinal, há uma importante minoria de árabes em Israel, boa parte dos quais se considera palestina e não pretende mudar de endereço se o Estado palestino for criado.

Quando França e Alemanha decidiram viver em paz e encerrar guerras que pareciam eternas, ninguém se preocupou em saber quantos alemães haveria na França ou quantos franceses morariam na Alemanha. Se dois vizinhos optam pela paz duradoura, isso deixa de ser assunto.

Na opção pela paz, Israel e Palestina poderiam ser como França e Alemanha, o núcleo de uma integração política e econômica regional, com a participação decisiva da Jordânia. 

Não seria ótimo?

Para tanto, porém, será preciso resolver de vez o problema apontado no início deste texto. Os árabes e os iranianos precisariam aceitar a realidade: o Estado judeu de Israel é legítimo, forte, soberano e está ali para ficar. Quando –e se– isso for aceito e esse nó desatado, o resto será consequência.

O movimento nacional palestino só tem futuro se deixar de considerar os judeus "colonos", Tel Aviv um "assentamento" e a presença judaica em qualquer parte do território uma "ocupação".

ALON FEUERWERKER - é jornalista e analista político, foi Secretário de Redação da Folha, colunista político do "Correio Braziliense" e subchefe de Assuntos Parlamentares da Presidência (governo Lula).

<Rua Judaica>

30.12.15

Palestinos e nazistas


Binyamin Netanyahu está errado: não foram os palestinos que ensinaram a matança sistemática de judeus aos nazistas.

O Holocausto, como qualquer historiador sério sabe, não se refere apenas ao período pós-1942, quando na Conferência de Wannsee se decidiu "a solução final para a questão judaica" (é importante citar "questão judaica" porque há sempre uns eruditos para quem o Holocausto não foi especificamente pensado para os judeus).

O Holocausto abrange todo o período entre 1933 e 1945, ou seja, desde a chegada de Hitler ao poder até a derrota do Terceiro Reich na Segunda Guerra Mundial. E, nesse período, os nazistas não precisavam de lições de genocídio de palestinos.

A partir de 1933, a perseguição e os assassinatos começaram; campos de concentração foram erguidos na Alemanha; a partir de 1938, com a "Kristallnacht", as matanças esporádicas tornaram-se rotina.

E, com o início da Segunda Guerra Mundial, os fuzilamentos em massa passaram a ser o prato do dia. 
Um exercício que era demorado, psicologicamente exigente (para a frágil saúde mental dos soldados do Reich, entenda). Era preciso uma "solução" mais rápida e, digamos, "indolor".

A partir de 1942, ou seja, com a desastrosa campanha contra a União Soviética (ou, para os eruditos, contra os seus aliados soviéticos, porque nazistas e comunistas tinham um pacto desde 1939), começaram as primeiras experiências químicas para matar judeus como quem mata baratas ou outros seres rastejantes.

Quando os nazistas descobriram o infame Zyklon B (que, ironia macabra, servia para matar baratas e outros seres rastejantes), estava encontrada a chave para acabar com os judeus da Europa.
Isso significa que o líder árabe na Palestina –Haj Amin al-Husseini– é inocente no antissemitismo assassino do mesmo período histórico? Também não. Vamos esquecer, por motivos caridosos, o fato de Al-Husseini ter sido considerado criminoso de guerra em Nuremberg e ter fugido para o Egito.

A pergunta fundamental é outra: por que motivo o "mufti" de Jerusalém foi considerado um criminoso de guerra?

Não é preciso consultar obras de peso sobre o assunto. Gregory Harms e Todd M. Ferry, apesar das suas simpatias pró-palestinas –repito: pró-palestinas–, escreveram um excelente livro de introdução ao conflito israelo-palestino que recomendo sempre a interessados –e a iletrados.

O retrato que ambos pintam de Al-Husseini resume-se a isto: o "mufti" representa um dos maiores erros do Mandato Britânico da Palestina.

Resumindo uma longa e complexa história, a partir do momento em que os britânicos, nos escombros da Primeira Guerra, decidiram que a Palestina deveria ser partilhada entre judeus e árabes, que já habitavam o território sob administração do Império Otomano (império que desapareceu na guerra), os árabes recusaram essa partilha. Assim começou, no essencial, a luta que dura até hoje.

Confrontado com essa violência, Londres acreditou que o "mufti" de Jerusalém era a pessoa indicada para tentar sossegar os ânimos.

Errou. Barbaramente. Al-Husseini não era apenas um antissemita virulento, que incitava aos confrontos e desejava uma limpeza étnica na Palestina.

Com o Terceiro Reich, o "mufti" estabeleceu relações de amizade e cooperação com Hitler. Na Palestina, criou os "escoteiros nazistas" (uma cópia da Juventude Hitlerista); recebeu apoio financeiro da Alemanha e até da Itália para a luta contra os judeus; e quando, na Alemanha, conheceu finalmente os campos de concentração, retornou à Palestina para também construir um campo do gênero perto da povoação de Nablus.

O premiê israelense Netanyahu está errado. Não foi Al-Husseini quem ensinou a lição a Hitler. O que aconteceu foi o contrário: na teoria e na prática, o Terceiro Reich apenas deu alimento suplementar a um ódio ideológico que já existia na Palestina.

Escuso de dizer que é esse o ódio que permanece até hoje. Porque o conflito israelo-palestino não é, porque nunca foi, um problema territorial. É um problema ideológico que não tem solução enquanto uma das partes olhar para os judeus exatamente como Hitler olhava para eles.

João Pereira Coutinho - Escritor português, é doutor em ciência política. É colunista do 'Correio da Manhã', o maior diário português. Escreve às terças-feiras na versão impressa, e a cada duas semanas no site da Folha.

LEMBRANÇAS DA NOITE DO ASSASSINATO


TEL AVIV – O que sentiram e pensaram os jornalistas israelenses que cobriram ao vivo o assassinato de Yizthak Rabin, há exatos 20 anos? 

Foi isso que se perguntaram os produtores de uma reportagem recente no Canal 2, que reuniu cinco jornalistas famosos que, por acaso, estavam de plantão naquele sábado, 4 de novembro de 1995. 

Todos achavam que seria uma noite normal depois de uma manifestação histórica pela paz na Praça Malchei Israel (atual Praça Rabin), em Tel Aviv.

 

A manifestação reuniu centenas de milhares de israelenses, incluindo o próprio Rabin (que pensou em não ir porque não sabia se seria um fracasso de público) e Shimon Peres. Foi só no fim do evento, depois que Rabin e Peres desafinaram cantando a “Música para a Paz” (Shir LaShalom), que o assassino Yigal Amir atirou três vezes nas costas do primeiro-ministro. Mudou a História e, quero crer, entristeceu o país inteiro (infelizmente, nem isso é consenso em Israel). A reportagem, em hebraico, pode ser vista pelo link:
http://www.mako.co.il/news-channel2/Channel-2-Newscast-q4_2015/Article-54c0dec
5be5a051004.htm?sCh=86806603e7478110&pId=25483675


O repórter Aharon Barnea, deslocado para o hospital onde Rabin foi internado, foi o primeiro a dar a notícia da morte na TV. Ele estava com um telefone celular enorme – daqueles tijolões – no ouvido porque o cabo de som que o ligava ao estúdio não estava funcionando. A certa altura, ele ouviu um médico dizer: “há pulso”. 
Ficou esperançoso. Outra jornalista, Smadar Peled, chegou a afirmar que a situação do premiê era “grave, mas estável”.

