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10.4.11

Bate-Bola Rápido (Daniela Kresch Entrevista Nicolas Dryzun)


NICOLAS DRYZUN

O paulista Nicolas Dryzun, de 21 anos, é o entrevistado da semana na série de conversas com participantes do MASA (“massá”), que oferece bolsas para jovens que desejem passar de cinco a dez meses em Israel, estudando, trabalhando ou viajando pelo país. Desde 2005, quando foi criado, a filial brasileira do MASA já enviou a Israel cerca de 1.250 jovens de 18 a 30 anos através de um leque de 150 programas.

Nicolas, que estuda administração de empresas, esteve em Israel de agosto do ano passado a janeiro deste ano num Ulpan Kibutz, um programa de aprendizado de hebraico em meio à vida numa fazenda coletiva. Ele estudou no kibutz Ramat Yochanan, perto de Kiriat Ata, no Norte do país.

1) Por quê você decidiu viajar para Israel?
Depois de dois anos de faculdade, decidi trancar e fazer intercâmbio. Pensei: por que não Israel? Sempre tive vontade de conhecer o país. Queria dar uma descansada. Além disso, fazer intercambio cultural é algo bastante valorizado no meu mercado de trabalho, é considerado um diferencial. Ir para Israel e considerado algo exótico. É um país em conflito, longe, diferente... Todos esses choques culturais me pareceram importantes, tanto para mim pessoalmente quanto para a minha carreira.

2) Por quê escolheu um programa ligado ao MASA?
Quando entrei em contato com a Agência Judaica, me indicaram contatar o MASA.

3) Do que você mais gostou em Israel?
É difícil dizer. A verdade é que tudo o que eu mais gostei também foi o que menos gostei. Por exemplo: as pessoas são prestativas, mas são estressadas e nervosas. As coisas por lá funcionam melhor do que no Brasil, mas não perfeitamente, como na Inglaterra. Israel fica numa espécie de “segundo mundo”.

4) O que mais estranhou?
Acho que fui com a expectativa de encontrar um país com “cara de Oriente Médio”. Tinha a impressão de que seria tudo árido, desértico. Mas é tudo moderno, há muito verde.

5) Qual foi o ponto alto do programa?
As viagens. Fomos a lugares interessantes como Jerusalém, o Neguev, o Golã e Tzfat.

6) O que poderia se melhorado?
Acho que poderia haver ainda mais viagens, para outros tipos de lugar. Se a idéia é convencer os jovens a fazerem aliá, é preciso mostrar mais o país. Além de Jerusalém, seria bom que conhecêssemos Tel Aviv, por exemplo, para ter uma idéia de todos os lados do país.

7) Qual a maior lição da experiência?
Acho que foi a convivência com outras pessoas. No kibutz, além dos moradores locais, tinham muitos americanos, russos, húngaros, holandeses, ingleses, argentinos... Tive contato com culturas diferentes, com as quais tive que aprender a conviver.
 
8) O que você diria para quem pretende visitar o país?
Diria para viajar sem medo porque Israel é um país muito diferente. Vá em frente e aprenda, sobre as pessoas e também sobre o conflito. Não é preciso concordar com tudo o que te dizem, mas com certeza você vai ter uma visão melhor das coisas.

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