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18.8.11

Pianista que une árabes a judeus através da música proposto para Nobel da Paz

O pianista e regente argentino de origem israelita Daniel Barenboim será proposto para o Prêmio Nobel da Paz pelo trabalho desenvolvido no Médio Oriente, anunciou a Academia Argentina de Letras, que se junta a instituições promotoras da iniciativa. A proposta será formalizada no próximo dia 17 de agosto, na sede da Academia, em Buenos Aires, de acordo com o comunicado publicado na página da Academia na Internet.

Na base da proposta está o projeto Orquestra West-Eastern Divan, que junta músicos árabes e israelitas. A orquestra foi criada em 1999, com o ensaísta e professor de origem palestina Edward Said, já falecido, quando ambos estabeleceram um "workshop" para jovens músicos oriundos de Israel, dos territórios palestinos ocupados e de outros países árabes, com o objetivo de promover "a convivência" entre eles e "o diálogo intercultural".


"Esta orquestra leva a mensagem que temos de nos habituar a viver juntos", disse o Daniel Barenboim há um ano, durante uma visita à Argentina. "Este maldito conflito não é militar, nem político", prosseguiu o regente durante a atuação da West-Eastern Divan na capital argentina. "É um conflito humano de dois povos que estão profundamente convencidos de ter o direito de viver no mesmo pedaço de terra. É muito difícil resolvê-lo". 

O nome da Orquestra West-Eastern Divan tem origem numa coletânea de poemas do escritor alemão Johann Wolfgang von Goethe, "West-Eastern Divan", publicada em 1819 pelo expoente do Romantismo. A obra transformou-se rapidamente numa referência do conceito de cultura global e do mapa europeu da época, quando se tornava evidente o desmembramento do Império Otomano e a miscigenação cultural resultante de séculos de conflitos e de convivência. 

"A razão pela qual nomeamos assim a orquestra, advém do fato de Goethe ter sido um dos primeiros alemães a interessar-se genuinamente por outros países – começou a aprender árabe quando tinha mais de 60 anos", disseram Barenboim e Said quando da apresentação do projeto, em 2000. "A West-Eastern Divan não é apenas um projeto musical, mas também um fórum para o diálogo e reflexão sobre o conflito israelo-palestino".

13.5.11

Maestro Israelense se Apresenta com Orquestra em Gaza

Barenboim e músicos europeus entraram em Gaza através do Egito para um show que foi coordenado em segredo com a ONU, informou o Wall Street Journal.

O renomado maestro judeu e ativista pró-palestino Daniel Barenboim apresentou-se na terça-feira com uma orquestra de músicos europeus na Faixa de Gaza. Segundo a reportagem o concerto foi coordenado em segredo com as Nações Unidas até quando os convites foram distribuídos no início desta semana, e assinalou uma rara visita de solidariedade de uma figura internacional de grande valor cultural ao território palestino bloqueado desde que o Hamas assumiu o poder em 2007.


Músicos de vários países europeus, como Alemanha, Áustria, França e Itália foram listados no projeto de Barenboim, e ele próprio montou um equipamento chamado de "Orquestra para Gaza". Segundo a agência de notícias francesa AFP, a orquestra voou de Berlim para o Egito e, em seguida atravessou a fronteira com Gaza para o concerto.

"Estamos muito felizes em virmos para Gaza. Nós estamos apresentado este concerto como um sinal da nossa solidariedade e amizade para com a sociedade civil de Gaza", Barenboim disse em um comunicado divulgado pela ONU. Sua visita à Faixa de Gaza violou uma lei de Israel, que proíbe seus cidadãos de entrarem no enclave costeiro.


Barenboim, um judeu nascido na Argentina e que foi criado em Israel possuindo a cidadania israelense, assumiu a cidadania palestina em 2008 e disse acreditar que a sua rara e nova condição poderia servir de modelo para a paz entre os dois povos. O maestro é uma figura controversa em Israel, tanto pela sua promoção do compositor do século 19 Richard Wagner - cuja música e escritos anti-semitas influenciaram Adolf Hitler – como pela oposição vocal às políticas de Israel nos territórios palestinos.

Junto com o falecido acadêmico palestino Edward Said, ele co-fundou a West-Eastern Divan Orchestra, composta por jovens músicos de Israel, dos territórios palestinos e de países árabes vizinhos.

14.11.10

Barenboim e a Música Clássica

Barenboim assinou esta semana um novo contrato com as etiquetas clássicas da Deutsche Grammophon e da Decca Classics

O pianista e maestro israelo-argentino Daniel Barenboim, que assinou essa semana um novo contrato com as etiquetas clássicas da Deutsche Grammophon e da Decca Classics, disse ter encontrado os parceiros que compartilham da sua visão musical, e falou que estava satisfeito com as duas etiquetas - ambas fazem parte da Universal Music – pois estavam dispostas para serem pró-ativas na tentativa de mudar os rumos da música clássica, ao invés de terem uma visão sombria como muitos outros rótulos tinham. O músico argentino, conhecido pelo seu trabalho com a orquestra jovem West-Eastern Divan que congrega árabes e israelenses, por este acordo realizará pela primeira vez gravações de Chopin e concertos para piano de Liszt. Com esse acordo que terá uma duração de 10 anos, ele se comprometeu a atuar como um embaixador da música clássica.


“Eu tenho atuado com jovens músicos e gostaria de continuar dessa maneira”, disse ele em coletiva para a imprensa em Berlim na noite de terça-feira. Ele disse que iria analisar o que mudou desde o seu primeiro disco em meados da década de 1950, bem como o que poderemos fazer para que as coisas sejam melhores nos próximos 50 anos. O problema hoje em dia com a música é que ela “não faz mais parte da educação típica de uma criança e é tarde demais para começar a fazer isso quando você tem 30 anos e já tem um emprego”, afirmou Barenboim. E como conseqüência tem prejudicado o gosto pela música clássica, ele disse. Também Barenboim disse que o fechamento de lojas de discos significava que seria a hora e necessário para se considerar outros métodos para que as pessoas se interessassem. “Eu sempre fui muito interessado em jovens músicos e sempre achei que se aprende muito mais ensinando do que não ensinando”, afirmou Barenboim.


Aos 67 anos de idade, também conduzirá a Staatsoper de Berlim, onde é o diretor musical, e o italiano La Scala, onde é maestro convidado, numa nova produção de um ciclo sobre Wagner. O primeiro lançamento da Deutsche Grammophon que ocorrerá no início do próximo ano será dedicado a Chopin e marcará o 60º aniversário da primeira atuação de Barenboim. "Estou ansioso para o nosso futuro em comum e para muitas fascinantes gravações", falou Barenboim.