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10.1.16

Judeus estreiam com dois sambas-enredos no Grupo Especial do Carnaval de São Paulo

No respeitado time de compositores dos sambas-enredos das 14 escolas do Grupo Especial de São Paulo, dois nomes passam longe do estereótipo do artista nascido em berço do samba. Amigos de longa data, os judeus Ronny Potolski e Jairo Roizen emplacaram suas composições na Unidos do Peruche e na Pérola Negra, driblando qualquer preconceito.

Sem instrumentos musicais associados ao nome de batismo, como Oswaldinho da Cuíca, Jackson do Pandeiro e Royce do Cavaco; sem referências a orixás, santos e divindades, como Xangô da Mangueira, Waldomiro do Candomblé e Paulinho de Ogum; e sem combinações que adicionam 'ginga' à alcunha dos sambistas, como Neguinho da Beija-Flor, Nenê da Vila e João Batucada; a dupla viu a galeria de bambas se abrir para seus dois sobrenomes incomuns neste universo, e genuinamente judeus.

Potolski e Roizen estreiam no Anhembi com criações desvinculadas da cultura judaica. As escolas que eles representam tratam em 2016 de temas do Brasil – país onde ambos nasceram e foram criados. Na Unidos do Peruche, o enredo reverencia os 100 anos do samba. Criada juntamente com Marcelo Madureira, Alex Barbosa, Sukatinha, Bagé, Tubino, Igor Vianna, Thiago Sousa, Gilson, Kaballa, Victor e Meiners, a composição tem sido apontada por especialistas como uma das três melhores do ano.

Na Pérola Negra, com outros parceiros, Jairo Roizen emplacou o samba-enredo que fala sobre a dança. A composição faz um passeio pela história desta arte e por sua influência no país, e foi feita ao lado de Celsinho Mody, Guga Mercadante, Nando do Cavaco, Marcelo Zola, Sidney Arruda, Filosofia Diley e Xandinho Nocera.
 
Da sinagoga para a avenida


Jairo Roizen (ao centro) na cerimônia judaica do casamento de Ronny Potolski e Thais Paraguassu

Ronny e Jairo têm muita coisa em comum, a começar pela história das famílias Potolski e Roizen. Ambas têm raízes na Polônia, Romênia e Lituânia, e vieram ao Brasil entre a Primeira e a Segunda Guerra Mundial em busca de oportunidades longe das zonas de conflito da Europa. Mesmo sem se conhecer, Ronny e Jairo trilharam caminhos quase idênticos em São Paulo.

Estudaram nos colégios judaicos Renascença e I. L. Peretz, curtiram o clube A Hebraica, frequentaram a Congregação Israelita Paulista (CIP) e outras sinagogas, e ouviram os conselhos do rabino Henry Sobel. Mas só foram se conhecer por meio de uma paixão brasileira: o samba. Eles foram unidos pelos bastidores das escolas de samba e por aquele certo glamour do Carnaval que nem todo mundo consegue entender – nem aceitar.

Os dois meninos judeus foram apresentados à maior festa popular brasileira ainda crianças. Jairo se lembra de ter visto o primeiro desfile pela televisão, em 1989, quando tinha 7 anos. Hoje, com 33, é capaz de reproduzir com detalhes a noite em que ficou com a avó grudado ao televisor para ver as escolas, que ainda desfilavam na Avenida Tiradentes. Ronny, 34 anos, também era vidrado nos desfiles do Rio exibidos pela TV. Sua primeira lembrança é de acompanhar uma transmissão aos 4 anos de idade. Com 12, quis viver aquilo mais de perto e passou a colecionar os discos dos sambas-enredo de Rio e São Paulo.

"A gente não celebra o Natal, mas em dezembro há uma festa judaica que também é marcada pela troca de presentes, a Chanuká (Festa das Luzes). Eu sempre pedia o CD dos sambas-enredo", recorda-se Ronny. Dali até virar um estudioso do Carnaval foi um passo, conhecendo de perto as escolas de samba de Santos, frequentando a X-9 Paulistana, na Zona Norte de São Paulo, e indo a desfiles no Anhembi e na Sapucaí.

Para Ronny, os três melhores sambas-enredo da história do Carnaval paulista são o da Rosas de Ouro de 1992 ("Non Duco, Duco - Qual a Minha Cara?"), o da Gaviões da Fiel de 1995 ("O que É Bom É Para Sempre") e o da X-9 Paulistana de 1997 ("Amazônia, a Dama do Universo"). No Rio, seu coração ainda pulsa quando ouve o enredo da Vila Isabel de 1988 ("Kizomba - A Festa da Raça"), da Mocidade Independente de 1992 ("Sonhar Não Custa Nada, ou Quase Nada") e o do Salgueiro de 1993 ("Peguei um Ita no Norte/Explode Coração").

Formado em Ciências da Computação, com duas pós-graduações em tecnologias ambientais e engenharia de software, Ronny ganha a vida como consultor de sustentabilidade. Mas dedica boa parte de seu tempo a um trabalho não remunerado, de diretor-executivo do site da Sociedade Amantes do Samba Paulista (www.sasp.com.br) criado há 15 anos com o propósito de manter acesa a chama do samba no estado, um dia injustamente chamado de Túmulo do Samba.

"Com o site, passei a viver o Carnaval intensamente", diz Ronny, que também se casou com a porta-bandeira Thais Paraguassu, hoje na Unidos do Peruche. Começaram a namorar em 2008, quando ela ainda desfilava pela Tucuruvi, e subiram ao altar em abril de 2015. A noiva se converteu ao judaísmo e reforçou a ainda tímida ala dos judeus no samba paulistano.

A enredo da vida de Jairo não é muito diferente. Depois de amargar a decepção de ver os desfiles do Grupo Especial de 89 só pela TV, ganhou do pai, como prêmio de consolação, a oportunidade de ir à avenida Tiradentes no dia seguinte para conferir ao vivo o desfile do Grupo de Acesso. Naquele ano, o pequeno corintiano viu brilhar a Gaviões da Fiel. "Ali meu pai arrumou um problema...Teve que me levar para ver o desfile todos os anos", lembra Jairo.

Já cursando a faculdade de comunicação da PUC, passou a frequentar a quadra da Rosas de Ouro, por onde desfilou durante cinco anos. Formado jornalista, hoje atua como assessor de Imprensa da Liga das Escolas de Samba de São Paulo e também da Federação Israelita do Estado de São Paulo, além de apresentar o programa semanal Shalom Brasil, pelo canal comunitário TV Aberta.

Como o amigo, também passou a colecionar os CDs de sambas-enredo. Diz que ouve pelo menos um samba por dia, mas jamais pensou em ser compositor. Sua experiência mais próxima havia sido na escola, no I. L. Peretz. Em 1995, quando a Gaviões ganhou o Carnaval de São Paulo com o memorável "Me dê a mão, me abraça, viaja comigo pró céu...", Jairo resolveu se apoderar da canção para fazer bonito em um desfile da escola. Para comemorar o Purim (a mais alegre festa da cultura judaica, que inclui o uso de fantasias), a classe de Jairo criou até um carro alegórico, que desfilou pelo colégio com uma música feita propositadamente sobre a base do samba da Gaviões.

