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16.6.12

Mulher cega serve nas Forças de Defesa de Israel

Apesar de cega de nascença, Cece vem trabalhando numa função confidencial numa unidade de elite da inteligência das FDI durante os últimos 15 anos; Ela pode ser cega, mas as previsões de Cece têm um profundo significado para a segurança nacional de Israel. Durante os últimos 15 anos, Cece de 40 anos, vem servindo na Unidade 8200 - uma divisão encarregada de recolher dados que oferecem uma previsão da evolução nos países vizinhos.

Cece, que nasceu cega, nunca quis nenhum tratamento especial. Ela frequentou escolas regulares e tem um diploma universitário. Na idade de 25 ela soube de um programa que integra os cegos na Divisão de Inteligência, e ela logo se alistou.

Ela se orgulha do seu talento para línguas, e embora a sua função tenha caráter secreto ela foi autorizada a revelar que lida com textos em árabe. O seu trabalho depende muito do uso do computador.

"Cece é uma pessoa excepcional afirmou o oficial Avishay.“Ela não se deixou abater pela sua deficiência”. Ela nunca passa a sensação de que tenha qualquer dificuldade em ser a melhor no que faz. É incrível. Ela faz coisas que as pessoas que enxergam não fazem".

Além do importante trabalho que ela desempenha no exército, ela também serve como membro da diretoria da Biblioteca Central para Cegos, difunde a questão da acessibilidade e faz viagens para o exterior.

Como Cece, o seu ex-marido também é deficiente visual. Mas o seu filho não é."Ele sabe disso desde quando era muito pequeno", diz ela do seu filho. "Temos a certeza que ele sabe que não podemos ver... Ele desenvolveu muito cedo as suas habilidades verbais, porque percebeu que se não falasse com nós, seria difícil para nós entendermos o que ele queria". 

(exemplo)

Os seus primeiros dias na unidade militar não foram fáceis.

"Eu tive que superar a barreira profissional, bem como quebrar o gelo, o que nem sempre é simples", disse ela.

“Porém chega um momento quando as pessoas percebem que não somos diferentes”. "Recentemente, por
exemplo, soldados jovens que estão apenas começando confiam em mim profissionalmente e pedem o meu conselho e a minha ajuda", ela acrescenta.

Trabalhar bem sob pressão é imperativo em sua linha de trabalho, e Cece se orgulha desta habilidade especial."Existem situações em que temos que trabalhar rápido e passarmos a informação, e isso tem que ser feito com correção e precisão", diz ela. “Às vezes eu percebo que pessoas ao meu redor ficam estressadas e não trabalham suficientemente rápidas, enquanto que eu consigo ficar calma e composta”.

"Eu sei que alguns oficiais da unidade estavam preocupados com a integração de uma pessoa que não pode enxergar", diz ela. "Eu escutei pessoas cochichando nas minhas costas. Mas tive bom relacionamento com as pessoas e realizei bem o meu trabalho, até que perceberam que isso não era tão ruim".

O desconforto inicial, Cece diz, resulta do fato de que as pessoas não costumam lidar com pessoas cegas ou deficientes. As pessoas com que ela se encontra muitas vezes fazem grandes esforços para não ofendê-la.

"Uma vez, tive uma conversa com alguém sobre um programa de televisão, e ele me perguntou: 'Você o assiste?', Lembra ela. "Ele imediatamente pediu desculpas, mas eu expliquei que eu assistia. Eu vejo com os meus ouvidos".

Ela nega que as pessoas cegas têm um sentido extra."Acredito que a minha audição e meu olfato são bastante aguçados, porque eu os uso mais. Eu posso falar com alguém em um restaurante e ao mesmo tempo estar ciente do que está acontecendo nas mesas em volta de mim. Mas os mitos sobre ser capaz de discernir o caráter de uma pessoa pela sua voz não são verdadeiros. É um absurdo".

"Minha deficiência tem uma vantagem diferente", diz ela. "Há certas coisas que são melhores quando não são vistas, mesmo no meu tipo de trabalho. Cenas de horror e coisas assim. Pelo menos nesses casos eu não tenho que vê-las".

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