-- Me segurei nessa esperança – contou Aharon Barnea. – Mas, logo depois, alguém sussurrou que ele tinha morrido. Decidi que não ia falar nada ao vivo na TV até sair o comunicado oficial.

Quando isso aconteceu, Barnea só consegui dizer: “Saiu um comunicado de Eitan Haber (assessor de imprensa do premiê): Rabin morreu. Mais do que isso não posso falar”.

-- Senti que não podia falar nada mais porque começaria a chorar na frente das câmeras – contou Barnea. – Trabalho há muitos anos nessa profissão e nunca pensei que seria o primeiro a informar algo assim. Estava devastado. Continuo devastado até hoje. É um trauma para toda a vida. As lágrimas de hoje são porque, na verdade, não aprendemos nada. A pergunta não é se haverá outro assassinato político, é quando – disse Barnea, pessimista com o clima atual em Israel, duas décadas depois.
Outro jornalista, o âncora Yaakov Eilon, também fez história naquela noite. Foi ele quem, do estúdio, segurou a transmissão dos eventos ao vivo. 

-- Me chamaram de urgência para trabalhar e, num certo momento, disseram no fone de ouvido que Rabin tinha falecido, mas que não era para eu falar ainda – disse Eilon.

Quando sentiu que Aharon Barnea, depois de dar a informação dramática, não conseguia mais falar de emoção, Eilon pediu a palavra e improvisou. Olhou no relógio e afirmou: “Agora são 11:15 da noite e o primeiro-ministro morreu”.

-- Vou fazer uma confissão. Não sei se o meu relógio estava certo. Acho que estava atrasado uns dois ou três minutos... – brincou. – 
Não sei se vai haver mais um assassinato político. Mas se acontecer, não será mais surpresa.

Outro jornalista de peso, Gadi Sukenik, também trabalhava naquela noite. Foi ele quem deu o furo que aumentou ainda mais o trauma nacional: a identidade do criminoso.
-- Eu tinha certeza de que era um árabe. Mas, assim que as imagens do assassino começaram a passar na TV, um estudante me ligou e disse que conhecia o cara, tinha 25 anos, era um estudante religioso de direita de Direito da Universidade Bar-Ilan se chamava Yigal. 
Infelizmente, acho que um novo assassinato político pode acontecer de novo, daqui a cinco minutos – completou Sukenik, também pessimista.

Infelizmente, 20 anos depois do assassinato de Rabin, um líder que ousou liderar, que ousou mudar a situação, que ousou buscar a paz, o clima em Israel continua sendo de conflito interno e de intolerância. Minha esperança são as crianças. Depois de aprender na escola, minha filha de quase 8 anos me explicou, há alguns dias, quem foi o ex-primeiro-ministro: “Rabin foi um rapaz importante que falou algo sobre a paz”.

(Originalmente publicado em 03/11/15, na Rua Judaica)

27.10.14

NUNCA MAIS


“O holocausto força-nos a perguntar as seguintes questões:

O que eu teria feito?

O que teria feito se fosse um judeu em Berlim, em 1933, quando Hitler ascendeu ao poder?
Teria fugido?

Teria vendido minha casa e abandonado meu trabalho?

Retirado meus filhos da escola no meio do ano?

Ou teria dito a mim mesmo: isto vai passar, é só um momento de loucura, Hitler só disse estas coisas porque é um político procurando se eleger. Sim, ele é antissemita, mas quem não é?

Já vivemos tempos piores do que este. É melhor esperar, manter minha cabeça fria. Isto passará.

O que eu faria se fosse um cidadão alemão, em Berlim no dia 18 de outubro de 1941, quando o primeiro trem partiu conduzindo 1.013 judeus, entre crianças, mulheres e velhos, todos destinados a morrer?

Não pergunto o que teria feito se fosse um nazista, mas o que teria feito se fosse um cidadão honesto testemunhando esse fato no local?

Um cidadão alemão, de minha idade, com três filhos como eu. Um homem que educou seus filhos nos princípios da decência, do direito inalienável à vida e ao respeito. Teria eu permanecido em silêncio? Teria protestado?

Teria eu sido um dos numerosos berlinenses que tentaram incognitamente resistir ao nazismo, ou dos que continuaram vivendo como se nada estivesse acontecendo?

Ou o que teria acontecido se eu fosse um dos 1.013 judeus naquele trem? Teria embarcado?

Teria escondido minha filha de dezoito anos nas florestas do norte?

Teria dito aos meus dois filhos homens para que lutassem até a morte?

Jogaria fora minha mala e sairia correndo?

Ou atacaria os guardas em seus uniformes negros e morreria honrada e corajosamente, rapidamente, ao invés de vagarosamente torturado e faminto?

Penso saber a resposta, e você também.

Nenhum - NENHUM - dos 1.013 judeus que partiram para a morte lutou contra os guardas.

Nem eles nem os milhares que os seguiram partindo desta mesma plataforma.

Meu avô, Bela Lampel, também não o fez, quanto um soldado alemão, tirou-o de casa, tarde da noite de 18 de março de 1944.

“Bitte” disse a mãe dele, minha bisavó Hermine, para o soldado alemão. Ela lentamente ajoelhou-se e abraçou as botas do soldado. “Bitte, não esqueça que você também tem uma mãe”.

O soldado não disse uma só palavra. Ele não sabia, que da cama, escondido sob o colchão, meu pai tudo observava. Um jovem judeu de 13 anos, que de um dia para o outro virou um homem.

Porque eles não lutaram? Esta é a pergunta que me assombra. Esta é a pergunta que o povo judeu não sabia responder desde a partida do último trem para Auschwitz.

E, a resposta – a única resposta – é que não acreditavam, que a maldade suprema existia, mas agora sabem e acreditam, e como!

Sabiam na época, naturalmente, que existe gente má no mundo, mas não acreditavam na maldade suprema, na maldade organizada, sem perdão ou hesitação, maldade fria que os visualizavam mas não os viam, nem por um momento como seres humanos.

Pela ótica de seus assassinos, eles não eram pessoas. Não eram pais, mães e filhos. 

Nunca haviam celebrado o nascimento de um filho, nunca se apaixonaram, nunca levaram seu velho cão para passear, às duas da manhã, ou riram até chorar ao assistir uma comédia inesquecível.

É só isso que você precisa para assassinar seu semelhante. Estar convencido que ele não é um ser humano. Estar convencido que ele não é um homem na acepção antropológica da palavra.

Quando esses assassinos olhavam para os prisioneiros nos trens que partiam das plataformas em sua jornada final, não viam pais e mães, mas só JUDEUS.

Não eram poetas ou músicos, mas só JUDEUS.

Não eram Herr Braun ou Frau Schvartz, mas só JUDEUS.
A “DESTRUIÇÃO” começa com a perda provocada da identidade.
Não traz surpresa, que a primeira coisa que ocorria quando chegavam em Auschwitz, era tatuar um número em seus antebraços.

É difícil matar Rebecca Grunwald, uma linda e graciosa jovem de 18 anos, mas uma judia número 7762 A, é fácil de matar, mesmo quando continue a mesma pessoa.