A mão dupla do preconceito




Ronny Potolski e a mulher, a porta-bandeira Thais Paraguassu, da Unidos do Peruche


Em 2009, Jairo passou a fazer parte da diretoria da Pérola Negra. Como diretor de Carnaval da escola, sugeriu, em 2011, o enredo "Abraão, o Patriarca da Fé", abrindo caminho para derrubar o preconceito de quem condenava a presença de judeus no samba. Naquele desfile, 300 dos 3.000 componentes da Pérola eram judeus arregimentados na comunidade judaica de São Paulo. "Pensei naquele enredo como uma homenagem aos meus avós, que se orgulhavam de me ver no mundo do samba, apesar da origem deles não ter nada a ver com isso. Foi também uma forma de retribuir aos brasileiros o carinho com que receberam todos os judeus fugidos da guerra", diz Jairo.

Antes, em 2003, a Mangueira já tinha levado Moisés para a avenida com o enredo "Os Dez Mandamentos: o Samba da Paz Canta a Saga da Liberdade". Mas a este enredo da Pérola, ele credita um marco na luta contra o preconceito que, em sua opinião, trafega numa via de mão dupla no país. O problema é que a tolerância das fantasias que se exprimem na passarela não reflete a realidade do mundo real. Tanto assim que, apesar dos esforços, judeus mais ortodoxos veem o Carnaval como uma festa que fere princípios culturais e religiosos do judaísmo. E sambistas mais conservadores ainda se valem de alguns estereótipos para acreditar que um sujeito loiro, branco, de olhos azuis e influência da cultura hebraica não possa fazer samba, viver de samba.

"Ganhar o concurso de samba-enredo em duas escolas do Grupo Especial de São Paulo é uma resposta a tudo isso", acredita Jairo. Ronny concorda e protesta: "Não ter raiz do samba no sangue sempre pesou como um estigma sobre a gente".

Nessa cruzada contra o preconceito, ambos defendem o direito de se expressar como cidadãos brasileiros apaixonados pela arte do samba e sua expressão mais popular, que é o Carnaval. Ser judeu é um detalhe que, evidentemente, não deveria ter o menor significado, como não tem o fato de a passista ser católica, o mestre-sala ser umbandista, o mestre de bateria ser devoto de Ogum – e de São Jorge ser considerado protetor dos batuqueiros.

Uma boa demonstração de que é possível conviver com a tolerância religiosa é o desafio que este ano caiu nas mãos de Ronny. Como Carnavalesco da escola X-9 de Santos, ele tem a missão de levar para a avenida um desfile sobre a importância de Nossa Senhora de Monte Serrat para a história da cidade, da qual é padroeira. Caberá, pois, a um judeu a nobreza de se despir dos preconceitos para encenar na avenida os tantos milagres que são atribuídos à santa da Igreja católica, mostrando em suas criações a diversidade presente na essência do Carnaval.

(UOL)

Também disponível no Street Striker

30.12.15

Museu da Língua Portuguesa seguirá com seu coração pulsante



POR LEONEL KAZ

Nossa pátria é a palavra. É o território em que nos movemos. Quando a perdemos, perdemos nossos sentidos. Nossos desejos.

O incêndio devastador na Estação da Luz revela dois dramas. O primeiro, físico, que é a destruição da estação, monumento arquitetônico a exemplo de modelos europeus como a Gare D’Orsay — que hoje acolhe um dos principais museus da França. Sua destruição simboliza um processo também devastador de abandono do trem e do bonde, iniciado sob a bandeira do progresso a qualquer custo nos anos JK, sempre em nome da novidade do momento: na época, o carro nacional.

O segundo drama é a perda simbólica do Museu da Língua Portuguesa, que iniciou, há uma década, a série de museus de nova geração desenvolvidos pela Fundação Roberto Marinho junto com governos e prefeituras. Reitero o termo: simbólica, porque são museus que podem renascer a partir de arquivos, já que não possuem acervo (o do Futebol ostenta uma única camisa de Pelé, da final do tricampeonato de 1970).

O Museu da Língua Portuguesa, o do Futebol e o do Amanhã são museus de alta tecnologia, interessados em capturar o frescor e o espírito de descoberta do visitante. Museus para se entrar de corpo inteiro, tridimensionalmente, com todos os sentidos despertos. E sair de lá revigorado; daí o sucesso de público desta fórmula de recontar a história cotidiana, recontar a fábula de nossas vidas.

O do Futebol reconta a história do Brasil por meio de nossa paixão pela bola. O Museu da Língua Portuguesa reconta a história de nossa formação e fusão por meio de corpo, gestos e palavras. Já o do Amanhã conta a história da vida e dos homens presentes, para que possamos apurar, entre acasos, o que podemos escolher como destino. Enfim, são museus que dizem o que somos, quais nossos orgulhos e virtudes.

A criação destes museus atende o clamor de nossa época, que já entende o mundo a partir de novas tecnologias, interatividades, jogos lúdicos. Todo o conteúdo resultante da apurada pesquisa de imagens fotográficas, filmes, gravações resulta num arquivo. É este arquivo que passa a ser um acervo, não apenas da memória, mas da razão de ser de cada museu.

Se no incêndio do Museu de Arte Moderna do Rio, em 1978, assim como no recente do colecionador Boghici, perderam-se obras-primas da pintura e escultura (aquilo que denominamos de acervo tradicional), no Museu da Língua, onde ele vier a existir, continuará vivo seu coração pulsante: o arquivo em back-up é o sobrevivente — o amanhã do Museu! Por isso, o museu vai ficar de pé já já, para que volte a frutificar o que temos de mais poderoso: nossa fala, expressão sincera, fruto de nossa mestiçagem.

Lamento ter escrito este texto com palavras. Deveria tê-lo escrito com lágrimas.

* Leonel Kaz foi curador do Museu do Futebol e fez a concepção inicial do Museu do Amanhã

30.6.15

The Tax Lawyer Who is Reinventing Jewish Music as Brazilian Song

“Raizes” — Portuguese for roots — is the newest album from Nicole Borger, a woman whose background is as unique as her music: Jewish songs such as “Abi Gezunt” and “Shlof Mayn Feigele” sung to a Brazilian beat.

Borger — she records simply as Nicole — was born and raised in Sao Paulo. Her father was American and her mother Portuguese and how the two met in Brazil is the kind of story they write far-fetched romance novels about.

Nicole’s maternal grandfather was an Austrian rabbi assigned to shepherd the Sephardic community of Lisbon in the late 1930s. “In 1942, I think, a ship was sent from America to Europe to collect Jewish orphans and bring them to America,”

Nicole said during a telephone interview with The Forward. Not permitted to dock in France, it was about to return home empty. Instead, the Portuguese Jewish community arranged to send some of its children to safety on the ship. The rabbi sent his 13-year-old son — Nicole’s uncle — to live with a family in Mt. Vernon, New York, where he became best friends with the boy who — wait for it — was his future brother-in-law.

The coincidences keep piling up. In 1952, the rabbi tired of life under dictator Antonio Salazar, moves to Brazil. The man who would be Nicole’s dad gets a job working for an American company in Brazil. He looks up his high school buddy, meets his buddy’s sister and decides to set down his “raizes” in Sao Paulo.

For Nicole it was a reasonably idyllic upbringing. “I was raised Conservative,” she said. “My [happiest] memories are of Shabbat dinner, sitting with him and singing. My grandfather was a rabbi and a cantor with a beautiful baritone voice. My grandmother was a soprano, and everybody sang a lot.

