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2.4.10

Palestina: Uma Crise Prestes A Estourar

Em reunião com a Liga Árabe, Abbas afirmou que não retomará as negociações enquanto Israel mantiver o “status quo” na Cisjordânia e Jerusalém Oriental. Abbas pediu a imediata suspensão de qualquer construção nas zonas ocupadas e especialmente em Jerusalém Oriental.

“Negociar sobre as fronteiras [de um futuro estado palestino] seria absurdo se Israel decidir qual será o seu traçado à força”, afirmou Abbas na reunião (BBC, 29/3/2010).

A decisão israelense de não recuar, mesmo sob a pressão do governo norte-americano para tal, foi o principal motivo da posição tomada pela Autoridade Nacional Palestina.

A crise vem se agravando paulatinamente. No último final de semana, o conflito mais sangrento em pelo menos um ano foi travado na Faixa de Gaza. Os tanques israelenses presentes no local foram retirados após dois soldados judeus e dois palestinos terem sido mortos.

Na cidade de Gaza, militantes da Jihad Islâmica se reuniram no sábado para apelar à reunião da Liga Árabe para que não retome negociações com Israel.

A decisão da Autoridade Nacional Palestina contrariou os apelos da ONU para que as negociações não sejam abandonadas e também entra em conflito aberto com a tentativa promovida pelo governo norte-americano de encerrar o conflito na região com uma negociação.

Para não se comprometer, a burguesia árabe boicotou a reunião da Liga, sendo que os chefes de estado do Egito, Líbano e Arábia Saudita enviaram representantes e não compareceram à reunião.

Aliada à pressão das massas, a inabilidade diplomática na cúpula é a garantia de que o conflito tende a se aprofundar. A crise na Palestina foi colocada em compasso de espera após o violento massacre promovido (por eles mesmos, pois, se eles não ficassem lançando Qassam no sul de Israel, certamente isso não teria acontecido) na Faixa de Gaza no início de 2009. Agora, novamente, a crise caminha para se aprofundar, na medida em que os planos norte-americanos para uma “paz” negociada estão entrando em colapso.

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