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20.6.10

Após aposentadoria, Ozzy Osbourne lança autobiografia, disco e turnê

MARIANNE PIEMONTE
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE LONDRES 

Depois de imitar com a boca um "riff" sujo de guitarra, Ozzy Osbourne, 61, senta-se confortavelmente numa das poltronas da suíte master do hotel Dorchester, o mais elegante de Londres, e anuncia: "Bom estar de volta".

Leia trechos da biografia do Ozzy Osbourne

O roqueiro esteve na cidade para o lançamento do décimo disco solo, "Scream" (grito), depois da frustrada tentativa de aposentadoria.


Entre uma entrevista e outra (foram 23 naquela tarde), Ozzy enche a cara de suco de laranja e acaricia o anel de caveira com ouro e diamantes enquanto fala. Os óculos, estilo Jonh Lennon, escondem seus claros olhos azuis.

Mas, quando quer dar ênfase no que diz, o "príncipe das trevas", o homem que mordeu a cabeça de um morcego em 1982, parece um vovozinho com os óculos na ponta do nariz.

Um avô que termina ou começa a maioria de suas frases com um sonoro "fuck".
Depois de dois anos em casa, Ozzy diz que o retorno ao trabalho não foi uma ordem de Sharon, sua mulher e empresária. Conta que seu pai resolveu cuidar do jardim quando se aposentou. Logo que os canteiros estavam bem floridos, morreu.

Ozzy teme viver o mesmo. "Gosto de trabalhar, tocar é o que me faz continuar vivo. Estar no palco é melhor do que sexo e drogas", diz.



Sobrevivente
Pai de seis filhos e protagonista de dezenas de overdoses, boa parte de sua vida está em "Eu Sou Ozzy", biografia que ficou em segundo lugar entre os mais vendidos do "New York Times".
Ozzy confirma que sua vida também será filmada e Johnny Deep é cotado para o papel de senhor Osbourne.
Depois de passar os olhos pelo livro, a pergunta inevitável é: como ainda está vivo? Ele responde: "Também não faço a menor ideia".

O ex-líder do grupo Black Sabbath e primeiro frontman da história do rock a fazer sucesso solo conta que usou cocaína, heroína, bebeu e fumou todo tipo de substância que apareceu na sua frente.
"Quando soube que iam escrever a história da minha vida, fiquei apavorado. Primeiro, porque sou dislexo, depois, porque as drogas apagaram minha memória."

Para a tarefa, contou com a ajuda de pesquisadores. Há oito anos sem drogas, diz que sua vida é "milagre médico". Tão surpreendente que a empresa Krome irá fazer um estudo de seu código genético para tentar decifrar como alguém pode sobreviver tanto tempo depois de uma vida cheia de excessos.
Há alguma coisa que depois de 40 anos de carreira ele ainda gostaria de fazer? "Sim, tocar com Paul McCartney." E algum arrependimento? "O reality show 'Os Osbournes'."
(Fonte: Folha.com)


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