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5.6.10

Toronto – Uma Cidade de Imigrantes

No início do século 19 o bairro de St. John's que é margeado pelas ruas College, Queen, Yonge e College, se tornou o centro da comunidade judaica de Toronto, que depois se expandiu para incluir outros grupos de imigrantes. Atualmente o vereador Howard Moscoe da cidade de Toronto quer encapsular a história da região sob a forma de museu, dentro das paredes da própria prefeitura.
O prédio da prefeitura com um desenho  elegante fica no nº 100 da Queen St. West, no local do que costumava ser o centro do bairro St. John, que no século passado era ocupado por favelas, e os seus primeiros habitantes eram sobreviventes da Grande Fome Irlandesa, mas em 1850 a área abrigava muitos imigrantes afro-americanos, a maioria deles escravos fugidos.

Depois veio a vinda maciça de imigrantes judeus no século 19. Antes disso, a maioria das famílias judias de Toronto era principalmente de origem inglesa e foram estas 18 famílias que fundaram a primeira sinagoga da cidade em 1856 e a sua congregação era composta principalmente de artesãos, mercadores e pequenos comerciantes.


Foi após 1880 que a perseguição religiosa e as dificuldades econômicas forçaram um grande número de judeus para fugirem da Europa Oriental para esta cidade e superaram em número a população judaica original e também se estabeleceram no mesmo local. Este significativo aumento da população ocasionou a proliferação de sinagogas, além do advento que o Dr. Stephen Speisman, fundador dos Arquivos Judaicos de Ontario se referiu como um ‘shtetl’ norte-americano.

A onda de judeus foi seguida pela dos italianos, que se estabeleceram na parte que passou a chamar-se ‘Little Italy’ e da China, que se estabeleceram em torno da Elizabeth Street e Spadina, formando a primeira ‘Chinatown’ de Toronto.
Com a crescente imigração o bairro de St. John's começou a acumular riqueza. O ‘Toronto Star’ informou que em 1909 os terrenos nas ruas College e Queen eram vendidos por US$ 100 o m2 e em 1917, o valor subiu para US$ 1.000 o m2. Foi então que os seus moradores mais ricos começaram a se espalhar para outras partes da cidade.

Toronto é verdadeiramente um organismo vivo por si mesmo, mudando e flutuando com cada onda multi-étnica de colonizadores. Ao longo do tempo, tornou-se o centro multicultural urbano que é hoje.

Ainda assim, dificilmente há uma cidade que não tenha sido tocado pela movimentação de pessoas da classe média para uma região anteriormente desvalorizada da cidade – através da modernização, desenvolvimento e da "limpeza" de um bairro. O que torna fácil o esquecimento do que foi demolido pelo passado, a fim de acompanhar o crescimento da população.

É essa ligação entre o passado e o presente que Moscoe pretende captar em sua proposta de uma prefeitura-museu com base histórica, e esta é a esperança de que comemorando a imigração do bairro a história será apresentada, não apenas como uma fase do passado, mas como uma narrativa da contínua evolução que é Toronto.


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