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13.5.11

Bate-Bola Rápido (Daniela Kresch Entrevista Alexandre Fisberg)

O jornalista paulista Alexandre Fisberg, de 24 anos, é o entrevistado da semana na série de entrevistas com participantes do MASA (“massá”), que oferece bolsas para jovens queiram passar de cinco a dez meses em Israel, estudando, trabalhando ou viajando pelo país. Desde 2005, mais de 1.250 jovens já conheceram Israel através dos 150 programas do MASA. 

Alexandre escolheu o “Life Program”, que oferece a experiência de passar quatro meses na Índia e quatro meses em Israel, com um mês de preparação. Nos dois países, os participantes fazem estágios em ONGs ou em instituições governamentais ligadas ao desenvolvimento humano. O jornalista começa, semana que vem, um estágio no Weitz Center for Development Studies, em Rehovot, onde vai trabalhar em programas focado na juventude e no desenvolvimento.

1) Por quê você decidiu viajar para Israel?

Porque sinto uma conexão com o povo e me sinto parte de uma tradição milenar. Essa é a minha quinta vez em Israel. Dessa vez, eu vim para passar mais tempo e ter a oportunidade de trabalhar na minha área.

2) Por quê escolheu um programa ligado ao MASA?

Principalmente por causa das facilidades oferecidas pelo programa. Mas a verdade é que achei esse programa meio por acaso. Estava procurando um trabalho na Índia e, quando achei uma oportunidade que ligava os dois países, Israel e Índia, logo me interessei. Achei que era a minha cara.

3) Do que você mais tem gostado, em Israel?

Atualmente, tenho achodo muito interessante ver como Israel, ao longo desses 60 anos, se desenvolveu social e politicamente. Principalmente na comparação com a Índia, país que proclamou independência no mesmo ano que Israel, em 1948. Israel é um país pequeno, mas que tem um grande impacto no mundo.

4) O que mais tem estranhado?

Como vim da Índia, tenho estranhado aqui o silêncio, a organização, as regras, a civilização... Impressionante como esse país se organizou e se desenvolveu em tão pouco tempo.

5) Qual foi o ponto alto do programa, até agora?

A possibilidade de visitar e estudar dois países tão diferentes e de levar de volta para um terceiro país, o Brasil, essa experiência.

6) O que poderia se melhorado?

Tem vários pontos que podem ser melhorados. O principal deles é ajustar a liderança do programa, que não é muito adequada. O meu programa é uma “fellowship”. Mas o foco da liderança não está no “fellow” e sim na construção do próprio programa, nas questões internas. Há serviços que foram prometidos e não são oferecidos, na prática.

7) Qual a maior lição da experiência?

Estou no meio do processo, mas tenho certeza de que vai contribuir para o meu futuro profissional e pessoal. Vivi uma experiência intensa na India e também em Israel, onde vejo o outro lado, o que eu quero que o Brasil seja daqui a alguns anos. Aprendi também que nem sempre minhas premissas são verdadeiras.

8) O que você diria para quem pretende visitar o país?

Primeiro, que tem que vir. Israel é um dos países mais interessantes do mundo. Sem receio de estar errado, digo que Jerusalém é uma das cidades mais fascinantes do mundo. A diversidade humana neste país tão pequeno é enorme. Ás vezes se diz que aqui só tem conflito. Mas é só vir para Jerusalém para ver a coexistência entre tantos grupos distintos.

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