Translate 4 Your Language

13.5.11

Maestro Israelense se Apresenta com Orquestra em Gaza

Barenboim e músicos europeus entraram em Gaza através do Egito para um show que foi coordenado em segredo com a ONU, informou o Wall Street Journal.

O renomado maestro judeu e ativista pró-palestino Daniel Barenboim apresentou-se na terça-feira com uma orquestra de músicos europeus na Faixa de Gaza. Segundo a reportagem o concerto foi coordenado em segredo com as Nações Unidas até quando os convites foram distribuídos no início desta semana, e assinalou uma rara visita de solidariedade de uma figura internacional de grande valor cultural ao território palestino bloqueado desde que o Hamas assumiu o poder em 2007.


Músicos de vários países europeus, como Alemanha, Áustria, França e Itália foram listados no projeto de Barenboim, e ele próprio montou um equipamento chamado de "Orquestra para Gaza". Segundo a agência de notícias francesa AFP, a orquestra voou de Berlim para o Egito e, em seguida atravessou a fronteira com Gaza para o concerto.

"Estamos muito felizes em virmos para Gaza. Nós estamos apresentado este concerto como um sinal da nossa solidariedade e amizade para com a sociedade civil de Gaza", Barenboim disse em um comunicado divulgado pela ONU. Sua visita à Faixa de Gaza violou uma lei de Israel, que proíbe seus cidadãos de entrarem no enclave costeiro.


Barenboim, um judeu nascido na Argentina e que foi criado em Israel possuindo a cidadania israelense, assumiu a cidadania palestina em 2008 e disse acreditar que a sua rara e nova condição poderia servir de modelo para a paz entre os dois povos. O maestro é uma figura controversa em Israel, tanto pela sua promoção do compositor do século 19 Richard Wagner - cuja música e escritos anti-semitas influenciaram Adolf Hitler – como pela oposição vocal às políticas de Israel nos territórios palestinos.

Junto com o falecido acadêmico palestino Edward Said, ele co-fundou a West-Eastern Divan Orchestra, composta por jovens músicos de Israel, dos territórios palestinos e de países árabes vizinhos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário