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17.5.11

Bate-Bola Rápido (Daniela Kresch Entrevista Fabiana Altikes)

A paulista Fabiana “Fafá” Altikes, de 29 anos, é a entrevistada da semana na série de conversas com quem fez ou está fazendo programas ligados ao MASA (“massá”), uma instituição que oferece bolsas para jovens queiram passar de cinco a dez meses em Israel, estudando, trabalhando ou viajando pelo país. Desde 2005, mais de 1.250 jovens já conheceram Israel através dos 150 programas do MASA. Fabiana fez o programa Cine-Masa (que já não é mais oferecido) há cinco anos, entre fevereiro e dezembro de 2006. Ela estudou cinema e hebraico no Sul do país. Na época, morou em Sderot, e chegou a lidar com ataques diários com foguetes Qassam contra a cidade lançados por terroristas da Faixa de Gaza. Hoje, Fabiana trabalha na organização do programa Taglit. 

1) Por quê você decidiu viajar para Israel?

Eu tinha acabado de terminar a faculdade, nunca tinha ido a Israel e estava afastada do mundo judaico. Minha irmã trabalhava na parte administrativa da Agência Judaica e sabia que eu procurava algum curso no exterior ligado a cinema. Aí me indicou o Cine-Masa.
2) Por quê escolheu um programa ligado ao MASA?

Achei que era um curso interessante, com gente do mundo todo e, de bônus, ligado à cultura judaica e a Israel.

3) Do que você mais gostou, em Israel?

De conhecer gente diferente, de vários lugares do mundo, mas que tinham muita coisa em comum comigo pela criação judaica. Me identifiquei com muitas delas, mesmo sendo de lugares tão distantes.

4) O que mais estranhou?

Senti muita dificuldade em entender como as coisas funcionavam, no país. Não entendia o hebraico, não entendia por que, nas sextas-feiras, antes do shabat, o país inteiro pára. Você tem que se programar, ter comida em casa, verificar quando sai o último ônibus... É diferente do Brasil, onde tudo fica aberto o tempo todo.

5) Qual foi o ponto alto do programa?

Acho que o que me enriqueceu foi o contato com culturas diferentes. O curso em si não me acrescentou muito. O mais importante foi a convivência, estar num país diferente. O programa me trouxe mais benefícios pessoais do que profissionais.

6) O que poderia ter sido melhorado?

Seria bom se tivesse um nivelamento... Tinha gente de vários níveis nas mesmas aulas de hebraico. No curso também, tinha gente como eu, que já sabia muita coisa, misturada com quem estava iniciando, que não sabia nem mexer numa câmera.

7) Qual foi a maior lição da experiência?

Foi  aprender a viver com pessoas diferentes e respeitar as diferenças entre as pessoas. Aprendi também a me conhecer melhor através de uma experiência longe de casa, num país desconhecido. A viagem também me ajudou a me identificar com a minha religião. Tanto que, hoje, trabalho com a comunidade aqui no Brasil.

8) O que você diria para quem pretende visitar o país?
Diria que é uma oportunidade muito enriquecedora. Você encontra de tudo em Israel, conhece várias culturas, entra em contato com várias pessoas e também com suas próprias origens. Foi um tempo que usei para me descobrir.

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