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12.12.11

Projeto de Lei permitirá que todos rabinos realizem cerimônias de casamento

A parlamentar do Knesset Tzipi Hotovely anunciou na segunda-feira que ela em conjunto com outro parlamentar Uri Orbach apresentarão um projeto de lei que permitirá que rabino de qualquer ordenação aprovada pelo Rabinato Chefe possa realizar cerimônias de casamento. Isto acontece depois do furor desencadeado na semana passada quando a organização religiosa-sionista Tzohar encerrou seus serviços gratuitos de casamento por causa de obstáculos burocráticos que tiveram origem no Ministério de Assuntos Religiosos. Porém logo após um acordo foi firmado e o Tzohar reiniciou seus trabalhos.


Numa audiência realizada no Comitê do Knesset para o Progresso do Status da Mulher, que Hotovely é a presidente e disse que a situação atual necessita ser alterada, apesar do acordo recentemente firmado, e que os critérios definindo quais os rabinos que estariam habilitados para realizar as cerimônias de casamento deveriam ser modificados. Orbach que também estava presente e protestou contra o rabinato em termos veementes. ‘Os problemas criados pelos rabinos do Tzohar começaram com o Rabinato Chefe e continuam com o Ministério de Assuntos Religiosos... é o Rabinato Chefe que impede que rabinos religioso-sionistas possam realizar as cerimônias de casamento quando estabelecem critérios que permitem que qualquer rabino, mesmo aquele que somente seja conhecido por seus hassidim (seguidores ultra-ortodoxos) realize casamentos, enquanto que um rabino religi oso-sionista de uma hierarquia superior não estaria qualificado, segundo estes mesmos critérios’.

O projeto de lei terá o objetivo de alterar os critérios atuais para a aprovação de licenças para que rabinos celebrem casamentos, porém o Tzohar diz que este projeto seria discriminatório contra todos os rabinos e impediriam que centenas deles pudessem celebrar casamentos. Esta nova lei, caso seja aprovada, significaria que qualquer rabino de qualquer ordenação aprovada pelo rabinato, que tenha recebido a aprovação do rabino-chefe de qualquer cidade e que tenha sido aprovado no curso sobre as leis do casamento poderiam oficiar cerimônias e emitir o registro do casal. Hotovely na audiência disse, ‘a verdade está distorcida quando o ministro de Assuntos Religiosos ou qualquer outra pessoa possa alocar cotas para casamentos. Porque alguém que foi aprovado como rabino numa instituição aprovada pelo rabinato, aprovado em exam es e obteve o título de rabino, precisa enviar um fax antes de qualquer casamento para obter a permissão para realizar o casamento?’.

O parlamentar do partido Shas Haim Amsalem argumentou sobre um aspecto mais amplo da controvérsia. ‘Todos os dias observamos outra forma de radicalização (religiosa) e onde isto está nos levando?’ e conclamou para que o rabinato pare de fazer o que ele chamou de ‘sabotagem e discriminação’.
Ilan Gilon do partido Meretz continuou e conclamou para uma completa separação do Estado e o Poder Religioso. ‘Achamos que a religião dominou a política, mas na verdade é o contrário, a política dominou a religião’. O pluralismo pleno, afirmou Gilon, é a única solução. ‘Eu sou um homem de fé, não sou um secular, mas temos que separar a religião e o estado para que todos e qualquer um escolha exatamente o que quiser’.

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