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18.8.11

MITOS NO JUDAÍSMO

1) A Torah é paradoxal ao progresso científico.

Falso: Quanto mais evolui o progresso científico, mais fica em evidência a sabedoria dos ensinamentos da Torah. Por exemplo, há dois mil anos atrás, já constava da Torah, em frações de milésimos de segundo, a duração exata do ciclo lunar (número confirmado pela Nasa há menos de 50 anos). A observação da quantidade de estrelas no céu é um outro exemplo: Até 100 anos atrás acreditava-se que seriam 50.000; após inventarem o primeiro telescópio já falavam na estimativa de 3 e 4 milhões de estrelas a Torah já falava em trilhões ("trilhões e trilhões") de estrelas, estimativa que hoje em dia confirma-se ser a mais aproximada. (fonte:tratado de Brachot, página 32/b - Talmud Bavli) .
A cura da raiva canina, feita através do próprio cachorro doente (fonte: Talmud- tratado de Yoma 83/ b), ou a invenção do pára-raios, por Benjamin Franklin, já encontravam-se explicados (porém infelizmente não patenteados) no Talmud há mais de 2000 anos atrás. O Talmud traz também diversas descrições que remetem a invenções tecnológicas, tratamentos médicos, e por aí vai.
Evidentemente, quem estuda o Talmud não saberá construir um satélite ou consertar o motor de um carro, e necessitamos de médicos, doutores, cientistas, e especialistas em geral. No entanto, é possível observar hoje em dia que há infinitos paralelos passíveis de serem traçados entre o conhecimento que adquirimos, através da dos avanços da tecnologia e da ciência, e a inteligência intrínseca à nossa sabedoria milenar da Torah.


2) É proibido andar de meias em casa já que este é um costume exclusivo aos enlutados.
Falso: Existe uma falsa afirmativa em relação a este costume. Devido ao fato que, durante os dias de luto (como em Yom Kipur), não se pode utilizar sapatos de couro, muitos optam por circular de meias pela casa.
Mas o fato de permanecerem de meias durante os dias de luto não significa que as meias representem o estado de luto — é apenas uma consequência de não usar sapatos de couro. Mas se o uso das meias em uma situação comum for causar um mal estar entre os mais velhos da família, por sinal de respeito com eles, é melhor evitar.


3) Bater na madeira e fazer figa trazem boa sorte.
Falso: Segundo a revista Super Interessante, estes costumes surgiram da seguinte forma: "Como surgiu o costume de bater na madeira para afugentar o azar?
O costume de bater na madeira para afugentar o azar nasceu com os índios da América do Norte e também entre os egípcios; os primeiros batiam no carvalho para chamar as divindades e os outros na mesa para invocar a proteção dos deuses caseiros.
Há cerca de 4 mil anos, os índios da América do Norte – e, quase á mesma época, os egípcios – observaram que o carvalho, apesar da sua imponência, era a árvore mais frequentemente atingida pelos raios. Daí concluíram que o carvalho era a morada dos deuses na Terra. Por isso, toda vez que se sentiam culpados de alguma coisa, batiam no tronco do carvalho, com nós dos dedos, para chamar as divindades e pedir-lhes perdão. Já em Roma, batia-se na madeira da mesa para invocar proteção das divindades caseiras, pois a mesa era considerada sagrada.
... E o costume da figa? Começou a ser usado durante orgias religiosas, para representar a união dos órgãos feminino e masculino. Na Europa, se difundiu como algo que afastava a esterilidade e outros tipos de azar. Chegou ao Brasil como amuleto, junto com os portugueses."
Ou seja, bater na madeira e fazer figa são costumes originados da idolatria e de práticas profanas, e segundo o judaísmo nenhum destes "amuletos" e superstições devem ser levados a sério.
Um adendo: deixar o sapato virado, ou deixar as portas do armário abertas não apresentam nenhum problema.

4) Deve-se evitar passar debaixo de uma escada e cruzar um gato preto.
Falso e Verdadeiro: O Talmud, ao discutir um caso de responsabilidade no caso de danos, diz que não se deve passar debaixo de uma escada, já que existe um alto risco de que algo possa cair em sua cabeça e causar com que você se machuque. Portanto, melhor evitar (não há aqui nenhuma razão mística ou superstição).
Em relação ao gato, existe um tratado do Talmud que traz detalhada uma prática da magia negra na qual se utiliza um gato preto, cujas três gerações anteriores tenham sido também gatos pretos. O Talmud narra o procedimento e explica o perigo que este ritual pode acarretar, suas consequências e a proibição em realizá-lo. Devido a existência desta prática, e os desastres que podem haver ocorrido em seu entorno, criou-se a idéia de que não se deve passar em frente a um gato preto, e que isto traria má sorte. O fato é que, segundo o judaísmo, o perigo relativo ao gato em si não existe.

5) Mesmo para quem só come comida kasher, a ingestão de queijo não-kasher não tem problema — já que queijo é queijo, e não pode haver nada errado.
Falso: A avaliação da kashrut em queijos duros é complicada, porque a produção do queijo envolve uma substância chamada "rennet" — também conhecida como chymosin ou rennin — uma enzima que separa (ou coagula) a parte líquida (o soro) da parte sólida do leite (a coalhada).
O rennet pode ser de origem vegetal, porém a maior parte do rennet existente provém de uma enzima que encontra-se na parte interna que reveste o estômago de um animal, constituindo-se em um ingrediente não-kasher. O rennet de um animal kasher, que além de ser uma espécie de animal kasher, também tenha sido abatido de forma kasher, seria permitido para o consumo e para a coagulação do leite — já que a enzima em si não seria considerada como "carne", logo, não se estaria violando a regra de misturar carne com leite. É evidente, no entanto, que na produção em série de queijos duros em geral não são utilizados apenas restos de animais kasher, nem muito menos daqueles que teriam sido abatidos de forma apropriada.

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