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22.2.10

Nota 50



Dos três filhos da Dona Marilda, somente um compartilha o gosto por samba da mãe. Que por sinal, é esse Conde que vos escreve.
Nesse ano, comecei a ouvir e a observar melhor o desfile das escolas de samba de Sampa e do Rio. Começando por onde nasci, gostei muito do desfile da Imperador do Ipiranga e do enredo da Leandro de Itaquera. Eu gostei, os jurados, não. Essas mesmas duas, posteriormente seriam rebaixadas para o grupo de Acesso (A segunda divisão do carnaval).
Para finalizar São Paulo, tenho que enfatizar a minha Vai-Vai. O desfile estava empolgante e alegre (como todo ano). O bastante pra chegar em terceiro lugar, atrás apenas da Mocidade Alegre e da campeã Rosas de Ouro (uma espécie de New Orleans Saints do Carnaval Paulista, que faz teeeeempo que não ganha!). Pero, quem disse que a Bela Vista se fechou com esse terceiro lugar?
Pelo contrário. Na pós-apuração fui para a quadra da Vai-Vai com a esperança de um título. Saí até que feliz, pela festa e pelo terceiro lugar, melhor não poderia ser - a não ser por meia dúzia de baderneiros uniformizados de Gaviões da Fiel que quase acabaram com a minha alegria...
Pegando a Ponte Aérea, indo para a terra do Fluminense e da minha Mangueira, o Carnaval Carioca é sempre interessante. Nesse ano destaco a Imperatriz Leopoldinense pelo seu enredo - Brasil de Todos os Deuses, que inclusive, as Notícias da Rua Judaica mostraram detalhes da ala Judaísmo - e pela sua bateria - os comandados do Mestre Marconi me fizeram emocionar. A Porto da Pedra falou sobre moda, e seu enredo ficou na minha cabeça graças ao vozeirão do intérprete Moisés Santiago (tanto que até baixei pela internet!)
Outra escola que caiu no meu gosto foi a Mocidade Independente de Padre Miguel falando sobre confrontos de paraísos - o fiscal e o divino, por exemplo, e claro, a minha Estação Primeira, contando a história da Música Popular Brasileira, destacando artistas como Sandra de Sá e Milton Nascimento e homenageando Raul Seixas e os Mamonas Assassinas, ícones nos quais os roqueiros paulistas tem tanta saudade.
Mas, foi a misteriosa comissão de frente da Unidos da Tijuca que deu o título para os mesmos no Rio de Janeiro. Que pena. Que não assisti o desfile deles! O pessoal da Barra não ganha desde a década de 30, é mole?
Ganhando ou perdendo, Vai-Vai, Nenê de Vila Matilde, Leandro de Itaquera, Dragões da Real, Mangueira, Imperatriz Leopoldinense, é tudo bateria nota 50!
O carnaval 2011 nos espera...!

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