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13.5.10

As Luzes se Apagam no Parque Antárctica

Não é um jogo do Palmeiras. Embora onde eu trabalhava era bem perto desse clube aí.
  
No início, com uma faculdade de Eventos engatilhada nos Campos Elíseos, achava o máximo trabalhar no maior site da Contax, tornava-se até uma obsessão pra mim. Aliás, para um desempregado, qualquer vaga vira uma obsessão.
 
As coisas foram fluindo, consegui uma vaga de receptivo nesse site e estava só esperando as férias acabarem para tudo chegar bem perto do perfeito.
 
Comecei a observar bem onde ficava o campus Rudge da Universidade Bandeirante de São Paulo, nos Campos Elíseos, Centro-Norte da "Capital Federal". Á cinco minutos da Barra Funda, o campus era realmente grande e interessante, porém, o viaduto que eu atravessava, o Engenheiro Orlando Murgel, para ir á faculdade, era um banheiro a céu aberto. Se o cheiro fosse só de urina, até ia, mas se sentia e via as fezes dos mendigos. Fora a favela que tinha embaixo do mesmo. Um lugar horrível para se estudar, indigno para uma faculdade particular do tamanho da UNIBAN.
 
Percebido isso, imediatamente eu mudei e me matriculei na Faculdade das Américas, no bairro da Consolação, Centro-Oeste, justamente no Baixo Augusta, o lugar mais exótico da "Capital Federal".
 
No primeiro mês de trampo me acostumei a andar 40 minutos da Rua Augusta até a Rua Federação Paulista de Futebol, na Barra Funda, onde ficava o site Antárctica. Mas, o serviço não ajudava. Mesmo.
Prestava serviço para um subgrupo do conglomerado bancário espanhol Santander, a Aymoré Financiamentos, por onde todo o Brasil financiava carros. Atendíamos mais região Sul e interior paulista. Existia uma área que ficava responsável pelos processos de desalienação de veículos, que, ao meu ver, não fazia lá muita coisa (isso não é Lashon Hará, eu acho!). O prazo normal de encerramento de leasing era de 25 dias. Atendia casos de mais de três meses.
 
Passavam-se as horas e os dias e, nada se resolvia, tornando nós, operadores da linha de frente, verdadeiros robôs. Isso me irritava e, mais ainda, irritava os pobres clientes. Insatisfeito com o serviço, e por outros motivos também, decidi sair da Contax, "abandonando" a minha banda, Menorah, que ajudei a classificar para a final do concurso "Sexta Cultural", que seria em novembro. Pero, ela existe fora da Contax, já que o guitarrista principal saiu primeiro do que o próprio baterista.
 
Foram três meses (na verdade, dois meses e 15 dias) intensos de correria, stress e aprendizado no qual agradeço á Hashem de ter passado, e como sempre, fiz grandes amizades, desde o treinamento até a operação. Agora, tudo o que posso fazer é rezar por eles e, com a ajuda de Rabbi Shimon Bar Yochai, continuar minha caminhada. Diga-se de passagem que também posso mudar de faculdade e curso, a possibilidade é real e não-descartável.
 
Para completar, o guitarrista e o baixista (Victor Fugita e Thiago Santos) da minha banda principal, M.T.K.,anunciaram suas saídas. E assim, meu décimo oitavo ano de vida já vai indo embora, deixando saudades, inclusive.
Junho (Tammuz) já está aí.

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