“Jewish music is home for me. My grandfather sang in Hebrew, not Yiddish. We didn’t speak Yiddish. My grandfather insisted we speak Hebrew. I went to an Orthodox Yeshiva for 12 years.”

She went from singing Hebrew to Ladino to “Latin American songs which were provocative, protest kind of songs. That’s when my parents became worried for my safety.”

This was in the late 1970s; Brazil was ruled by a military dictatorship that frowned on (and imprisoned) artists who disagreed with it. So Nicole’s parents pressured her to put her show business dreams on hold. Instead, she attended university, became a tax lawyer and joined the firm that now is
PricewaterhouseCoopers. She became the firm’s first female partner in Brazil and in the early 1990s left that company to found her own firm.

At the turn of the century, as her firm prospered, she returned to singing. “I started out with an amateur choir,” Nicole said. “The conductor told me, ‘you have such a lovely voice. You could do so much more.’ I told him I was dying to, but didn’t know where to start. He introduced me to a pianist, who became my first mentor.”

He encouraged her singing, her song writing and produced her first album, a collection of jazz, samba and bossa nova standards. Her second came about in a random fashion. “I went into a book store and a book of sonnets by the Portuguese writer Florabela Espanca literally fell from a shelf into my hands.”

Espanca (1894-1930), a poet and feminist was the first woman to enroll in the University of Lisbon law school. Coincidence? Nicole put Florabela’s words to music in her second album. And continued to live what she calls a “Jekyll and Hyde life. During the day, head of a law firm that ‘pays the bills’ and at night a ‘struggling artist.’”

What works in her favor is that “most of my clients are fans and come to my shows.”

But memories of her grandfather lingered. She started finding work in Jewish clubs singing Jewish songs almost exclusively in Hebrew. That prompted her to “do some research on Yiddish and I discovered a huge treasury of Yiddish songs. That was the trigger to everything I’ve done since.”

She started appearing at Jewish musical festivals around the world and, in 2010 started one, Kleztival, in Sao Paulo with her husband, Edy, and Klezmatics trumpeter Frank London. “It started as a klezma festival, but now all parts of Jewish music from around the world are part of the mix, much of it — like her latest album — infused with a Brazilian beat.

“These songs,” Nicole said, “made the same trip my family did from the shtetls of Europe and I am trying to bring them to Brazil.”

18.2.13

A Brazilian Bar Mitzvah Video Goes Viral


By Andrea Palatnik

Forget about the religious ceremony: A bar or bat mitzvah is an opportunity for the family to show off its riches, with lavish parties in fancy hotels and enough food to feed a small town. Right?
Well, at least that’s how I remember it, growing up in Rio in the 1990’s.
Every weekend there would be two or three bar mitzvahs, and parents who knew each other too well in such a small community (composed of mostly Ashkenazi Reform Jews) would ostentatiously compete to see who could serve the most expensive champagne; who could hire the most popular band; who could book the swankiest venue.
Then, in those years before the mass adoption of digital photography and video, bar and bat mitzvah parties began to feature a usually embarrassing tradition (for the boy or girl): A “surprise” slideshow for all guests to see, right before dinner was served, featuring embarrassing childhood pictures. There would be those classic shots of you as a naked baby trying to lick your own feet and of you as a toddler during a potty training session; or a photo of your mom with a weird hairdo from the 80’s holding you as you blow the candles on your first birthday cake. But that was about it, and everybody marveled at the time at the corny PowerPoint effects.
Being far from bar and bat mitzvah parties (and from Rio for that matter) for a while, I was surprised last week when my Facebook timeline got crammed with multiple posts linking to a video from Brazil named “Nissim Ourfali’s Bar Mitzvah.” Who was this kid and why was there a video — of his bar mitzvah, I presumed — trending like crazy on social media?
Well, it turns out that the slideshow tradition in bar and bat mitzvahs has evolved to the point where families now hire a video production company to put together a short “video clip” of the kid, lip synching to some teen pop hit parody in which he talks about his life.
And that’s what Nissim Ourfali, an upper middle class Sephardic boy from Sao Paulo, does in his video — which is almost up to three million hits on YouTube.
Visibly shy, Nissim appears in the three minute video singing a parody version of “What makes you beautiful,” by British boy band One Direction, gesticulating with his skinny arms and hands and dancing. “Eu sou o Nissim Ourfali” (“I am Nissim Ourfali”) replaced the chorus (“what makes you beautiful”) and is repeated a dozen times during the song. Behind him flows a sequence of photomontages of him, his parents and siblings and photos of the family’s trips around the world.

One Direction, “What Makes You Beautiful”




The video has been mocked in every possible way, while dozens of covers, memes and animated gifs have been created and spread across the web. There’s even a Tumblr where people can upload their own version of the most infamous moment of the video, when Nissim sings “The best part is when we go to the whale” — meaning the Whale Beach (Praia da Baleia), in Sao Paulo’s northern coast — and a surreal montage of the boy on top of a killer whale appears.
Noemy Lobel, the video producer hired by Nissim’s parents, told a Brazilian newspaper that the family is “in shock” over the video’s reception, and decided to take down the original YouTube video. Nissim, however, is not suffering any kind of bullying at school — his friends “loved” the video, said Lobel.

28.1.12

São Paulo, Mazal Tov!!!

Dia vinte e cinco de Janeiro, aniversário de São Paulo.
Acabei de voltar do “Açaí”, onde encontrei os meus amigos Benjamim e Vania Handfaz,  pais do Alexandre, meu amigo e aluno de Bar Mitzvah.
Entre pratos de Açaí e canudos de água de côco e ao som da torcida do timão que joga aqui perto no estádio do Pacaembu, os amigos me contaram uma história digna do aniversário de nossa cidade:
-A filha de nosso primo Jayme – Corinthiano roxo -  estava passeando com a sua avó, quando cruzou com outra dupla de avó e neto. A avó número dois, ao ver nossa priminha, não se conteve e disse:
-Puxa vida! Que menina linda! Loirinha de olhos azuis!
-Seu neto também é lindo – Respondeu a orgulhosa avó - Que lindos cabelos e olhos negros!
-Obrigada, ele é árabe puro!
-Árabe puro... Que maravilha! A minha netinha é judia pura!

-Em outros cantos do mundo este seria um possível ensejo para uma bela discussão, mas aqui em São Paulo, terra, ou melhor, asfalto de diversidade, é diferente:

-Pois então... Podemos acertar o casamento? – Disse a avó judia.
-Claro! Por que não? - Respondeu a avó árabe.
Após mais uns minutos de descontraída conversa, as duas se despediram com beijos e cumprimentos.
Alguns passos depois, nossa priminha, depois de se certificar de que já estava a uma distância segura do “primos árabes”, se dirigiu à avó com uma voz grave e expressando preocupação no olhar, disse:
-Vó! Como a senhora falou aquilo de eu me casar com ele? Você esqueceu o que a gente é? Ele é o contrário da gente!
-Você está falando isso por que ele é árabe?
-Não vovó! Você não viu a camiseta dele? Ele torce para o São Paulo!
 
Viva São Paulo! Viva o diálogo! Viva a Paz!