Setenta e cinco anos mais tarde, sabemos um pouco mais? Entende-se mais?

O Holocausto coloca aos olhos de Israel um desafio duplo: Por um lado nos é ensinado que devemos sobreviver a qualquer custo, e sermos capazes de nos defender a qualquer 
preço.

Trens lotados de judeus nunca mais partirão de plataforma alguma, seja qual for o destino e o lugar no mundo. A segurança do Estado de Israel e seus cidadãos deve estar para sempre nas mãos de seus habitantes exclusivamente, sejam judeus ou não.

Temos amigos, e estaremos em companhia dos mesmos. A nova Alemanha, já provou sua atual amizade a Israel, mas não podemos nem devemos confiar em ninguém a não ser em nós.

Por outro lado, o Holocausto nos ensinou, que independentemente de qualquer circunstância, devemos ser e permanecer sempre como um povo e Estado com sentimentos e moral elevada.

A moral humana não é avaliada quando tudo caminha normalmente, ela é julgada pela nossa habilidade em ver e sentir o sofrimento de terceiros, mesmo quando temos razões bastantes para ver exclusivamente os nossos.

O Holocausto não pode ser comparado, e não deve sê-lo, com qualquer outro evento na história humana. Foi, nas palavras de K. Zetnik, um sobrevivente de Auschwitz, “um outro planeta”.

Não devemos comparar, mas devemos sempre lembrar o que aprendemos.

A guerra que travamos hoje, que parece continuar, e que o mundo civilizado – quer queiram, quer não – será parte dela, fundamenta as duas lições que tiramos do Holocausto, colocando infelizmente uma diante e oposta a outra.

A necessidade de sobreviver nos ensina como sermos combativos para nos defender.

A necessidade de permanecermos politicamente corretos, mesmo quando a imoralidade nos rodeia, nos ensina minimizar o sofrimento humano tanto quanto possível.

Nossa conduta moral não é avaliada em um laboratório esterilizado ou em um livro de filosofia.

Nas últimas semanas, nossa avaliação perante a opinião pública mundial e principalmente pela mídia internacional facciosa como sempre em relação a Israel, foi feita durante intensa troca de foguetes e bombardeios.
Milhares de foguetes foram lançados contra Israel, enquanto terroristas armados do Hamas continuavam a cavar túneis que os levavam a jardins de infância, com o objetivo de raptar e matar nossas crianças.

Qualquer um que nos critique deve fazer a si uma única pergunta: “O que você faria se viesse à escola de seus filhos um terrorista do Hamas armado com uma metralhadora e começasse a atirar?”

O Hamas, ao contrário do que fazemos, querem matar JUDEUS. Jovens ou velhos, mulheres ou homens, soldados ou civis.

Não veem diferença, pois para eles, não somos pessoas. Somos JUDEUS, razão bastante para tentar nos matar, exatamente igual aos nazistas.

Nosso termômetro moral, mesmo nessas circunstâncias, é continuar a distinguir entre inimigos e inocentes.

Cada criança que morre em Gaza, faz sangrar nosso coração. Eles não são do Hamas, não são inimigos, são apenas crianças.

Israel é o primeiro e único pais, em toda história mundial militar, que informa seus inimigos previamente quando e onde vai atacar, afim de evitar feridos civis.

Israel é o único país que transfere alimentos e medicamentos aos seus inimigos mesmo durante o embate.

Israel é o único país em que pilotos abandonam suas missões quando identificam civis no solo a ser bombardeado. Assim mesmo, crianças morrem, e crianças não existem para morrer assim.

Hoje na Europa, e como em todo mundo, seus habitantes estão confortavelmente sentados em seus lares, vendo as notícias do dia, e comentando como Israel está falhando em sua estratégia de autodefesa.

Por que? Porque em Gaza pessoas sofrem e morrem. Não entendem – ou não querem entender – que o sofrimento em Gaza, é a MAIOR ARMA DA SUPREMA MALDADE - OU SEJA - DO HAMAS.

Quando tentamos explicar a todos, minuto a minuto, dia após dia, semana após semana, que o Hamas usa seus filhos, suas crianças, como escudos humanos, pondo-os na linha de fogo intencional e cruelmente, para assegurar que vão morrer, esse diabólico Hamas, sacrifica essas vidas jovens e promissoras para vencer sua guerra de propaganda, e assim mesmo a opinião pública mundial não judaica, recusa-se a acreditar nisto.

Por que?

Porque, não conseguem acreditar que seres humanos – seres humanos que parecem sê-lo, e soam como se fossem – são capazes desse comportamento diabólico.

Porque, pessoas de bem, recusam-se a reconhecer essa suprema maldade, só quando já é muito tarde.

Dia a dia, perguntamos a nós mesmos, porque a humanidade prefere nos criticar, mesmo quando fatos gritantes e incontroversos indicam o contrário.

Hoje, mundo a fora, fanáticos muçulmanos estão massacrando outros muçulmanos. Na Síria, no Iraque, na Líbia e na Nigéria morrem mais crianças em um dia, do que em Gaza em um mês.

Cada semana, uma mulher é sequestrada e estuprada, homossexuais são enforcados e cristãos decapitados. Enquanto isso o mundo observa, calma e educadamente, voltando obsessivamente a condenar Israel por tentar se defender e a seus cidadãos.

Parte dessas críticas vem de antissemitas. Mais uma vez, emerge o monstro do preconceito. Mas não perdem por esperar, lutaremos contra vocês sempre, em qualquer tempo e lugar. Os dias em que os judeus silenciavam já eram.

Nunca mais calaremos face o antissemitismo travestido de antiisraelismo, e esperamos que cada governo, em cada país, com o bom senso de todos os governantes, ombro a ombro ajude-nos a combater essa maldade suprema que insiste em reviver.

Muitos preferem nos criticar e focar sua raiva sobre nós, porque sabem que somos os únicos que os ouvimos porque defendemos todos os pontos em que o Hamas é contra, como direitos humanos, racionalidade, liberdade para os gays, direito das mulheres, liberdade de religião e de opinar.

Não nos deixemos enganar. A suprema maldade está aqui. A nossa volta. Está procurando vigorosamente nos ferir.

O fundamentalismo Muçulmano é a mais recente manifestação da suprema maldade, e como o nazismo que o precedeu, nos ensinou como usar nossas estratégias para nos defender.

Diabolicamente usam nossa incapacidade de aceitar que seres humanos utilizem e matem seus filhos e cidadãos civis em geral, para vencer uma guerra de propaganda, materializada pela captação por uma lente de TV, de um cenário de morte e sofrimento que circulará pela mídia internacional na sua perseguição infinita contra os judeus e o Estado de Israel.

Finalmente, quero alertar aos líderes do Hamas, do Estado Islâmico ou ISIS, que nunca estarão seguros onde quer que estejam enquanto continuarem a matar vítimas inocentes.

Assim como, os principais líderes do Ocidente, continuaremos a perseguir até a extinção esses assassinos do Hamas e seus parceiros.

Essa suprema maldade que Israel enfrenta hoje, a Europa já sabe, que se falharmos ao tentar detê-los, eles serão os próximos alvos.

Nunca mais embarcaremos nos trens da morte, esteja o Mundo certo disso!

Shalom!

*Yair Lapid é jornalista e ministro das Finanças de Israel.


