Acabava de embarcar na estação de trem de Campo Limpo Paulista. Despercebido como sou, estava de cabeça baixa, mas, reparei em algo.
Um registro geral. Rapidamente, olhei á minha frente, e assisti um guri passando por cima de todo o mundo para entrar no trem cujo sentido era Francisco Morato, o mesmo sentido no qual seguia.
Pensei em correr. Só pensei. O trem já estava pertindo. Olhei novamente o RG e a primeira coisa que eu li: "Silva". Fiquei tranqüilo. No Brasil, você estala os dedos e aparece, "do nada", 15 mil pessoas com esse sobrenome. Ou mais.
Sentei no meio dos bancos de frente aos trilhos: "Quem é esse guri?", "Por quê a pressa?", "Será que ele estava cometendo um delito?", "Ele estava ajudando alguém?"
Não sabendo o que fazer, somente embarquei. Cheio de dúvidas e vazio de esperança, de que, um dia, pudesse encontrar novemente esse guri cujo sobrenome é a marca registrada do meu país.
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