17.5.11

A influência das famílias judaicas em Higienópolis


Os Rabinovitsch e outros transformaram o bairro no símbolo de sua ascensão e ajudaram no progresso do comércio e dos serviços

 Davi Franzon

Dezenove dos 35 membros da família vivem ali: pioneiros na mudança do Bom Retiro para a nova vizinhança

Milhares de famílias de judeus que fugiram dos horrores da II Guerra Mundial desembarcaram no Porto de Santos nos anos 40, tendo como ponto final da viagem a região paulistana do Bom Retiro. Lá, vários outros membros da comunidade já haviam recomeçado a vida, tocando os próprios negócios em ruas como a Prates, a Ribeiro de Lima e a José Paulino. Muitos abrigavam os parentes no andar de cima dos sobrados, enquanto trabalhavam em suas lojas no térreo. Assim fizeram os Rabinovitsch, recém-chegados da Romênia nessa época. Décadas depois de prosperar no ramo de compra e venda de ouro, decidiram seguir uma segunda onda migratória de seu grupo. Dessa vez, porém, a mudança não era motivada pelo medo, e o destino, muito mais próximo: Higienópolis, um antigo reduto dos barões do café. Com a chegada dos novos moradores, o bairro nunca mais foi o mesmo. Ganhou sinagogas, escolas de hebraico e padarias kosher. “Virou uma localidade emergente graças, em boa parte, aos judeus emergentes”, afirma o engenheiro Jaime Rabinovitsch, de 46 anos, presidente do Colégio Renascença e um dos dez netos de Fernando, o romeno que começou a saga do clã em terras brasileiras.

Nos primeiros anos pós-mudança, famílias como a dele ainda tinham uma rotina dividida: os pais trabalhavam no Bom Retiro e os filhos estudavam na nova vizinhança. A maioria dos alunos, depois de formados, fixou-se definitivamente na vizinhança, expandindo seu raio de atuação para além do comércio. Engenheiros judeus, por exemplo, começaram a trabalhar no ramo de construção e incorporação imobiliária, enriquecendo com essas atividades. Outros abriram as portas daqueles que se tornariam alguns dos mais prósperos escritórios de advocacia da cidade. Assim, a comunidade cresceu até atingir a marca atual de 60.000 pessoas em São Paulo — das quais 25% se concentram em Higienópolis. Só a família Rabinovitsch, que se encontra na quarta geração, tem 35 membros vivendo no entorno (Fernando, o pioneiro, morreu em 1972).

Além da concentração crescente na região, os judeus apreciavam as ruas planas e arborizadas de Higienópolis. “Até hoje, é tudo muito tranquilo e civilizado, as pessoas se cumprimentam nas ruas”, afirma o rabino David Weitman, de 56 anos, da Beit Yaacov, uma das onze sinagogas do bairro. Nesses e em outros locais bastante frequentados pela comunidade, é possível observar com clareza algumas divisões. Nos restaurantes de comida típica, como o Nur, na Rua Tupi, é possível reconhecer mulheres ortodoxas, sempre de saia longa de algodão e peruca para encobrir os cabelos, ao lado de jovens moderninhos, com roupas que não passariam pelo crivo dos seguidores mais fervorosos das leis da Torá. Esse mesmo contraste pode ser visto no Shopping Higienópolis. Em seus corredores, famílias “liberais” (compostas quase sempre de pai, mãe e, no máximo, dois filhos), cruzam-se com os casais mais tradicionais, que seguem à risca o mandamento bíblico “Crescei e multiplicai-vos” (alguns deles trazem consigo proles de oito ou até mais crianças).

Os adolescentes da comunidade têm outros pontos de encontro, a começar pelo Colégio Renascença. Fundada em 1922, a escola acompanhou o fluxo de judeus rumo a Higienópolis, inaugurando em 1968, na esquina das ruas Bahia e Pará, sua primeira unidade fora do Bom Retiro. Os lugares de lazer se concentram nas redondezas da Praça Vilaboim, onde é possível encontrar pizzarias e até restaurantes japoneses com receitas elaboradas dentro das normas kosher. Outro local é o Espaço K uma espécie de centro cultural com aproximadamente 3.000 associados que abriga, entre outras atrações, uma choperia e uma hamburgueria. Todos os itens do cardápio, incluindo os etílicos, são elaborados de acordo com as tradições judaicas. É um tipo de combinação com que jamais sonhariam pioneiros como os Rabinovitsch ao chegar ao bairro prometido.

A COMUNIDADE EM NÚMEROS


15.000 - judeus residem hoje em Higienópolis — o equivalente a 25% da comunidade em São Paulo

11 - sinagogas existem ali

6 - restaurantes da região servem comida kosher, elaborada segundo as regras judaicas.

15.2.11

300

Não é o filme de Esparta. É o valor - em centavos - de nosso deslocamento em São Paulo. Em uma cidade que sofre com inúmeros problemas de uma metrópole (muitos até que superam outras grandes cidades no mundo), seu povo ganhou um verdadeiro "presente de grego" na véspera do novo ano da Era Comum.

Na década de 1990, quando estava crescendo, eu observava a sigla "CMTC" nas paradas de ônibus no bairro de onde morava, Cidade Tiradentes, e sabia o que significava. A Companhia Municipal de Transportes Coletivos era a empresa estatal de ônibus no ínicio dessa década, só existia ela. Só que na metade dessa década, o eterno ficha suja, o ex-prefeito Paulo Maluf decidiu acabar com essa empresa, surgindo assim, uma outra empresa totalmente diferente.


Em 1996 (se não me falha a memória), surgia a Sociedade Anônima São Paulo Transportes, responsável por gerenciar o sistema de transportes coletivos sobre rodas na Capital Federal. A partir daí, "pipocaram" viações por todos os lados. As mais conhecidas eram: Cidade Tiradentes, Masterbus, Penha-São Miguel, Bola Branca, Tânia, Santo Amaro, entre outras. Os ônibus eram brancos com uma faixa horizontal vermelha, servia para todas as regiões.


No Governo Marta Suplicy, o melhor governo municipal pós-ditadura, houve uma revolução jamais vista no transporte público em São Paulo. Além de enfrentar a chamada "máfia dos transportes" e mega-greves, a cidade foi dividida em cores por região, tanto para ônibus como lotações. E as inúmeras viações deixaram também de existir, se unindo em consórcios. Hoje, são os mesmos que são os donos das cores (regiões). A antiga Viação Cidade Tiradentes (VCT) virou Himalaia Transportes, que virou Consórcio Leste 4, cuja cor (região) é vermelha. As antigas viações Penha-São Miguel e Itaim Paulista viraram Consórcio Plus, donos da cor (região) amarela, ambas da Zona Leste. Na Zona Sul, na região (cor) vinho, se uniram Bola Branca, Tânia, Transkuba e Campo Belo, formando o Consórcio 7; Na região (cor) azul, se uniram Paratodos, Piratininga e Metropolitana, formando a UniSul. Na região noroeste, predomina a Viação Santa Brígida, de cor verde-claro, na Zona Norte, Sambaíba (azul-escuro), na Zona Oeste é a Viação Gato Preto, junto com a Transppass, quem "puxa o carro" do Consórcio Sudoeste (laranja), e na região sudeste, por fim, manda a Via Sul (verde-escuro). É graças a atual senadora, que temos esse sistema de certa forma elogiável. Mas, alegria de periferia dura milésimos. Marta só ficou quatro anos e a união de direita PSDB-DEM, que já manda no estado há quase 20 anos, invadiu a capital e já está há quase oito. Começou aí. Quando Marta chegou ao poder, o passe era de papel e a tarifa não chegava nem a 1 real e 50 centavos. Veio o Bilhete Único Eletrônico e o aumento para 1 real e 70 centavos. Ela deixou a prefeitura assim. Veio Serra e Kassab, e mudaram pra pior muita coisa (inclusive o procedimento de uso do Bilhete Único), e aumentaram o preço da passagem três vezes.


