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14.12.11

Escolhas e resultados


 

Na juventude é muito comum que os jovens estejam perdidos, sem saber o que querem, para onde estão caminhando e com qual objetivo de vida. Escolher a própria profissão é um dilema para os pré-vestibulandos e para muitos que inclusive já passaram dessa fase, mas não se encontraram na profissão que escolheram.

Alguns abandonam o curso e retornam aos cursinhos em busca de outra opção, mas alguns, mesmo percebendo o erro já na faculdade permanecem onde já estão e acabam, por esse motivo, perdendo a oportunidade de um futuro provavelmente bastante promissor se fizessem o que realmente gostariam de fazer.

Optando pelo mais fácil, pela acomodação, pelo medo de dar um passo atrás e recomeçar, esses jovens acabam selando assim, para sempre, suas possibilidades de realização profissional. Muitas coisas podem estar envolvidas no abandono de um curso e a tentativa de entrar em outro, como a perda de no mínimo um ano, os custos de novas aulas preparatórias e as possibilidades de suportar financeiramente isso.

Nesse momento, independentemente das dificuldades ou facilidades, começam ser notadas as verdadeiras diferenças entre os futuros vencedores, os acomodados e os perdedores, não importando a educação dada pelos pais, o nível social, econômico e cultural desse jovem, é das profundezas de seu ser que surgem sua fraqueza ou força, determinação.

Muitos fazem sua escolha pela perspectiva de retorno financeiro e não pela realização profissional, procurando, dentro daquela opção, uma faculdade menos exigente, que permita sua formatura com menos estudos, mesmo sabendo que não terá o mesmo preparo daqueles que estudam muito por terem escolhido faculdades que exigem bastante, mas preparam bem seus alunos.

As consequências para esse grupo puderam ser observadas recentemente, na última prova da Ordem dos Advogados do Brasil realizada em dezembro de 2010 quando, de um total de 116 mil inscritos, apenas 9,74% conseguiram ser aprovados e como resultado, 90,23% deles serão simplesmente bacharéis, mas não advogados.

Acaba aí o sonho de possuir um grande escritório, advogar para grandes empresas, por grandes causas e ganhar muito dinheiro. Essa realização fica para aqueles advogados, médicos, engenheiros ou qualquer outro profissional que anos antes fizeram outra escolha, por aquelas universidades mais exigentes, tiveram que estudar muito, mas foram contratados antes mesmo de terminar o curso.

Algumas crianças já demonstram estilos de comando diante de outras da mesma faixa etária, ou até mais velhas e nenhuma situação ou obstáculo é capaz de detê-las, pois sempre estão dispostas a buscar alternativas para conseguir o que almejam. Outras aceitam tudo e participam do enorme grupo que segue o líder, aceitando todas as determinações deste, sem sequer questionar os rumos que estão sendo tomados.

A maioria das pessoas normalmente está sempre à deriva e se deixa levar por uma simples brisa, uma moda, por mais momentânea que seja, mas que esteja sendo bastante utilizada por outros. Procedem assim com suas roupas, livros que lêem, locais que frequentam e na escolha de suas profissões, sempre seguindo o que a maioria está fazendo.

Com esse comportamento se misturam a todos, falam dos mesmos assuntos, vão aos mesmos lugares e conhecem as mesmas pessoas, o que facilita sua convivência nesse grupo social, o da grande maioria, que muitas vezes faz gozações com os que não estão naquela festa por estarem estudando.

Aqueles que se desviam da rota, se envolvem com assuntos diversos que sempre estão ao nosso lado, costumam se perder e normalmente não conseguem reencontrar o caminho que os levaria ao sucesso. Não se alcança nenhum objetivo com nossos passos sendo dados em uma direção, se a mente está determinando outro caminho, mudando o rumo.

Os que mantêm em mente objetivo específico que possuem, sabem exatamente o que querem, lutam incansavelmente por isso, ultrapassam os obstáculos existentes e nada que em algum momento os desvie do caminho será capaz de evitar que rapidamente retomem a direção para chegar como e onde pretendem, tornando praticamente certo seu alcance.

Todos nascem com o mesmo poder de escolher, individualmente, como, para onde e quando irão. A opção de ser um vencedor ou continuar na multidão só depende de você.

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