26.3.14

Funcionários do Ministério das Relações Exteriores declaram greve geral, paralisando sistema diplomático de Israel

Greve é o culminar de sanções renovadas, protestando falha do Ministério das Finanças para resolver queixas dos diplomatas


Funcionários do ministério das Relações Exteriores em greve

Funcionários do Ministério das Relações Exteriores declararam uma greve geral neste domingo, após duas semanas de paralisações parciais. A greve está prevendo o fechamento das missões estrangeiras do país e a paralisação total do sistema diplomático israelense.

Pela primeira vez desde a criação do Estado de Israel, 103 missões israelenses no Exterior serão fechadas, assim como a sede do Ministério das Relações Exteriores em Jerusalém. Ambas serão completamente fechadas, e por um período indefinido de tempo, para protestar contra as condições de trabalho dos diplomatas israelenses e a decisão do Ministério das Finanças de cortar seus salários durante as paralisações.

O Sindicato dos Trabalhadores do Ministério das Relações Exteriores informou a todos os empregados em Israel e no Exterior, por e-mail e mensagens, de que a greve geral começaria às 03:00 h deste domingo e instruiu-os a deixar seus locais de trabalho imediatamente.

"A Sede do Ministério das Relações Exteriores será fechada para todas as atividades. Todos os trabalhadores, em todas as posições, são ordenados a ficar longe do escritório", disse o comitê num comunicado a todos os trabalhadores. "Missões israelenses no Exterior serão fechadas, a partir de segunda-feira 24 de março. Todos os trabalhadores, em todas as posições, estão ordenados a ficar longe das missões".

Fontes do Ministério das Relações Exteriores disseram que o encerramento das missões no Exterior seria total e que os agentes de segurança haviam sido instruídos a impedir a entrada a todos, incluindo funcionários do Ministério da Defesa, o IDF, Mossad, Shin Bet - Serviço de Segurança e outros ministérios do governo.

A sede em Jerusalém será bloqueada ao longo da greve e a entrada será negada ao ministro das Relações Exteriores Avigdor Lieberman, ao vice-chanceler Ze'ev Elkin e ao Diretor-Geral Nissim Ben-Sheetrit.

O comitê da greve vai lidar com os pedidos de cidadãos israelenses, ou empresas privadas, durante o período da greve, mas apenas nos casos em que haja perigo de vida. O comitê pode ser contatado em unionmfa@israel.org

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu foi forçado, na semana passada, a cancelar 
uma visita "histórica" (?) para a América Latina prevista para abril, depois que seu bureau encontrou muitas dificuldades em fazer os arranjos necessários devido às sanções dos diplomatas, que incluem uma recusa global de ajudar a organizar viagens ao Exterior para qualquer ministro.

Os diplomatas também se recusaram a lidar com a visita do primeiro-ministro britânico David Cameron, na semana passada (embora ele veio de qualquer maneira), e agora estão se recusando a cooperar sobre os preparativos para a visita do Papa a Israel, em maio. Uma delegação do Vaticano, que deveria ter visitado Israel para trabalhar nos arranjos, cancelou sua viagem, e agora é incerto se a visita do Papa acontecerá.

14.8.13

Meet the No. 2 Israeli on Facebook

By Anne Cohen

 
For her 30th birthday, Meytal Cohen is achieving every struggling artist’s dream — she’s sticking it to her family.

On August 9th, Cohen’s Kickstarter campaign to raise funds for an original album will come to a close. With only three days to go, she has almost doubled her $60,000 goal and has 2,519 backers.
But Meytal Cohen isn’t just anyone. With 391,953 fans as of this morning, the Israeli transplant to the U.S. has more Facebook likes than both President Shimon Peres (162, 625) and model Bar Refaeli (203,642), and trailing only slightly behind Benjamin Netanyahu (460,756), making her what newspaper Yediot Aharonot called “the second most liked Israeli on the Internet.”

For this heavy metal drummer who rose to fame on Youtube — her videos have been viewed over 65,000,000 times — it’s a dream come true.

“It’s very humbling, I don’t know how [it] really happened. I’ve been shooting and uploading, note for note drum covers of my favorite songs/drummers for the last 3 years now,” she told the Forward in an interview. “I feel I have this huge data base of drum grooves and fills, and now it’s time for me to take all that I’ve learned from my favorite drummers and create something new.”

Excitement over her upcoming project aside, Cohen’s enthusiasm stems from newly found support from family members, impressed that she is achieving her dream on her terms.

This wasn’t always the case.

“My dad was killed by a drunk driver while he was standing on the sidewalk when I was in second grade, and my mom raised us all by herself,” she explained. “It was very important to her that we all go study and have a ‘serious profession that you can actually make a living of off’ so she wasn’t happy with[my decision to be a musician]. My entire family consists of lawyers, and doctors and I would get calls on a daily basis asking me if “’I’ve made it yet.’

Their attitudes changed after Cohen made it onto a front page spread in Yehidot Aharonot, one of Israel’s largest newspapers.

“It definitely helped me with my family. Suddenly I was in the newspaper and my mom was [talking about my number of followers] like it was the first time she ever heard it,” Cohen laughed. She said ‘Do you get how much that is? ‘ Like, she’s telling me.

Cohen first got into metal in high school, when her first boyfriend gave her a mixtape (Aw…). But being a female heavy metal drummer has its ups and downs. On the one hand, the surprising combination is part of Cohen’s appeal to viewers, who see a feisty woman playing an instrument traditionally associated with the John Bonhams of the world. On the other, she often has to push against stereotypes.

“Before I did Youtube I would go to audition and I felt like there was a lot of pressure for me, almost like I was representing the female gender,” she said. “It stressed me out. I didn’t want to play the stereotype and I felt that if I wasn’t good enough I was ruining it for women everywhere. “

As an Israeli, Cohen must also walk a thin line. Though she gets positive comments from fan all over the world, from Europe to South America, she also deals with haters who tell her to “go back to Auschwitz.”

Nevertheless, Cohen says she will push forward and remain vocal about her identity. “I’m proud and always very public about being an Israeli and the fact I served two years in the IDF, she said. “I am who I am, and
I’m not trying to hide it. From 3 years of reading YouTube comments, I can guarantee that you can never make everybody happy…so I try to focus on the people that are.”

We would expect nothing less from the second most liked Israeli on the Internet. Bibi better watch out — Meytal Cohen is gaining on him. Fast.

 <The Forward>

28.4.13

Um ás do Pôquer no Exército Israelense

poquer

O Cabo Eyal Ashkar, 19 anos, nascido em Jerusalém, é um fenômeno israelense nas mesas de Texas Hold'em. O soldado já uma referência do esporte em Israel e pretende se profissionalizar após o serviço militar. Enquanto seus companheiros soldados tiram a semana de folga, concedida pelas Forças de Defesa de Israel (IDF), para relaxar e curtir; o Cabo Eyal Ashkar, 19 anos, nascido em Jerusalém, usa seu tempo de forma diferente diferente.

Eyal voltou na manhã de quarta-feira(10.04), de um torneio internacional de pôquer em que ele ganhou um prêmio de 100.000 Shekalim(cinquenta mil reais). Ashkar, participou no início de 2012, pela primeira vez em sua vida, de um torneio de pôquer em Israel. Na época, alcançou o segundo lugar e ganhou a quantia de 8000 euros. Em sua segunda competição, após 8 meses, Eyal ficou em primeiro lugar, foi coroado campeão de Israel e voltou para casa com 15 000 euros no bolso.