A população até que se revolta, mas não continua fazendo nada. Quando faz, não é ouvida. E mais uma vez, tudo sobe, e o salário mínimo pra variar, nada muda. Se agora ficava mais difícil andar em Sampa, a tendência é piorar. A culpa? De todos. Por votar errado. Por não se manifestar direito. Por ficar se lamentando. E cresce a cada dia mais, a nossa vontade (minha e da Senhorita Start-Cohen) de sair do Brasil. Enquanto São Paulo não "andar pelas próprias pernas", como disse, a tendência é piorar.


"Alguém tem 1,50 pra emprestar? Só tenho 1,50! Se não, não vou voltar pra casa!"

30.1.11

Rabinos revisan restaurante de São Paulo para recibir a Demi Moore y Ashton Kutcher





La pareja de actores Demi Moore y Ashton Kutcher (foto), seguidores de la Cábala, llevaron la revolución al restaurante del lujoso hotel en el que se hospedan en Brasil, que fue revisado por rabinos para verificar que los alimentos estaban siendo cocinados según los preceptos judíos.

El chef del restaurante compró nuevas sartenes para poder cumplir las estrictas reglas de alimentación kosher (que trata de lo que los practicantes de la religión judía pueden o no ingerir).

La pareja se encuentra en São Paulo con motivo de la semana de la moda de São Paulo (São Paulo Fashion Week - SPFW), donde Kutcher participará como estrella invitada en el desfile de la firma Colcci, en el que compartirá protagonismo con la supermodelo brasileña Gisele Bundchen.

Los actores están alojados en una suite presidencial de un conocido hotel de São Paulo de 120 metros cuadrados que cuesta 4.500 reales (unos 2.700 dólares) por noche.

El matrimonio es amigo de Madonna, también estudiosa de la Cábala (en la tradición judía, el sistema de interpretación mística y alegórica del Antiguo Testamento).

(Fonte: Aurora Israel)

"Ninguém coloca o nome do Kabbalah Centre nisso, né? Tudo bem! Além de ver o Rabbi Yehuda Berg de perto de novo aqui em Sampa, ainda tive o prazer de apertar a mão de Michael Kelso, pra quem é fã do 'That's 70's Show'. Gostaria que toda celebridade vestisse a camisa da Kabbalah e ajude mais pessoas a compartilhar. Congratulations, Mr. & Ms. Kutcher!"

20.9.10

Tel Aviv es la ciudad 25 más cara del mundo


Tel Aviv es la vigésimo quinta ciudad más cara del mundo, según el último ranking sobre precios e ingresos publicado por el banco suizo UBS.

Oslo, la capital de Noruega, encabezó la lista, seguida de Zurich y Ginebra, Suiza. Tokio se encuentra en el cuarto lugar, Nueva York en el sexto, Estocolmo en el séptimo y Londres, en el décimo.

En América Latina, São Paulo encabeza la lista de ciudades caras en el puesto 22, Barcelona en el 30. Río de Janeiro en el 31, Madrid en el 34, Santiago en el 62, México Distrito Federal en el 64 y Buenos Aires en el 65.

La lista del UBS clasifica a setenta y tres ciudades de todo el mundo.

Tel Aviv no ha dejado de trepar, en 2007 era mucho más barata y se encontraba en el puesto 42, pero ya en 2009 en el 33.

En términos de ingresos salariales, Tel Aviv clasificó 33ava. El año pasado estaba en el 35avo puesto. En términos de poder adquisitivo, Tel Aviv fue 34ava
.
El informe de UBS tiene por objeto asistir a las firmas y a los viajeros como una escala de referencia que les permita indagar a dónde pueden conseguir las mejores ofertas, y a las empresas para que puedan determinar la paga a los trabajadores reubicados.

5.9.10

Bate-Bola Rápido (Daniela Kresch Entrevista Cônsul-Geral Ilan Sztulman)


ILAN SZTULMAN

Entrevista a Daniela Kresch – Tel Aviv


Dando continuidade à série de pequenas entrevistas com alguns dos 10 mil brasileiros que moram em Israel, o personagem desta semana é um nome de peso: Ilan Sztulman, 52 anos, o novo cônsul de Israel em São Paulo. Funcionário de carreira do Ministério das Relações Exteriores, Ilan ocupava, até agora, a posição de vice-diretor de Assuntos Públicos da chancelaria. Mas a partir de 5 de setembro, comanda oficialmente o consulado paulista, que havia sido fechado há sete anos por corte de verbas. O fechamento, segundo ele, foi um erro que agora é consertado pela diplomacia nacional. Nascido em São Paulo, casado, pai de dois filhos, Ilan fez aliá aos 18 anos.

1) Ilan, quando você veio morar em Israel?

Em março de 1976.

2) Por quê você optou em morar em Israel?


Porque sou sionista.

3) Do que você mais gosta, em Israel?


Das pessoas.

4) Do que menos você gosta?

Do ritmo da vida.

5) Qual é o lugar mais agradável do país, na sua opinião?

Jerusalém.

6) Qual é o lugar menos agradável?


Também Jerusalém. A cidade tem certas áreas agradáveis e outras, nem tanto.

7) Qual é a palavra em hebraico que você mais gosta?

“Ahava” (amor).

8) Qual é a palavra em hebraico que você menos gosta?

“Maniac” (maluco ou maníaco, dependendo do interlocutor)

9) Que comida israelense é a mais saborosa?


Existe comida israelense “de fato” (risos)? Humus.

10) O que você diria para quem pensa em fazer aliá?


Que este é um lugar muito, muito aberto, onde qualquer pessoa pode se achar e fazer o seu caminho de maneira muito mais fácil do que qualquer outro lugar do mundo.

13.5.10

As Luzes se Apagam no Parque Antárctica

Não é um jogo do Palmeiras. Embora onde eu trabalhava era bem perto desse clube aí.
  
No início, com uma faculdade de Eventos engatilhada nos Campos Elíseos, achava o máximo trabalhar no maior site da Contax, tornava-se até uma obsessão pra mim. Aliás, para um desempregado, qualquer vaga vira uma obsessão.
 
As coisas foram fluindo, consegui uma vaga de receptivo nesse site e estava só esperando as férias acabarem para tudo chegar bem perto do perfeito.
 
Comecei a observar bem onde ficava o campus Rudge da Universidade Bandeirante de São Paulo, nos Campos Elíseos, Centro-Norte da "Capital Federal". Á cinco minutos da Barra Funda, o campus era realmente grande e interessante, porém, o viaduto que eu atravessava, o Engenheiro Orlando Murgel, para ir á faculdade, era um banheiro a céu aberto. Se o cheiro fosse só de urina, até ia, mas se sentia e via as fezes dos mendigos. Fora a favela que tinha embaixo do mesmo. Um lugar horrível para se estudar, indigno para uma faculdade particular do tamanho da UNIBAN.
 
