LUCAS LEJDERMAN
O entrevistado da semana na série de conversas com brasileiros que se mudaram para Israel é o gaúcho Lucas Lejderman, de 28 anos, que há quatro trocou Porto Alegre por Jerusalém. Recém-formado em Educação pela Universidade Hebraica, Lucas – ou Pato, como é conhecido – mora atualmente na cidade de Modiin com a esposa, mas continua indo diariamente a Jerusalém para dar aulas para jovens brasileiros no Machon LeMadrichim (Instituto de Liderança) em Kiryat Moriah. Ele também é o responsável para a América Latina do Movimento Conservador Mundial.
1) Lucas, quando você veio morar em Israel?
Em janeiro de 2007.
2) Por quê você optou em morar em Israel?
Por ideologia. Fui a vida inteira vinculado à Chazit Hanoar e à comunidade judaica em geral. Em Porto Alegre, era ativista em várias instituições. Mas achei que era hora de fazer aliá. Vim porque queria fazer parte da história do povo judaico, ajudar a fazer de Israel um país melhor, um exemplo para as nações. Posso ser considerado ingênuo pelos pós-modernos, mas sou assim.
3) Do que você mais gosta, em Israel?
Gosto de estar aqui. Sinto que faço parte de uma coisa maior. Sinto que posso impactar mais por aqui, mais do que em Porto Alegre.
4) Do que menos você gosta?
Da questão da educação. Todo mundo grita com o outro. Dirigem agressivamente, berram, te tratam mal. Principalmente no serviço público. Fazer fila, por exemplo, é um conceito que não está na Torá, por isso eles não aprenderam (risos)... Sei que vou ter que me acostumar.
5) Qual é o lugar mais agradável do país, na sua opinião?
Gosto demais dos mananciais do Norte. Você se sente em paz por lá. Gosto bastante também da Cidade Velha de Jerusalém, não porque é agradável, mas por um sentimento de energia. Atualmente, estou gostando muito também de Modiin, onde moro.
6) Qual é o lugar menos agradável?
Para mim, é Tel Aviv no verão ou o deserto. Não consigo respirar.
7) Qual é a palavra em hebraico que você mais gosta?
“Sababa” (uma gíria que significa algo como “ok” ou “tudo bem”). Me lembra português, me lembra a palavra “bacana”.
8) Qual é a palavra em hebraico que você menos gosta?
“Chutzpa”. Fico maluco quando dizem que sou “chutzpan”... Em geral, quem pensa isso é quem mais tem “chutzpa”.
9) Que comida israelense é a mais saborosa?
Shwarma. Como duas vezes por semana, sagradamente. Perto do meu escritório tem um quiosque e sou freguês de lá. Tem um gostinho de carne, de Brasil, de churrasco.
10) O que você diria para quem pensa em fazer aliá? Que estude muito hebraico. Venha só quando tiver certeza, porque no inicio vai ser muito dificil, principalmente com o choque cultural sentido pelos brasileiros. Aliá é um projeto de longo prazo. É uma maratona, não uma corrida de cem metros rasos. Quem quiser algo fácil, que fiquem em casa.
(Fonte: Notícias da Rua Judaica)
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