Eyal deu seus primeiros passos no poker aos 17 anos, especialmente no “Texas Hold’em”, versão do jogo de considerado mais popular do mundo. “Eyal começou jogando com amigos apostando moedas ou palitos de fósforos”, disse o oficial de relações públicas Noam Zubri,d o bar “Monaco”, em Jerusalém. “Ele aprendeu o jogo, se apaixonou pelo pôquer e começou a estudá-lo, ler livros e aprender”, acrescentou. A partir dos 18 anos, poderia legalmente participar de jogos de pôquer online, Ashkar inscreveu-se no site e ganhou 16 euros. Em dois meses havia ganho 1.500 euros jogando apenas através da internet.

Ao terminar o segundo grau, viajou com seus amigos da escola para Burgas, Bulgária e jogou pôquer no casino da cidade. Voltando, literalmente, carregado de dinheiro, com valores superiores a 10 mil dólares, ele entendeu que ele possuía um talento extraordinário e percebeu, pela primeira vez, que o pôquer poderia ser adotado por ele como uma carreira. Ashkar então começou a frequentar vários casinos europeus e logo se tornou um dos hóspedes habituais que recebem tratamento VIP. Mas, como todo jovem israelense, chegou a hora de Eyal ser convocado para o exército israelense. Ele foi recrutado para uma base no centro do país.
No mundo do poker israelense, ele ficou conhecido há apenas um ano, quando ele participou pela primeira vez de um torneio em Israel ficando em segundo lugar. Como o Tribunal Israelense considera o jogo ilegal e punível, os torneios são realizados a bordo de navios em águas fora do território israelense. “É incrível”, disse Zubri. “Ele tem a capacidade de olhar para os jogadores e entender a linguagem corporal deles. Ele pode olhar e interpretar um movimento indetectável, e descobrir se a mão é boa ou ruim “, acrescentou. Ele explicou: “No último ano e meio ganhou mais do que um milhão de Shekalim. Passou a dar aulas de pôquer para muitas celebridades israelenses. Cantores e estrelas de futebol aprender com ele.”

“Casillas”, o blog de Eyal, se tornou uma espécie referência para os amantes do pôquer. O site é normalmente atualizado com as jogadas feitas por ele e suas explicações. O blog tem milhares de seguidores e até um fórum em que ele participa e tem nada menos que 15 mil perguntas. Nos finais de semana, Eyal recebeu folga exército e foi para um torneio de poker no exterior, que também incluiu mais de 200 jogadores de todo o mundo. Até ontem liderava o torneio, mas ontem à noite, depois de uma derrota em um jogo, acabou ficando na décima posição e recebeu a soma de 100 Shekalim. A vida de Eyal marcada pelo pôquer. Depois de completar seu serviço militar, Eyal quer viajar para Las Vegas e enfrentar os grandes nomes do jogo, onde aí sim, os lucros são milhões e milhões.

27.4.13

Made In Israel!



Illustration from the new book 'Tiny Dynamo,' which promotes the most important and interesting innovations to emerge from Israel. (photo credit: Courtesy Megan Flood)

JTA - Embora o grande foco internacional e da mídia esteja nos conflitos militares de Israel, o país discretamente tornou-se uma incubadora energética e ambiciosa de empreendedorismo e invenções. O que se segue é uma linha do tempo registrando algumas das inovações mais importantes e interessantes produzidas por israelenses durante o curto período de 65 anos, tempo da existência do país.

RUMMIKUB (1940s): Efraim Hertzano inventa o jogo de tabuleiro Rummikub, que se torna o jogo mais vendido nos Estados Unidos em 1977.

METRALHADORA UZI (1948): O Major Uzi Gaf desenvolve a metralhadora Uzi, que é composta de inúmeras inovações mecânicas, resultando em uma arma automática mais curta e manuseável. Estima-se que foram produzidas mais de 10 milhões delas, e utilizadas por vários países de todo o mundo.

SUPER CUKE (1950s): Pesquisas de Esra Galun criaram sementes híbridas que produziram o primeiro pepino híbrido comercial do mundo. Das pesquisas de Galun resultaram técnicas pioneiras para o cultivo da maioria dos pepinos cultivados hoje. Posteriormente Galun passou a desenvolver melões que amadurecem mais cedo e batatas resistentes a doenças. Suas pesquisas continuam e influenciam as pesquisas genéticas de outras culturas.

ESCANER DE CÂNCER (1954): Efraim Frei do Instituto Weizmann iniciou pesquisas pioneiras e inovadoras sobre o efeito do magnetismo sobre o tecido humano. Seus trabalhos desenvolveram o sistema T-Scan para a detecção do câncer de mama, que a Food and Drug Administration dos EUA descreveu como um "significativo avanço".

PRIMEIROS COMPUTADORES (1955): O computador WEIZAC do Instituto Weizmann realiza seus primeiros cálculos. Com uma memória inicial de 1024 palavras armazenadas em um cilindro magnético, foi um dos primeiros computadores de grande porte com programas armazenados no mundo. Em 2006, o Instituto de Engenheiros Elétricos e Eletrônicos reconheceu o WEIZAC como uma conquista histórica nas áreas de informática e engenharia elétrica.

ENERGIA SOLAR (1955): Harry Zvi Tabor desenvolve um novo sistema de energia solar, que atualmente alimenta 95 por cento dos aquecedores solares de água dos israelenses e é padrão para o aquecimento solar de água em todo o mundo.

AMNIOCENTESE (1956): O professor Leo Sachs do Instituto Weizman foi o primeiro que examinou células extraídas do líquido amniótico para diagnosticar possíveis anomalias genéticas ou infecções pré-natais em fetos em desenvolvimento. Seu trabalho se tornou conhecido comoAmniocentese, um procedimento de rotina agora realizado em mulheres grávidas em todo o mundo.

CÉLULAS DE SANGUE PRODUZIDAS EM LABORATÓRIO (1963): Sachs se tornou o primeiro pesquisador que fez crescer células normais do sangue humano em laboratório. Esta descoberta levou ao desenvolvimento de uma terapia que aumenta a produção de glóbulos brancos que são cruciais para pacientes com cancêr submetidosà quimioterapia.

IRRIGAÇÃO POR GOTEJAMENTO (1965): Fundação da Netafim, que desenvolveu e distribui modernos sistemas de irrigação por gotejamento.

HOLOGRAMA COLORIDO (1966): Aser Friesem produz o primeiro holograma colorido do mundo. Suas pesquisas posteriores permitem explorar e desenvolver imagens em 3-D para displaysde "alerta" para pilotos, médicos e outros sistemas de realidade virtual.

DESSALINIZAÇÃO (1967): Sydney Loeb da Universidade Ben-Guriondesenvolve o processo de dessalinização por osmose inversa, agora o padrão mundial.

PESQUISAS AVANÇADAS SOBRE CÉLULAS (1970): Ada Yonath estabelece o único laboratório em Israel sobre cristalografia de proteínas, que produz ciclos de pesquisas sobre a estrutura e funções do ribossoma, o componente subcelular que produz a proteína, que por sua vez controla toda a química dentro dos organismos. O seu trabalho estabeleceu uma base para o aparecimento do assim chamado "desenho racional de drogas (remédios)", para tratamento para vários tipos de leucemia, glaucoma e HIV, assim como antipsicóticos e antidepressivos. Junto com dois colegas, Yonath foi premiada em 2009 com o Prêmio Nobel em Química.

