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4.8.11

Liberdade de Opinião (Sarita Schaffel)

SARITA SCHAFFEL
Presidente da FIERJ – Federação Israelita do RJ

Sarita Léa Schaffel é professora titular do Centro de Estudos de Pessoal e Coordenadora de Pesquisa CAPES da PUC-RIO. É autora de livros e artigos na área de educação. Doutora em Educação Brasileira pela PUC-RIO, Mestre em Supervisão Escolar da UFRJ e estagiária do Curso de Altos Estudos de Política e Estratégia da Escola Superior de Guerra. Na Wizo foi membro do grupo Kalaniot da WIZO RIO (1976 - 2010), Executivo da WIZO BRASIL (1997 – 2003), vice – Presidente Aviv da WIZO BRASIL (2000 – 2003), Presidente da WIZO Brasil (2004 -2009), representante da WIZO MUNDIAL no Vaad Hapoal e na Organização Sionista Mundial. ( 2006-2009) e Membro honorário WIZO BRASIL (2009). Recebeu a Medalha do Pacificador outorgada pelo Comandante do Exército ( agosto de 2004 ), Medalha Marechal Trompowsky concedida pelo Instituto dos Docentes Militares (Outubro 2004), Medalha Albert Sabin outorgada pela Câmara de Vereadores (Vereadora Teresa Bergher) da cidade do Rio de Janeiro(agosto de 2004), Ordem do Mérito Militar no Grau de Cavaleiro concedida pelo Presidente da República (Abril 2005), Ordem do Mérito Militar no Grau de Oficial concedida pelo Presidente da República (Abril 2006), Medalha do Mérito Pedro Ernesto outorgada pela Câmara Municipal (Vereadora Teresa Bergher) da cidade do Rio de Janeiro ( Maio 2008). Em julho de 2010 recebeu a Medalha Tiradentes outorgada pela Assembléia Legislativa do RJ (Deputado Gerson Bergher). 

1- O que fez de mais importante em sua vida?

Construí uma família, juntamente com o meu marido, em que os valores judaicos sempre foram muito bem alicerçados. Vamos deixar, como herança, aos nossos filhos e netos, o exemplo de amor ao próximo, o respeito ao diferente, a ética nas conquistas pessoais e profissionais, o apego às causas comunitárias e o orgulho de viver no Brasil, ser judeu e sionista.

2- O que lamenta não ter feito ou ainda deseja fazer, de importante?

Desejo, ainda, como presidente, implementar um novo modelo de governança na Federação Israelita do Rio, que está sendo estudado e discutido por lideranças pensantes de nossa comunidade, que têm por objetivo única e exclusivamente o bom comum , a continuidade e o fortalecimento do judaísmo. O envolvimento dos jovens nesse projeto é que me dá a certeza de que estamos no rumo certo.

3- Diante da multiplicidade de disputas e conflitos étnicos e raciais se generalizando em todo mundo,você acha que a Humanidade caminha para tempos sombrios?

Sou otimista por natureza. Acredito sempre nas conquistas das novas gerações e como educadora incentivo uma visão mais humanizada no nosso cotidiano. Entretanto, acontecimentos, como o da Noruega, se constituem em indícios de que esses conflitos ainda estão muito latentes e exigem uma mobilização por parte dos governos e da sociedade civil.

4-Você concorda com o balizamento estatal ou religioso nas opções e preferências pessoais de cada individuo, incluindo a comunicação, opção sexual, vestimenta, fumo e bebida?

O Estado deve garantir aos indivíduos o exercício pleno da cidadania, o que implica no respeito aos direitos e no cumprimento de deveres por parte da sociedade. Quanto ao aspecto religioso, respeito todas as tendências e suas idiossincrasias. Inclusive o direito de não filiação a qualquer religião. O importante é a liberdade de escolha.

5- Qual seria a sua reação caso tivesse tolhido seu direito de opinar, consumir e de se expressar?

As pessoas da minha geração já viram esse filme e não gostaram. Como presidente da Federação Israelita do Rio, tenho atuado politicamente, com membros do meu executivo, na defesa dos direitos humanos junto a órgãos governamentais e da sociedade civil. O povo judeu tem toda uma história de luta contra as discriminações e os preconceitos, e essa é uma das missões mais importantes da nossa atuação comunitária.


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