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19.5.11

Ex-chefe do Mossad diz que ataque contra o Irã seria uma má idéia

Um ataque militar contra o Irã poderia ocasionar uma guerra regional, ataques de mísseis contra Israel, disse o ex-diretor do Mossad, Meir Dagan; O problema iraniano deveria ser resolvido pela comunidade internacional, ele comentou.

Altos oficiais israelenses costumam dizer que "todas as opções estão sobre a mesa" em relação ao programa nuclear iraniano, mas Meir Dagan que é ex-diretor do Mossad apresentou uma tese diferente nesta sexta-feira. Embora Israel não deva aceitar armas nucleares nas mãos do Irã, ele disse: "Um ataque aéreo sobre os reatores é uma idéia idiota que não trará nenhum benefício".


Dagan fez esses comentários durante um fórum de discussões na Universidade Hebraica de Jerusalém. 

"Aqueles que atacarem o Irã deveriam saber que isso poderia levar a uma guerra regional, onde mísseis seriam disparados pelo Irã e também pelo Hezbollah do Líbano" o ex-chefe do Mossad disse. "O problema iraniano deve ser apresentado como um problema internacional, e os esforços para atrasar o programa nuclear iraniano devem continuar".

Falando sobre os recentes tumultos em todo o mundo árabe, o ex-chefe do Mossad disse que "não há nenhum tsunami de mudanças no Oriente Médio". Os desenvolvimentos recentes refletem rachaduras históricas nas sociedades árabes, afirmou ele. 

Falando especificamente sobre a evolução na Síria, Dagan disse que o presidente Bashar Assad da Síria e a elite alauita irão lutar até o fim porque não têm alternativa. "É vencer ou morrer, e eles sabem isso" disse ele.
Quanto ao Egito Dagan estimou não haver nenhuma possibilidade da Irmandade Islâmica tomar o poder, e previu que a elite dominante do país continuaria a conduzir o país vizinho do sul de Israel. O que aconteceu no Egito "não foi uma revolução, mas sim uma mudança de liderança" afirmou e observando que toda a elite dominante permaneceu intacta. Por esse motivo o Egito não mudará radicalmente a sua atitude para com Israel, mas a retórica anti-semita irá persistir. Referindo-se ao caso de Gilad Shalit, Dagan afirmou que ele é a favor de uma troca de prisioneiros, mas não a qualquer preço. "Há algumas coisas que um Estado não pode pagar" disse ele.

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