DESINTOXICAÇÃO DO SANGUE (1972): Meir Wilchek demonstra que a "cromatografia de afinidade" - um método que ele desenvolveu para a separação de materiais biológicos ou bioquímicos - pode ser utilizada para a desintoxicação do sangue humano. O trabalho levou ao desenvolvimento das atuais tecnologias que são utlizadas em todo o mundo, para a remoção de veneno do sangue de pacientes.

AERONAVES DRONE (1973): Os caças israelenses sofreram sérios danos durante a Guerra do Yom Kippur. Em resposta, Israel iniciou o desenvolvimento dos primeiros veículos aéreos não tripulados modernos - também conhecidos como UAVs ou Drones (Zangões). Os modernos drones israelenses são mais leves, menores e mais baratos do que qualquer dos seus antecessores, com capacidades de transmitir, em tempo real, vídeo com imagens de 360 ??graus, defletor chamariz de radar e operação em maiores alititudes operacionais. Os drones possibilitaram que Israel eliminasse as defesas aéreas da Síria no início da guerra de 1982 no Líbano, sem perder um único piloto. Os drones posteriores de projetos israelenses são utlizados atualmente para pesquisas civis e militares assim como para operações de vigilância ao redor do mundo.

PROCESSADORES DE COMPUTADORES (1974): A importante Intel estabelece uma filial para Pesquisas e Desenvolvimento em Israel, que resulta no desenvolvimento do globalmente onipresente processador 8088 e do chip Centrino.

SEGURANÇA DE COMPUTADORES (1977): Adi Shamir, em conjunto com dois colegas norte-americanos, descrevem um método de criptografia, que atualmente é conhecido como RSA, que é o método de criptografia mais importante usado no mundo inteiro para proteger transações entre clientes e bancos, empresas de cartões de crédito e negócios da Internet.

PARTILHAMENTO DE INFORMAÇÕES DA ERA DIGITAL (1977): Abraham Lempel e Jacob Ziv desenvolvem os algoritmos de compressão de dados LZ. Além de suas pioneiras aplicações para ditribuição de informações acadêmicas, os algoritmos se tornaram a principal base de partilhamento no início da era das informações entre computadores. Atualmente, os algoritmos LZ e seus derivados tornaram possível enviar diversos tipos de fotos e imagens entre computadores de forma rápida e fácil.

ARMAZENAMENTO DE ALIMENTOS (1980): Shlomo Navarro inventa um sistema de armazenamento simples, mas que se tornou um paradigma para o armazenamento de alimentos destinado para ajudar os agricultores sem recursos financeiros para armazenarem e manter suas culturas para não estragarem após a colheita. O sistema evoluiu para Cocoons (Casulos) GrainPro, recipientes herméticos e a prova d´água utilizados em todo o mundo para evitarem os efeitos nocivos da deterioração e de parasitas sem o uso de pesticidas.

TRATAMENTO DA LEUCEMIA (1981): Elli Canaani do Weizmann Institute produz pesquisas sobre os processos moleculares que levam à leucemia mielogênica crônica ou CML (Chronic Myelogenous Leukemia), que resultaram no desenvolvimento do Gleevec, uma droga para tratamento de pacientes com LMC em todo o mundo. Os processos moleculares descobertos por Canaani foram também subsequentemente utilizados no tratamento de outras leucemias, bem como determinados tumores e linfomas.

ENTENDIMENTO DA ATIVIDADE CELULAR (1981): Avram Hershko e Aaron Ciechanover - juntamente com o colega americano Irwin Rose – começaram seus trabalhos que levaram à descoberta da ubiquitina, um "rótulo" molecular que regula a destruição de proteínas nas células. A descoberta produziu uma melhoria dramática na compreensão das funções celulares e os processos que provocam doenças como o câncer do colo do útero e a fibrose cística. Em reconhecimento ao seu trabalho, a equipe recebeu em 2004 o Prêmio Nobel em Química.

UMA NOVA FORMA DE MATÉRIA (1982): O cientista israelense Daniel Shechtman descobre os quasicristais, uma "nova" forma de matéria que tinha sido considerada como sendo não só inexistente, mas também impossível. Shechtman tornou-se objeto de desprezo e ridículo, mas a sua descoberta lhe valeu em 2011 o Prêmio Nobel de Química. As aplicações dos quasicristais vão desde o mundano (panelas antiaderentes) ao arcano (supercondutores e materiais industriais superisolantes).

"LINGUAGEM" DE COMPUTADOR (1986): O cientista da computação David Harel desenvolve a Statecharts, uma linguagem de computador revolucionária usada para descrever e projetar sistemas complexos. A Statecharts é utilizada ??em todo o mundo nas áreas de aviação à química. O trabalho de Harel também é aplicado para a análise das estruturas genéticas de seres vivos, com o objetivo de aplicar descobertas subsequentes para a análise e tratamento de doenças infecciosas, e outros processos biológicos.

PROGRESSOS NA IMUNOLOGIA (1991): O professor Yair Reisner do Instituto Weizmann anuncia a criação de ratos com pleno funcionamento do sistema imunológico humano. Descrito sob a perspectiva imunológica como "seres humanos com pelos", os ratos forneceram, pela primeira vez uma arena no mundo real para o estudo de doenças humanas e representou um grande passo na busca de uma cura para a AIDS, hepatite A e B, e outras doenças infecciosas.

MONITOR DE BEBÊS (1991): Haim Shtalryd desenvolve o monitor de berço Babysense, que se tornou o mais frequente equipamento de segurança infantil em milhões de lares por todo o mundo.

IMPRESSORA DE ESCRITÓRIO (1993): A Índigo Inc.baseada em Rehovot apresenta o 1000 E-Print, que permite que operadores de pequeno porte possam produzir documentos de qualidade de imprensa diretamente de um arquivo de computador, revolucionando as operações de ambientes de trabalho de todos os matizes.

SEGURANÇA DE COMPUTADORES (1993): Gil Shwed, de 25 anos e dois parceiros estabelecem a empresa de segurança de computadores Check Point. Em apenas dois anos, a Check Point assina contratos com a HP e a Sun Microsystems. A empresa tem um crescimento fenomenal, e em 1996 torna-se a principal fornecedora de serviços de firewall e segurança - incluindo antivírus, antispam e componentes de segurança para evitar a perda de dados - para empresas de todos os tamanhos ao redor do globo.

TRATAMENTO DE ESCLEROSE MÚLTIPLA (1996): A Teva Pharmaceuticals introduz o Copaxone, o único tratamento de esclerose múltipla não-interferon. É o tratamento mais vendido do mundo para a EM, o Copaxone ajuda a reduzir as recaídas e podem moderar a progressão desta doença degenerativa.

MENSAGENS INSTANTÂNEAS (1996): A Mirabilis lança o ICQ, o primeiro sistema de mensagens instantâneas em toda a Internet. A America Online adota a tecnologia e populariza o mundo do bate-papo online.

