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27.10.14

O que Ben Affleck não entende sobre o Islã

Por Rabino Shmuley Boteach


During his appearance on Real Time With Bill Maher this past Friday, Ben Affleck slammed the host for his


Ben Affleck merece um grande crédito pelo seu importante filme Argo, que trouxe a verdadeira brutalidade do regime iraniano para as grandes telas. Mas ele está errado em comparar igualmente as acusações da violência islâmica com aqueles que dizem que os judeus são ‘enganadores’.

Alguns judeus, sem dúvida, são enganadores, assim como alguns não judeus. E alguns muçulmanos são violentos, assim como outros muçulmanos não são.

É por isso que nós temos que ter cuidado com caricaturas e esterótipos de qualquer grupo e Mr. Affleck está certo que este constitui o núcleo do fanatismo.

A diferença aqui, porém, é que os ‘enganadores’ judeus - para repetir o exemplo do Sr. Affleck - não estão justificando a sua ‘ enganação’em nome do judaísmo. Se há um homem ou uma mulher judia desonesta, eles não gritam "Deus é grande!", levantando uma bandeira com o Magen David.

Católicos irlandeses tiveram de lutar contra estereótipos desagradáveis ??sobre ‘bebados’ por centenas de anos. Mas quando bebiam em excesso não levantavam os seus copos de cerveja e gritavam: "Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo."
Quaisquer atos maus que cometem são feitos em seus próprios nomes.

Mas o problema real com a violência islâmica é que ela está sendo feita em nome da religião islâmica. E enquanto as pessoas nunca ousam repetir a mentira de que a violência é endêmica no Islã – pois sabem muito bem que outras religiões tiveram facções violentas - é verdade que a violência em nome do Islã não está sendo condenada por um número suficiente das principais correntes islâmicas. 
Ben Affleck não está fazendo um favor ao islamismo, quando defende este silêncio. Ao contrário, o Islã é uma grande religião mundial e que passou por séculos de iluminação e de tolerância. Nós, judeus, fomos beneficiados dessas épocas, como na Espanha, na Idade de Ouro e no Egito quando estava sob o comando do maior dos governantes muçulmanos, Saladino, que indicou um rabino, Maimonides, como o seu médico pessoal e conselheiro. Além disso, os turcos otomanos receberam a nós, judeus e nos concederam santuário quando fomos expulsos da Espanha pelos governantes católicos antissemitas de maneira bárbara e furiosa por Fernando e Isabel, ambos os quais foram canonizados pela Igreja.

Mas o Islã está passando por uma fase difícil , quando muitos muçulmanos matam em seu nome. Negar este fato é esticar e exagerar o politicamente correto a um extremo nocivo e corrosivo.

Affleck está correto. Eles são uma minoria e que a grande maioria dos muçulmanos é um povo decente e temente a Deus. Mas os clérigos muçulmanos por todo o mundo não se manifestam o minimo suficiente para este fato para condenarem em termos claros e absolutos, a violência perpetrada em seu nome.

Aqui está um exemplo. Quando, em 1994, Baruch Goldstein, um judeu ortodoxo que vivia em Hebron, assassinou 29 muçulmanos inocentes quando oravam em uma mesquita: ele foi imediatamente vilipendiado e condenado por rabinos de todo o mundo. Eu era um deles, mas apesar disso a minha casa em Oxford na Inglaterra, onde servia como rabino, foi alvo de bombas incendiáras no dia seguinte, no que a polícia acreditou ser um ataque de retaliação. Ainda assim, eu disse que Goldstein era uma abominação a tudo em que o Judaísmo acredita. É verdade que alguns extremistas judeus o elogiaram e até mesmo oraram em seu túmulo, justificando o seu ataque bárbaro, dizendo que ele estava antecipando um ataque assassino contra os judeus de Hebron. 
Desculpe. Judaísmo não tolera desculpas ou justificativas para o assassinato. Os Dez Mandamentos são claros. Você ceifa uma vida inocente, e por mais justificada que você possa acreditar esta ser a sua ação, você é uma abominação para Deus.

Houve uma tentativa por parte de alguns extremistas de transformar o túmulo de Baruch Goldstein em um santuário. O Exército israelense rapidamente o destruíu.

Cada religião e cada comunidade têm seus extremistas. Mas uma fé e um povo somente se mantém saudáveis quando a esmagadora maioria dos seus adeptos tradicionais condenam a violência e o radicalismo dos seus membros extremistas.

O Washington Post, em resposta aos comentários do Sr. Affleck, reproduziu os resultados de uma ampla pesquisa de 2013 pelo Instituto Pew Research que mostrou que uma ampla maioria das populações muçulmanas de países como Afeganistão, Egito, Paquistão, e os Territórios Palestinos apoiam a morte por apedrejamento de adúlteras e a pena de morte para aqueles que deixarem a fé islâmica.

Nos países muçulmanos europeus como a Bósnia, e em mais países seculares como a Turquia, o número de adeptos muçulmanos que abraçam estas barbáries é perto de zero.

Portanto, há definitivamente um problema nos países muçulmanos do Oriente Médio que apoiam a violência e não a condenando claramente em nome do Islã.

Isso é uma blasfêmia contra o Islã. Além disso, afeta uma grande religião mundial. E as personalidades influentes e bem-intencionadas, como Ben Affleck deviam as condenarem vez de diminuir a sua malignidade e gravidade.

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