Percebido isso, imediatamente eu mudei e me matriculei na Faculdade das Américas, no bairro da Consolação, Centro-Oeste, justamente no Baixo Augusta, o lugar mais exótico da "Capital Federal".
 
No primeiro mês de trampo me acostumei a andar 40 minutos da Rua Augusta até a Rua Federação Paulista de Futebol, na Barra Funda, onde ficava o site Antárctica. Mas, o serviço não ajudava. Mesmo.
Prestava serviço para um subgrupo do conglomerado bancário espanhol Santander, a Aymoré Financiamentos, por onde todo o Brasil financiava carros. Atendíamos mais região Sul e interior paulista. Existia uma área que ficava responsável pelos processos de desalienação de veículos, que, ao meu ver, não fazia lá muita coisa (isso não é Lashon Hará, eu acho!). O prazo normal de encerramento de leasing era de 25 dias. Atendia casos de mais de três meses.
 
Passavam-se as horas e os dias e, nada se resolvia, tornando nós, operadores da linha de frente, verdadeiros robôs. Isso me irritava e, mais ainda, irritava os pobres clientes. Insatisfeito com o serviço, e por outros motivos também, decidi sair da Contax, "abandonando" a minha banda, Menorah, que ajudei a classificar para a final do concurso "Sexta Cultural", que seria em novembro. Pero, ela existe fora da Contax, já que o guitarrista principal saiu primeiro do que o próprio baterista.
 
Foram três meses (na verdade, dois meses e 15 dias) intensos de correria, stress e aprendizado no qual agradeço á Hashem de ter passado, e como sempre, fiz grandes amizades, desde o treinamento até a operação. Agora, tudo o que posso fazer é rezar por eles e, com a ajuda de Rabbi Shimon Bar Yochai, continuar minha caminhada. Diga-se de passagem que também posso mudar de faculdade e curso, a possibilidade é real e não-descartável.
 
Para completar, o guitarrista e o baixista (Victor Fugita e Thiago Santos) da minha banda principal, M.T.K.,anunciaram suas saídas. E assim, meu décimo oitavo ano de vida já vai indo embora, deixando saudades, inclusive.
Junho (Tammuz) já está aí.

2.5.10

Saudação do Embaixador de Israel, Sr. Giora Becher


Hoje (26.04), nós estamos celebrando com grande orgulho e satisfação o sexagésimo segundo aniversário do Estado de Israel. Esta celebração está ocorrendo em Israel, em cerca de uma centena de embaixadas e consulados ao redor do mundo e pelos nossos irmãos e irmãs nas comunidades judaicas em conjunto com muitos que nos apóiam in todos os países do nosso globo.

Temos muito que celebrar – Em 1948, uma nação recém nascida, inicia com seiscentos mil habitantes saídos de uma guerra devastadora, que nos custou um por cento da nossa população e, somos hoje, mais de sete e meio milhões de cidadãos vivendo em uma sociedade moderna, com alto nível de educação e padrão de vida. Nós alcançamos o mais alto nível de reconhecimento mundial nas áreas de medicina, agricultura, pesquisa química e biológica, economia e muito mais, incluindo sete prêmios Nobel.  Israel moderno e vibrante é cheio de atividades culturais, como teatro hebraico, dança moderna, música clássica e popular e muito mais.

 O que ainda não conseguimos é a paz com todos os países do Oriente Médio, mas nunca desistimos e nunca desistiremos dos nossos sonhos de viver em paz com todos os nossos vizinhos. Esperamos que no nosso próximo aniversário da Independência, finalmente, teremos alcançado a paz com o resto dos outros países de nossa região, incluindo nosso vizinho mais imediato, o povo palestino. Paz é a nossa meta e deve ser a meta de todas as pessoas e países do Oriente Médio.

 No ano passado, presenciamos um importante progresso nas relações bilaterais entre Israel e Brasil. Visitas importantes foram realizadas, incluindo a visita do presidente Peres ao Brasil e da histórica primeira visita de um presidente brasileiro a Israel. Durante estas visitas, reforçamos as nossas relações em todos os campos – político, comercial e industrial, cientifica, cooperação na defesa, educacional, laços culturais e muito mais. Durante o encontro entre o Primeiro-Ministro Netanyahu e o Presidente Lula, os dois líderes concordaram em estabelecer uma comissão conjunta de ministros dos dois países, encabeçada por eles, visando encontrar, uma vez por ano, para definir programas de cooperação entre o Brasil e Israel.  Há esperança de que o primeiro encontro se dê antes do final deste ano.

 No início deste mês, o acordo de livre comércio entre Israel e Mercosul entrou em vigor e os governos, como o setor privado nos dois países, possuem uma alta expectativa em presenciar um significante aumento do volume de comércio em função deste acordo. Notamos também, no ano passado, um crescimento no intercâmbio de turistas nos dois países. Este fenômeno é devido também ao fato da companhia aérea israelense El-Al ter iniciado em maio do ano passado a operar vôos diretos entre Tel Aviv e São Paulo.  Em poucos dias reabriremos oficialmente o Consulado-Geral em São Paulo e no Rio de Janeiro já há um  consulado honorário  atuante.
 Nós estamos todos muito otimistas que nos anos que virão atingiremos um novo ápice em nossas relações bilaterais para o aperfeiçoamento dos dois povos: brasileiros e israelenses.

Shalom – Paz para todos


Giora Becher

Embaixador de Israel no Brasil

30.3.10

Lei Kassab (?) - Antonio Carlos Celino

"Wanderley Nogueira, você foi quase brilhante ao defender a tese na audiência publica, mas ao invés de ir contra os números apresentados, deveria ter dito que o grande erro é o "monopólio", por que tem que existir? Por quê o 'trust' foi tão combatido e no Brasil, parece que é uma instituição, será que os clubes não receberiam até mais verba das emissoras se isso fosse dividido entre várias, ao invés de uma que impõe regras contra o futebol apenas para exibir suas cenas de sexo nas novelas em horário impróprio, e no B(ig)B(rother)B(rasil)10 com apologia aos bibas (e aqui não é preconceito, pois tenho um conceito formado: homem é homem, mulher é mulher, o resto é aberração, se é normal porque tem que defender?) Mas, o foco aqui é monopólio, acabem com o monopólio e acabarão com o problema, o Tal (Walter) Feldman - Secretário Municipal  de Esportes e Lazer e integrante do Conselho Deliberativo da Hebraica - (apavorado com o poder da Globo) defende até o horário alegando que mais cedo atrapalharia o trânsito(vá de ônibus!) assim diminui o numero de carros, segurança, mais tarde e menos noticiado? Afinal, governam ou são governados? KASSAB, perdeu a coragem ou existe algum mensalão(linho) seja lá o que for. FAÇAM (uma) LEI QUE PROIBA O MONÓPOLIO (emissoras faturarão, mais, clubes idem), os anunciantes terão opções, por isso poderão baratear e até dar oportunidade a novos anunciantes (com menor poder aquisitivo), os patrocinadores de camisas placas etc. terão mais exposição afinal onde está o prejuízo é onde está o monopólio."

Para quem não sabe, essa tal lei Kassab, pode vetar o futebol "após a novela", ou seja, que proíbe jogos esportivos após as 23:15 na "Capital Federal". Quem lidera essa campanha para que essa lei seja aprovada é a rádio Jovem Pan AM (620khz), tendo seu principal porta-voz o conhecido e experiente repórter Wanderley Nogueira.

