LUCIANA NAPCHAN KRONTAL
Na série de entrevistas com brasileiros que decidiram morar em Israel, a paulista Luciana Napchan Krontal, de 40 anos, há quase vinte anos no país. Luciana decidiu cedo que iria construir a vida em Israel. Aos 20 anos, já estava no país, onde estudou, se casou e teve três filhos. Mas, apesar das décadas longe do Brasil, ainda não se acostumou com o jeito por vezes rude dos israelenses. Mantém a simpatia. “Nós, brasileiros, somos amados pelo mundo por causa da nossa simpatia”, diz.
1) Luciana, quando você veio morar em Israel?
Em outubro de 1991.
2) Por quê você optou em morar em Israel?
Vim para o Shnat (ano de estudos e passeio) em 1988 e gostei. Decidi voltar.
3) Do que você mais gosta, em Israel?
A liberdade de andar pelas ruas, a falta de violência, mesmo que tenha mudado bastante. O sistema de saúde é muito bom também, mesmo que tenhamos vindo de parâmetros diferentes, de classe média no Brasil. As escolas também são boas. As coisas funcionam.
4) Do que menos você gosta?
O jeitão do israelense. Me incomoda até hoje.
5) Qual é o lugar mais agradável do país, na sua opinião?
A região na qual eu moro é muito boa. Meu moshav (Tzofit, nos arredores de Kfar Saba) é delicioso.
6) Qual é o lugar menos agradável?
Talvez o Neguev (Sul do país), que é mais distante, mais quente.
7) Qual é a palavra em hebraico que você mais gosta?
Balagan (“bagunça”).
8) Qual é a palavra em hebraico que você menos gosta?
Chutzpá.
9) Que comida israelense é a mais saborosa?
O melhor daqui é a melancia, o melão, as frutas cítricas... Não sou muito ligada a falafel. No Brasil há mais diversidade de frutas. Mas aqui, as cítricas são maravilhosas.
10) O que você diria para quem pensa em fazer aliá?
Que você tem que estar muito certo de que é isso mesmo que você quer. Porque é muito difícil se adaptar em outro país, independentemente de ser Israel. Quando você muda de país, abre mão de muita coisa. Da cultura, da língua. Tem que aprender novos hábitos, uma nova língua. Tem que aprender a aceitar e olhar as pessoas por outro ponto-de-vista. Isso não é fácil.
(Fonte: Notícias da Rua Judaica)
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