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18.7.10

CURIOSIDADES JUDAICAS

Fernando Bisker – Miami- EUA (Editado por Ana Bisker)
Já nos questionamos sobre a origem de certas expressões e frases? Em qualquer lugar do mundo os mágicos falam a seguinte frase: Abra Cadabra. Mas qual o significado destas palavras tão estranhas?
"ABRA" - na linguagem do Talmud significa "seja feito". "CADABRA" -  do verbo em Hebraico Ledaber e em Aramaico  "como estou dizendo". E já que estamos falando de "magia", vamos falar um pouco sobre este tema.
Já terminou a participação do Brasil na Copa do Mundo, e todos nós torcemos com o coração na mão. Sempre aparecem aquelas pessoas que acreditam ser pé-quente, ou pé-frio, que dão sorte, e até aquelas que saem da sala por acreditar que isso possa influenciar o resultado do jogo. Fazer figas, cruzar os dedos, bater na madeira, e por aí vai... A lista de superstições e crendices é interminável. A propósito, investiguemos um pouco do que a nossa Torah tem a dizer a respeito das figas, pulinhos no mar e afins, e até onde isso tudo poderia ter afetado o moral do técnico Dunga e de nossa seleção.

Judaicamente falando, não existe nenhuma força intermediária entre Deus e os homens. Qualquer um pode ter acesso irrestrito a Deus. A qualquer hora e em qualquer idioma, basta rezar, pedir, chorar, e até agradecer. Não existe uma figura humana que atue como intermediário entre Deus e sua criação, que tenha poderes para perdoar ou punir. A figura do sábio (rabino), em contrapartida, faz-se necessária na medida em que este possa ajudar e orientar o indivíduo no seu próprio caminho. O rabino pode mostrar-lhe maneiras de ampliar a consciência e conectar-se com Deus, de enriquecer seu auto-conhecimento, promover o auto-aprimoramento e esclarecer questões de ordem prática, no que concerne as leis e tradições.


Direcionar a reza a seres intermediários, como anjos por exemplo, não faz parte do nosso repertório. Nem tampouco rezar fazendo pedidos de auxílio vindo de alguém que já morreu, já que desta forma estar-se-ia conferindo uma força a uma entidade que não atua independente da ordem divina. O costume já bem famoso de ir até o local onde grandes rabinos e tzadikim estão enterrados, não deve ser confundido com romarias e outras práticas. Visita-se as tumbas dos grandes rabinos por acreditar que a presença Divina segue impregnando o local, já que o "tzadik" dedicou sua vida a transformar-se em um receptáculo de Torá e sabedoria divina. Logo, nesses locais, bebe-se desta inspiração e reza-se unicamente para Deus.


Utiilzar  figas, amuletos, cruzar os dedos, bater na madeira - para nós judeus nada disso tem poder, e não é uma boa idéia aventurar-se por essas práticas.


No reveillon, por exemplo, muitos judeus jogam todo ano um punhado de flores para Iemanjá, gesto acompanhado dos famosos três, sete, ou até mesmo dez pulinhos nas ondas do mar. Analisemos o nome Iemanjá, cuja definição na  
Wikipedia é "a deusa do mar". Etimologicamente, é possível buscar as raízes do nome no Hebraico:  IAM- Mar -   MIN - Do  -  Ia (o "J" e o "Y" do Hebraico ao Português é trocado) - que seria um dos nomes de Deus (nome Divino composto das letras "iud" e "hei", com a vogal "a").  Muitos judeus mantêm esse costume, muitas vezes pelo embalo do clima festivo, outras vezes por superstição mesmo.  Mas a cerimônia, que é religiosa, consiste em oferecer flores à deusa do mar, e não difere de qualquer outra cerimônia em que se ofereça frutas a uma imagem, ou vinho a uma estátua. É proibido segundo a Torá fazer oferendas a qualquer entidade, espírito, estátua ou figura.
Com todo o respeito a outras religiões, e não desejando criticá-las, já que cada um tem seu livre arbítrio, lembremos somente de como nós judeus devemos nos cuidar para não nos deixar assimilar - mesmo que sem querer - por práticas religiosas que não pertencem à nossa cultura e nossa tradição.

E quanto ao Dunga, bem... Não sei bem o que tudo isso tem mesmo a ver com ele. Mas no final das contas, todos torcemos pelo Brasil, e como se costuma brincar por aqui, dizem que Deus é brasileiro, vamos pedir uma forçinha para ver se pelo menos em 2014 seremos os campeões.


"Como diria aqueles guris sul-africanos que o programa dominical 'Pânico na TV' diriam: DUNGA BURRO, DUNGA, BURRO! Por mim, qualquer país latino leva a copa de 2014. Menos o Brasil, por su puesto! Abra-cadabra! Macumba pra judeu não serve, rs!"

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