DICIONÁRIO PARA COMPUTADOR (1997): Introdução do Babylon, dicionário e tradutor para computador. Em apenas três anos já tinha mais de quatro milhões de usuários. O Babylon se tornou integrado na maioria dos programas de nível de usuário da Microsoft, permitindo a tradução continua entre idiomas de milhões de palavras com o clique de um mouse.

LABORATORIO "PORTÁTIL" DO SONO (1997): A Itamar Medical Ltd. é fundada, e logo traz ao mercado o seu laboratório do sono WatchPAT, o que representa uma mudança de paradigma no tratamento dos distúrbios do sono.

PÍLULA CAMÊRA (1998): A Given Imaging desenvolve a PillCam, que se tornou o padrão global para a imagem do intestino delgado.

PRIMEIROS SOCORROS (1998): Bernard Bar-Natan faz a primeira venda da sua Atadura de Emergência. Um desenvolvmento gigante em curativos prontos, e que se tornou equipamento padrão em kits civis e militares de primeiros socorros em todo o mundo.

NANOFIO (1998): Os pesquisadores Uri Sivan, Erez Braun e Yoav Eichen informam que usaram o DNA para induzir partículas de prata para reunir-se em "nanofios", um cordão metálico mil vezes mais fino que um cabelo humano. Além de demarcar um novo território na fronteira da miniaturização de componentes eléctricos, o fio conduz realmente a eletricidade, marcando a primeira vez que um componente de automontagem foi produzido para a função e estabeleceu um caminho para avanços exponenciais no campo da nanotecnologia.

SISTEMAS DE SEGURANÇA PARA CARROS BASEADOS NA VISÃO (1999): Amnan Shashua e Ziv Aviram fundam a Mobileye, uma empresa que fornece sistemas avançados ópticos para fabricantes de automóveis para aumentar a segurança e reduzir os acidentes de trânsito.

FLASH DRIVE (2000): A M-Systems apresenta a unidade flash nos Estados Unidos. Menores, mais rápidos e mais confiáveis do que os disquetes ou CD-ROMs, eles vão para substituir essas tecnologias em todo o mundo.

TECNOLOGIA AVANÇADA PARA RESPIRAÇÃO SUBAQUÁTICA (2001): Alon Bodner funda a Like-A-Fish, que fabrica aparelhos de respiração subaquáticos revolucionários que extraem o oxigênio da água.

SISTEMA PIONEIRO PARA CIRURGIAS DE COLUNA (2001): A Mazor Robótica é fundada e apresenta o seu assistente robótico cirúrgico SpineAssist, o robô mais avançado para acirurgia da coluna em uso hoje.

RESGATE / COMBATE AÉREO URBANO (2002): Rafi Yoeli desenvolve o conceito inicial para o meio de transporte urbano AirMule, um veículo de combate e para salvamento.

DETECTOR DE TERRORISTAS (2002): Na esteira da retomada de atividades terroristas contra Israel e os Estados Unidos, Ehud Givon monta uma equipe de pesquisadores para desenvolver um avançado e infalível "detector de terroristas", resultando no sistema de segurança WeCU.

MICRO-COMPUTADOR (2003): O cientista Ehud Shapiro do Weitzmann desenvolve a menor "máquina" DNA do mundo para computação, uma composição de enzimas e moléculas de DNA capazes de realizarem cálculos matemáticos.

IMAGENS DE TUMORES DA MAMA (2003): A FDA aprova o 3TP, um procedimento avançado de ressonância magnética, para utilização na análise de tumores da mama. Produto da idéia de Hadassa Degani, o 3TP distingue os crescimentos mamários entre benignos e malignos sem a necessidade de cirurgia invasiva.

TECIDOS ANTIBACTERIANOS (2003): Aharon Gedanken se envolve no tratamento de tecidos para evitar o crescimento de bactérias, que eventualmente irá levá-lo a desenvolver a tecnologia para o tratamento de tecidos hospitalares com um "revestimento" antibacteriano, que irá reduzir drasticamente as taxas de infecção hospitalar.

CHIP DE COMPUTADOR CENTRINO (2004): A Intel Israel libera a primeira geração de microprocessadores Centrino. O Centrino é a pedra angular da Intel para a computação móvel, que está em milhões de computadores portáteis em todo o mundo. Sucessivas gerações de Centrino melhoraram as funções de laptops, a velocidade, a vida útil da bateria e recursos de comunicação sem fio.

TÉCNICA DE IMAGENS DE TUMORES (2005): A InSightec recebe aprovação da FDA para o sistema ExAblate ® 2000, o primeiro a combinar a imagem RM com o ultrassom de alta intensidade concentrada para a visualização de tumores no corpo, tratá-los termicamente e monitorar a recuperação de um paciente após o tratamento em tempo real, e de forma não invasiva. Milhares de pacientes em todo o mundo têm sido tratados.

TECIDOS HUMANOS CULTIVADOS EMLABORATÓRIO (2005): Dra. Shulamit Levenberg publica os resultados do seu trabalho no desenvolvimento de tecidos humanos. Trabalhando com células-tronco de camundongos, Levenberg e seu parceiro Robert Langer produzem em laboratório o primeiro tecido humando gerado em laboratório que não é rejeitado pelo seu hospedeiro. Levenberg prossegue para a utilização de células tronco para criar tecido vivo e pulsante para o coração humano e os componentes necessários para a implantação para a circulação no corpo humano.

ÁGUA DO AR (2006): O Pesquisador Etan Bar funda a EWA Technologies Ltd. em 2008 para a produção de um sistema limpo e ‘verde’ que "recolhe" a água da umidade do ar. A tecnologia representa um benefício não só para moradores de áreas desérticas, mas também para agricultores e municípios ao redor do mundo. Cada equipamento tem o potencial de fornecer um ano inteiro de água para duas famílias americanas médias, sem contribuir para o aquecimento global ou poluição.

TRATAMENTO PARA PARKINSON (2006): A FDA aprova o AZILECT, um tratamento inovador para a doença de Parkinson desenvolvido por John Finberg e Youdim Moussa. O AZILECT dramaticamente retarda a progressão da doença de Parkinson em pacientes recentemente diagnosticados, aumentando a longevidade do corpo e das funções do cérebro e a melhoria da qualidade de vida de milhões em todo o mundo.

PRESERVAÇÃO DAS ABELHAS (2007): A empresa Beeologics baseada em Rehovot é formada, para se dedicar à preservação das abelhas, que estão sob a ameaça da ‘Desordem de Colapso de Colonia’ e que são vitais para o abastecimento mundial de alimentos.

SEGURANÇA DE AEROPORTOS (2007): O aeroporto Internacional Logan em Boston começa o teste de um novo detector de detritos na pista pelo Sistema Xsight.O Xsight utiliza monitores de vídeo e radares para identificar e rastrear detritos na pista, que foram causa de vários acidentes aéreos, incluindo a queda em 2000 de um avião Concorde que matou 113 pessoas. O Xsight tem o potencial para salvar mais de US$ 14 bilhões por ano e um número incontável de vidas.

ESTABILIZADOR DE VÍTIMAS DE TRAUMA (2007): O Dr. Omri Lubovsky e sua irmã, a engenheira mecânica Michal Peleg-Lubovsky, apresentam o LuboCollar, um dispositivo destinado para estabilizar as vítimas de trauma, mantendo as vias aéreas abertas. O dispositivo substitui o procedimento padrão de entubar pacientes vítimas de trauma antes do transporte, poupando uma média de cinco minutos críticos entre o local e o hospital.