O texto acima, foi postado por Antonio Celino, e foi editado para esse blog. Se quiser conferir o texto original é só clicar aqui.

Se depender de mim e do verdadeiro povo, rede globo, você já seria destruída. O povo Paulista não é trouxa. Revoluciona.

21.3.10

Tá Reclamando do Quê?

 " Reclamando do Lula? do Serra? da Dilma? do Arrruda? do Sarney? do Collor? Do Renan? do Palocci?  do Delubio? Da Roseana Sarney? Dos politicos distritais de Brasilia? do Jucá? do Kassab? dos mais 300 picaretas do Congresso? E você?

Brasileiro Reclama De Quê?
O Brasileiro é assim:
1. - Saqueia cargas de veículos acidentados nas estradas.

2. - Estaciona nas calçadas, muitas vezes debaixo de placas proibitivas.

3. - Suborna ou tenta subornar quando é pego cometendo infração.

4. - Troca voto por qualquer coisa: areia, cimento, tijolo, dentadura.
5. - Fala no celular enquanto dirige.
6. -Trafega pela direita nos acostamentos num congestionamento.
7. - Para em filas duplas, triplas em frente às escolas.

8. - Viola a lei do silêncio.

9. - Dirige após consumir bebida alcoólica.

10. - Fura filas nos bancos, utilizando-se das mais esfarrapadas
desculpas.

11. - Espalha mesas, churrasqueira nas calçadas.

12. - Pega atestados médicos sem estar doente, só para faltar ao trabalho.
13. - Faz  " gato " de luz, de água e de tv a cabo.
14. - Registra imóveis no cartório num valor abaixo do comprado, muitas vezes irrisórios, só para pagar menos impostos.

15. - Compra recibo para abater na declaração do imposto de renda para pagar menos imposto.

16. - Muda a cor da pele para ingressar na universidade através
do sistema de cotas.

17. - Quando viaja a serviço pela empresa, se o almoço custou 10
pede nota fiscal de 20.

18. - Comercializa objetos doados nessas campanhas de catástrofes.

19. - Estaciona em vagas exclusivas para deficientes.

20. - Adultera o velocímetro do carro para vendê-lo como se fosse pouco rodado.
21. - Compra produtos pirata com a plena consciência de que são pirata.
22. - Substitui o catalisador do carro por um que só tem a casca.

23. - Diminui a idade do filho para que este passe por baixo da roleta do ônibus, sem pagar passagem.

24. - Emplaca o carro fora do seu domicílio para pagar menos IPVA.

25. - Freqüenta os caça-níqueis e faz uma fezinha no jogo de bicho.

26. - Leva das empresas onde trabalha, pequenos objetos como clipes, envelopes, canetas, lápis.... como se isso não fosse roubo.

27. - Comercializa os vales-transporte e vales-refeição que recebe das empresas onde trabalha.

28. -
 Falsifica tudo, tudo mesmo... só não falsifica aquilo que ainda não foi inventado.

29. - Quando volta do exterior, nunca diz a verdade quando o fiscal aduaneiro pergunta o que traz na bagagem.

30.
Quando encontra algum objeto perdido, na maioria das vezes não devolve.
E quer que os políticos sejam honestos...

Escandaliza- se com a farra das passagens aéreas...

Esses políticos que aí estão saíram do meio desse mesmo povo ou não?
Brasileiro reclama de quê, afinal?

E é a mais pura verdade, isso que é o pior! Então sugiro adotarmos uma
mudança de comportamento, começando por nós mesmos, onde for necessário!

Vamos dar o bom exemplo!

Espalhe essa idéia!

"Fala-se tanto da necessidade deixar um planeta melhor para os
nossos filhos e esquece-se da urgência de deixarmos filhos melhores
(educados, honestos, dignos, éticos, responsáveis) para o nosso
planeta, através dos nossos exemplos..." 

(Agradecimentos á Claudia Simonetti)

18.3.10

Programa de Transição

Não, não é de Leon Trotsky.
Dessa vez.
Poderia ser, já que discutí-lo é de meu agrado.
Defendê-lo é de meu agrado, estudá-lo também.

Bronstein foi um herói, que abriu mão do sobrenome para entrar na história.
Conde, não será assim.
Um, judeu ucraniano. Outro, afro-brasileiro de origem lusitana (desconhecida).
Um, nasceu em um império, outro acaba de sair de uma ditadura militar.
Mesmo assim, ambos não são passíveis de comparação.

É como se você tocasse contra-baixo elétrico e você mesmo quisesse se comparar com Paul McCartney. Ele já é Sir!

Desde 1991, criando outras formas de se expor para o mundo sem ferir a honra e a tradição que a família passou. Daí a transição. Do início da década pra cá, pseudônimos e mais pseudônimos foram surgindo, para assim, despontar para a História, mas, passou-se o tempo, e todos foram datados.

Foi necessário unir Ben-Gurion, F.C. Start e a palavra "sacerdote" em hebraico. Para assinar em teses, e-mails, crônicas, poesias, composições, sites de relacionamentos, e por aí vai. O corrente Programa durará até quando? O nome original não é pesado o bastante?

Quando o "Protetor Companheiro" será citado apenas em biografias?

Mesmo nascendo na Vila Clementino, registrado em Indianópolis, continua, a missão da Zona Leste para o mundo. Do Aricanduva para Israel, Via Canadá, se for possível.

22.2.10

Nota 50



Dos três filhos da Dona Marilda, somente um compartilha o gosto por samba da mãe. Que por sinal, é esse Conde que vos escreve.
Nesse ano, comecei a ouvir e a observar melhor o desfile das escolas de samba de Sampa e do Rio. Começando por onde nasci, gostei muito do desfile da Imperador do Ipiranga e do enredo da Leandro de Itaquera. Eu gostei, os jurados, não. Essas mesmas duas, posteriormente seriam rebaixadas para o grupo de Acesso (A segunda divisão do carnaval).
Para finalizar São Paulo, tenho que enfatizar a minha Vai-Vai. O desfile estava empolgante e alegre (como todo ano). O bastante pra chegar em terceiro lugar, atrás apenas da Mocidade Alegre e da campeã Rosas de Ouro (uma espécie de New Orleans Saints do Carnaval Paulista, que faz teeeeempo que não ganha!). Pero, quem disse que a Bela Vista se fechou com esse terceiro lugar?
Pelo contrário. Na pós-apuração fui para a quadra da Vai-Vai com a esperança de um título. Saí até que feliz, pela festa e pelo terceiro lugar, melhor não poderia ser - a não ser por meia dúzia de baderneiros uniformizados de Gaviões da Fiel que quase acabaram com a minha alegria...
Pegando a Ponte Aérea, indo para a terra do Fluminense e da minha Mangueira, o Carnaval Carioca é sempre interessante. Nesse ano destaco a Imperatriz Leopoldinense pelo seu enredo - Brasil de Todos os Deuses, que inclusive, as Notícias da Rua Judaica mostraram detalhes da ala Judaísmo - e pela sua bateria - os comandados do Mestre Marconi me fizeram emocionar. A Porto da Pedra falou sobre moda, e seu enredo ficou na minha cabeça graças ao vozeirão do intérprete Moisés Santiago (tanto que até baixei pela internet!)
Outra escola que caiu no meu gosto foi a Mocidade Independente de Padre Miguel falando sobre confrontos de paraísos - o fiscal e o divino, por exemplo, e claro, a minha Estação Primeira, contando a história da Música Popular Brasileira, destacando artistas como Sandra de Sá e Milton Nascimento e homenageando Raul Seixas e os Mamonas Assassinas, ícones nos quais os roqueiros paulistas tem tanta saudade.
Mas, foi a misteriosa comissão de frente da Unidos da Tijuca que deu o título para os mesmos no Rio de Janeiro. Que pena. Que não assisti o desfile deles! O pessoal da Barra não ganha desde a década de 30, é mole?
Ganhando ou perdendo, Vai-Vai, Nenê de Vila Matilde, Leandro de Itaquera, Dragões da Real, Mangueira, Imperatriz Leopoldinense, é tudo bateria nota 50!
O carnaval 2011 nos espera...!

