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20.8.11

Torcer para mais de um time: Isso é problema?

Em todo lugar, tem um fanático pra alguma coisa. Religião, música etc. Na América Latina, os fanáticos se afloram pelo futebol, herança dada pelos europeus, mais os britânicos, italianos e espanhois mesmo. O esporte mais popular do planeta ganha adeptos a cada dia, assim como as agremiações socias que tem o futebol no carro chefe.

No Brasil, país de dimensões continentais, o Clube de Regatas do Flamengo, cujo departamento de futebol foi criado a partir do primeiro clube de futebol do Rio de Janeiro, o Fluminense Football Club, tem a maior torcida graças as transmissões da Rádio Nacional, com as partidas sendo ouvidas do Oiapoque ao Chuí. Já o Fluminense, tem a terceira maior torcida do estado. O Flamengo tem torcedores nordestinos, paulistas e do sul.

As outras duas maiores torcidas do Brasil pertecem ao estado mais importante da união: São Paulo. O ex-Botafogo paulista, que em 1910 mudou de nome para Corinthians por causa de um time amador britânico, tem a maior torcida do estado e a segunda maior do país, devido a identificação com o povo, e também pelos contextos de suas partidas, que lembram as aventuras dos trabalhadores de todas as áreas. A Comunidade Judaica paulistana, em sua grande maioria, é corinthiana. O outro clube, de Floresta, não tem nada. O maior campeão brasileiro a partir de 1971, e o brasileiro com mais títulos internacionais, tem a segunda maior torcida do estado e a terceira maior do Brasil, embora o departamento de marketing do São Paulo afirma que, em uma década, ultrapassará os outros dois clubes que estão na sua frente.

Torcedores do interior brasileiro, buscam, nesses times de maior expressão, uma identificação para vestir uma determinada camisa. Na era do rádio, acontecia com o Flamengo, hoje, na era televisiva, o São Paulo leva vantagem, por causa dos campeonatos conquistados nos últimos 25 anos. Todos eles, tem esses "grandes" como segundo time. E os torcedores urbanos? Podem torcer para mais de um time grande?

Torcedores paulistanos, são-paulinos, corinthianos, palmeirenses, santistas e até lusitanos ou juventinos são "radicais", ou seja não torcem para outros times a não ser os seus, exceto um Barcelona, Real Madrid ou Manchester United por aí. Eu, por exemplo, além de ser são-paulino, torço pro Fluminense, por causa do meu avô, de Niterói, e também me identifico com o Grêmio de Porto Alegre, e, pela minha família ser do sul de Minas, torço pro Atlético Mineiro. Não sou só eu. Minha esposa, Stella, além de ser são-paulina também, torce pelo Internacional de Porto Alegre por causa da sua família, que veio de lá, e pelo Flamengo, por causa do seu ex-chefe, o paranaense Maurício Parra. Acredita? É possível sim.

Onde passamos, sempre despertamos a atenção dos outros torcedores: "não se pode torcer pra mais de um time grande, não existe isso!". Não há problemas para nós, só em dias de clássicos, como Fla-Flu e Gre-Nal, dois clássicos de grande reconhecimento no mundo todo. Aí, é um tal de "você vai dormir no sofá" e por aí vai... O máximo de time estrangeiro que ela torce é o Barcelona, o mesmo time do meu irmão, Leandro Vinícius. Já eu...

Recentemente, fiquei muito triste pelo rebaixamento do River Plate, da Argentina. Grêmio, Fluminense e Atlético Mineiro já amargaram isso, e ver um grande time meu nessas condições de novo, é ruim. Mas, não ofusca o brilho de suas tradições e torcidas. E isso é muito bom.

Leva um tempo para todos os outros entenderem, mas pelo visto, até agora, que não há nenhum problema. O que importa é que podemos assistir um bom jogo, e sempre temos que torcer pra alguém, é essa a graça do esporte!

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