PROJETOS DE ENERGIA SOLAR HISTÓRICOS (2008): A BrightSource Energy Inc. começa a formalização de acordos com empresas de energia da Califórnia para o desenvolvimento dos dois maiores projetos de energia solar do mundo.

MONITOR DE SEPTICEMIA (2008): A Cheetah Medical baseada dem Tel Aviv apresenta o NICOM, um monitor de cabeceira hospitalar que pode detectar e determinar o tratamento para sepse, que ocorre em aproximadamente um em cada 1.000 pacientes hospitalares americanos anualmente. A septicemia anteriormente era tratada apenas depois de um tratamento invasivo exploratório, que por sua vez poderia resultar em septicemia. O dispositivo foi imediatamenteutilizado por centenas de hospitais em todo o mundo.

PISCICULTURA AVANÇADA (2008): A GFA Advanced Systems Ltd. lança o ‘Crie Peixes em Qualquer Lugar’, uma forma de cultivo fechado sustentável e autossuficiente para a criação de peixes que não é dependente de uma fonte de água e não cria nenhuma descarga poluente.

UMA FORMA DIFERENTE DE ENERGIA SOLAR (2008): Yossi Fisher co-funda a Solaris Synergy, uma empresa que cria conjuntos de painéis de energia solares que flutuam na água.

BATATA RESISTENTE (2008): O professor David Levy da Universidade Hebraica após 30 anos de pesquisa desenvolve uma linhagem poderosa de batata, que pode ser cultivada em locais com elevada temperatura ambiente e irrigadas com água salgada. Ele compartilha as suas descobertas - e discussões - com cientistas do Egito, Líbano, Jordânia e Marrocos.

LOCALIZADOR DE BAGAGENS (2009): Yossi Naftali funda a Naftali Inc. e começa a distribuir o localizador de bagagens Easy-To-Pick, uma etiqueta de bagagem remota que alerta os viajantes quando a sua bagagem chegou à esteira de bagagens.

MÃO ARTIFICIAL (2009): O Professor Yossi Shacham-Diamand e uma equipe de pesquisadores da Universidade de Tel Aviv tiveram sucesso com a fiação de uma mão artificial produzida na Europa concebida para o braço amputado de um humano. Além de realizar atividades complexas, incluindo a escrita, a pessoa relata ser capaz de sentir os dedos. Alcançar esta sensação representa o culminar do trabalho de Shacham-Diamand e um avanço na evolução de membros artificiais.

PURIFICAÇÃO DE ÁGUA (2010): A Greeneng Solutions lança o primeiro de seus sistemas baseados no ozônio para a purificação da água. Projetado para aplicações comerciais, industriais e domésticas, a linha Greeneng de produtos utiliza a infusão de ozônio na água para a eliminação de germes em equipamentos de cozinha, superfícies domésticas, piscinas e muito mais. A purificação com ozônio é mais rápida e eficaz do que o padrão global de cloro adicionado à água da torneira, e o ozônio não produz os efeitos colaterais prejudiciais do cloro, tais como asma e da contaminação da água utilizada.

TRATAMENTO DE PERDA DA VISÃO (2010): A VisionCare Ophthalmic Technologies inaugura o dispositivo CentraSight, um implante telescópico para degeneração macular produzida pelo envelhecimento da pessoa. O CentraSight é o primeiro e único tratamento para a AMD (Age-related Macular Degeneration), uma doença da retina que é a causa mais comum de cegueira entre os seniors do "primeiro mundo".

CÂMERA DE VÍDEO EM MINIATURA (2011): A Medigus Ltd. desenvolve a menor câmera de vídeo do mundo, medindo apenas 0,99 milímetros. O dispositivo é utilizado para diagnósticos e tratamentos de diversas doenças gastrointestinais.

AJUDANDO PARAPLÉGICO ANDAR (2011): A FDA aprova o uso clínico de ReWalk, um exoesqueleto biônico desenvolvido pela Argo Technologies que permite que paraplégicos fiquem de pé, caminham e subam escadas.

TRATAMENTO DE TUMOR DE MAMA (2011): A IceCure Medical lança o IceSense 3, um dispositivo que destrói os tumores benignos da mama, infundindo-os com gelo. O procedimento é rápido, indolor, acessível e é realizada em regime de ambulatório. Pouco tempo depois, começaram os ensaios clínicos para estudar a eficácia do tratamento em tumores malignos da mama.

DEFESA COM MÍSSEIS (2011): O Iron Dome (Domo de Ferro), um sistema de defesa antimíssil de curto alcance desenvolvido pela Rafael Sistemas Avançados de Defesa, que abate foguetes Grad disparados contra Israel disparados de Gaza. Pela primeira vez mísseis de curto alcance foram interceptados, abrindo novas possibilidades para a defesa, civil e militar e em zonas de fronteira de conflito no mundo.

CÉLULAS-TRONCO DE ESPÉCIES ANIMAIS EM PERIGO DE EXTINÇÃO (2012): o cientista israelense Inbar Friedrich Ben-Nun lidera uma equipe de pesquisadores para a produção de células-tronco de rinocerontes ameaçados e primatas em cativeiro. O procedimento tem o potencial para melhorar a saúde de membros de várias espécies em perigo, bem como protelando a sua extinção.

TRATAMENTO DA DIABETES (2012): DiaPep277, uma vacina com base nos trabalhos de Irun Cohen, mostra uma melhoria significativa da condição da diabetes Tipo 1 (juvenil) em doentes recentemente diagnosticados.

AJUDANDO PESSOAS CEGAS A "VEREM" SONS (2012): O Dr. Amir Amedi e sua equipe da Universidade Hebraica demonstraram que sons criados por um dispositivo de substituição sensorial (SSD= Sensory Substituition Device)) ativa o córtex visual no cérebro de pessoas congenitamente cegas. A ressonância magnética de pessoas cegas que utilizam o dispositivo mostra as mesmas respostas do cérebro das pessoas que enxergam. Esta descoberta permite que a equipe adapte o SSD para que indivíduos cegos possam "ver" os seus arredores, aprendendo a interpretar os sinais de áudio visualmente.

EMBALAGEM DE ALIMENTOS FUTURISTA (2012): A engenheira de computação israelense Daphna Nissenbaum criou um material de embalagem revolucionário para alimentos, 100 por cento biodegradável. A sua empresa, Tiva, produz materiais para saquinhos para bebidas, barrinhas de lanches, iogurtes e outros alimentos – e todos oferecem um mínimo de seis meses de vida útil, e se decomporão completamente em aterros sanitários, e poderão ser transformadas em adubo industrial e doméstico.

A "PARTÍCULA DE D’US" (2012): O Grande Colisor de Hádrons na Suíça produz o Santo Graal da física - o bóson de Higgs, ou a "partícula de D’us", uma partícula subatômica que explica a existência da matéria e a diversidade no universo. Uma equipe do Technion de Israel foi encaregada da construção e monitoramento dos detectores elementares do colisor de partículas, sem os quais a descoberta do bóson de Higgs teria sido impossível.


(Marcella Rosen, presidente da News Untold, é a autora com David Kornhaber de " Tiny Dynamo " do qual este cronograma foi extraído).