Mal Sabiam Eles o que Viria (Um Só Instante)




25 de janeiro de 1554. Mal sabiam os jesuítas o que viria a ser aquele simples colégio. Séculos XVIII e XIX. Mal sabiam os barões do café o que viria com aquela economia que estavam aquecendo. Século XX. Mal sabiam os imigrantes o que eles iriam achar.
Pois é. Assim foi surgindo a cidade e o estado que falo. Sabemos que não é uma "simples coisa" que estamos percebendo. Seja muito bem-vindo a um mundo, um país chamado São Paulo.
Maior cidade italiana, portuguesa, espanhola e japonesa fora dos seus respectivos países. Primeiro estado brasileiro a se industrializar e a se rebelar contra a ditadura de Vargas. Maior cidade nordestina fora dessa região. A mais importante comunidade judaica brasileira está em São Paulo.
Estado que, sozinho, concentra 33.9% do Produto Interno Bruto brasileiro, e o estado onde tem os mais importantes clubes atléticos da América Latina.
Sinceramente, nem eu, quando nasci, sabia o que viria sendo Paulista. Escuto histórias de, quando se é turista em outros estados, as pessoas te elevam de patamar só por causa que você é Paulista. E depois não é pra ter orgulho...

Não entendo o por quê de carregar um país de dimensões continentais como o Brasil. Por quê depender de Brasília? Para quê se envergonhar do que acontece nos outros estados?
Somos um povo acostumado de andar com as nossas próprias pernas, como diz o lema da nossa Capital Federal: "Non Ducor Duco", ou seja, não somos conduzidos, conduzo. Sendo uma "unidade da federação" estamos perdendo tempo, e o mais importante elemento da economia: dinheiro.
Somos uma verdadeira Potência adormecida. Não somos o país do futuro. Somos o futuro.
Quem toma banho da água de São Paulo, não quer, nunca mais, se sujar.
Perdemos uma grande oportunidade, de, em 1932, já sermos independentes, mas, as gerações futuras sabem muito bem o que fazer: continuar lutando a favor da terra de seus pais, avós, e por aí em diante.
Pelo Brasil se faz grandes coisas? Escravidão? Quase alinhamento com o nazismo? Ditaduras?
Independências pelo mundo afora são reivindicadas: Kosovo, Tibet, País Basco, Catalunha, Curdistão, e, até mesmo, a luta pela existência do Estado de Israel. O mundo precisa saber que também estamos nessa.
Como no hino nacional paulista, também pedimos: um só instante.

24.1.10

Entre a Rua e o Head


Antes, era só a minha irmã que "pulava de emprego". Parece que, de tanto brincar com isso, "a casa caiu".
No ano passado (2009), fiquei só 35 dias na AlmavivA do Brasil como tele-atendente receptivo da Telecom Italia Mobile Brasil. Verdadeiro motivo da saída: de um monte, até hoje, tô tentando achar um ainda. Em cada entrevista eu falo um, e a cada entrevista eu tomo um não.
Depois de um curso que fiz, pensei: "vou para a área comercial ganhar dinheiro!". Não foi bem assim. Acho que não cheguei a completar 15 dias como vendedor externo para a mesma Telecom Italia Mobile Brasil. Não me adaptei, ainda deixei meu ex-supervisor na mão (se bem que, ele mereceu!)
Já no Poupatempo, eu não vou colocar a culpa no Yom Kippur. Fiquei 45 dias. Fora comportamento e outras coisas que não ajudaram - por exemplo: não me colocaram na orientação!
Comecei 2010 na United Cinemas Internacional (nome bonito, não acham?). Nesse, quebrei meu próprio recorde. Vocês se perguntam: 10 dias? 7 dias? Não. Quatro. Mesmo sendo perto da minha casa (Shopping Jardim Anália Franco - o pior de São Paulo), entrava ás 16:00 e saía as 05:00 da manhã. Ainda dava uma volta pela Fazenda da Juta e Jardim da Conquista (ambos bairros pertencentes á região de São Mateus), sendo que eu moro a 20 minutos do shopping. Difícil...
Agora, de volta ao desemprego, estou em um dilema: volto a ser vendedor externo ou tele-operador?
Na real? Qualquer coisa para pagar a faculdade e ajudar em casa. Bom, qualquer coisa não, né?

(Orginalmente escrito em 18.01.10)

8.12.09

Terra de Ninguém (Márcio Campos)



Numa noite caminhando pelas ruas do centro de São Paulo sem destino, acabei chegando no bairro Santa Ifigênia, lugar bastante famoso para aqueles que procuram principalmente acessórios para informática entre outros, já havia passado por lá varias vezes durante o horário comercial, mas era a primeira vez que eu passava depois que todas as portas do comercio estava fechadas e as trevas tomava conta do lugar, eu não vou mentir, eu não fiquei nenhum um pouco chocado (embora fosse a primeira vez que eu visse pessoalmente) quando cheguei na rua aurora e vi desde crianças de aparentemente 8 anos a homens e mulheres castigados por aquilo que lhes dão prazer e pelo descaso daqueles que se candidataram a cargos públicos prometendo o que não cumpririam depois de serem eleitos.
Realmente a rua estava entupida de pessoas que se autodestruíam, e o pior muitos riam da situação enquanto se acabavam com um cachimbo nada convencional nas mãos, demoro mas caiu a ficha, eu estava na famosa cracolândia, um lugar dominado pelo tráfico e a prostituição, onde as pessoas parecem conformadas com aquilo que são, assim como os homens da policia militar que estão a menos de quinhentos metros da “sin city” paulistana.
Crianças e jovens desesperados uns implorando pelo cachimbo, outros pedindo desesperadamente entre eles mesmo um, dois, três... reais para completar e pega mais uma pedra, pensei em registra esse momento com a câmera do meu celular, mas pensando bem talvez eu estivesse com sorte de caminhar por aquele lugar lentamente e não ser “intimado” por ninguém, preferi não abusar da sorte, sendo assim eu percebi que já estava tempo demais naquele lugar, era hora de se retirar.
Dessa vez eu estava caminhando com destino certo, meu lar doce lar, mas antes a poucas quadras daquele submundo que eu acabara de presenciar, eu me deparo com o famoso Bar Brahma, e então chego a conclusão que em São Paulo a distância entre o “paraíso e o inferno” é menor do que muita gente imagina.

(Segunda crônica feita na oficina "Olhares de São Paulo - Crônicas" - sob orientação do Professor Alan Viola - a ser impressa na programação do Centro Cultural São Paulo - Dezembro/2009)