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3.8.11

Rabino é eleito com ampla margem de votos para a Câmara Municipal de Buenos Aires

Argentina: Rabino é eleito para o parlamento de Buenos Aires como o principal candidato da chapa de centro-direita; o rabino Sergio Bergman obteve quase metade dos votos, numa eleição com mais de 10 candidatos.
 
O rabino argentino Sergio Bergman foi eleito para uma cadeira no Legislativo municipal de Buenos Aires obtendo expressivos 45 por cento do total dos votos e que foi o triplo do número de votos do candidato que ficou em segundo lugar, Juan Cabandié do Partido da Frente Vitoriosa que amealhou 14 por cento dos votos.

Rabino sênior da tradicional Congregacion Israelita Argentina, Bergman é um dos fundadores da Memória Ativa, um grupo que fazia demonstrações todas as segundas-feiras durante uma década na frente do Supremo Tribunal da Argentina clamando por justiça para as vítimas do atentado a bomba em 1994 contra o centro judaico AMIA.
 

Bergman foi indicado pelo atual prefeito da cidade Mauricio Macri para encabeçar a lista do seu partido, o PRO para a legislatura municipal. Como principal candidato na chapa do partido de centro-direita o rabino obteve quase metade dos votos, numa eleição com mais de 10 candidatos da capital Buenos Aires, que tem uma população de cerca de 13 milhões de habitantes e um orçamento de 5,9 bilhões dólares. Bergman comentou ao JTA que se envolveu na política porque a sociedade argentina está "em uma profunda crise de valores" e acrescentando que "eu acredito que a Toráh também possa ser ensinada na legislatura".

Ele rejeitou a noção de que a sua candidatura poderia colocar a comunidade judaica em risco. "Se a sociedade nos conhecer melhor, o nível de anti-semitismo se tornará menor" afirmou Bergman. "A maioria dos meus eleitores são não-judeus. A única dúvida que tenho hoje é se os judeus votaram em mim". "O que posso garantir é que eu posso ser criticado por muitas coisas, mas não por ser rabino. Eu recebo críticas que estou à direita ou que conclamo pela lei e a ordem, mas ninguém me critica por ser judeu. Se recebo ataques por ser rabino, os primeiros que me defendem são os não-judeus". Já tendo o status de um dos mais proeminentes lideres espirituais de Buenos Aires a justiça decidiu em 16 de junho que Bergman não poderia usar o título de "rabino" na cédula eleitoral. 

 

Macri obteve 47 por cento dos votos para prefeito e, portanto haverá um segundo turno em 31 de julho quando competirá com um candidato judeu Daniel Filmus, ex-ministro da educação e o preferido pela presidente da Argentina, Cristina Fernandez de Kirchner e candidato pelo partido de centro-esquerda Frente Vitoriosa. Filmus obteve 27,8 por cento dos votos. Também concorreram Jorge Telerman, outro candidato judeu a prefeito pelo Partido da Frente Progressista, que já foi vice-prefeito e assumiu a Prefeitura por quase dois anos após o impeachment e destituição do cargo em 2006 de Aníbal Ibarra, bem como seu companheiro de chapa e vice-prefeito o judeu Diego Kravetz. 

Em meio à proliferação de proeminentes candidatos judeus os eleitores de Buenos Aires também tiveram a oportunidade de depositar seus votos para um neo-nazista para prefeito: Alejandro Biondini do Partido Alternativo Social que tem defendido abertamente o anti-semitismo e cujo o seu partido anterior, o Novo Triumfo foi proibido em 2009 pelo Supremo Tribunal de Justiça. Biondini obteve 0,19 por cento dos votos. Estimativas da população judia na Argentina variam de 180.000 até 280.000 pessoas. É a maior comunidade judaica da América Latina, mas sofreu a problemas de anti-semitismo durante a sua história.

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