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19.12.10

Encontro de Mulheres Rabinas nos EUA

Lynne Kern quando tinha apenas 13 anos de idade sabia que queria ser uma rabina, mesmo que em 1970 não houvesse rabinos do sexo feminino que servissem como modelos.

Então Kern se tornou uma escritora, ganhando um Prêmio Pulitzer de jornalismo. Mas ela nunca esqueceu a sua paixão, e em 2001 ela completou os seus estudos rabínicos e foi ordenada como rabina conservadora pela University of Judaism (Universidade de Judaísmo) de Los Angeles.

Agora, quatro décadas desde o seu bat mitzvah, Kern está trabalhando com a cineasta Ronda Spinak na preparação de um documentário sobre rabinos do sexo feminino. Na semana passada Kern estava por detrás das câmeras em Boston filmando um painel de discussão no qual estavam as primeiras quatro mulheres a se tornarem rabinas, em suas respectivas denominações.

A mais recente adição ao grupo foi a Rabba Sara Hurwitz, que ostenta o título, uma versão feminina de ‘rabino’, que lhe conferido há cerca de um ano por um rabino ortodoxo moderno, Avi Weiss.



O evento de dezembro foi a primeira vez que reuniu as quatro mulheres - Hurwitz, a rabina reformista Sally Priesand, a rabina reconstructionista Sandy Eisenberg Sasso e a rabina conservadora Amy Eilberg. Um público de 600 homens e mulheres lotou o Templo Reyim, perto de Boston.

"Essas mulheres fazem parte da minha narrativa, parte da minha história que eu conto', disse Hurwitz à JTA. Ficar de frente com essas verdadeiras pioneiras me causou um enorme sentimento de admiração".

O evento intitulado "Raising Up the Light (Colocando a Luz Mais Alto, em tradução livre)" teve o patrocínio do Conselho das Sinagogas de Massachusetts. Em uma comovente homenagem, 50 rabinas de toda a região que estavam na platéia foram chamadas até a bimah para se juntarem às debatedoras num certo momento do evento.

"Quando comecei, não havia ninguém. Eu estava sozinha", disse Eisenberg Sasso. "Agora eu não estou mais sozinha".

Priesand foi a primeira mulher que quebrou a barreira do rabinato, quando foi ordenada pelo movimento reformista em 1972. A reconstructionista Eisenberg Sasso veio um ano depois. E transcorreu mais de uma década até a ordenação de Eilberg em 1985 pelo movimento conservador Jewish Theological Seminary of America.

Hoje existem 167 mulheres rabinas reconstructionistas - cerca de metade dos rabinos ordenados pelo movimento desde o ano de 1974. O movimento conservador tem 273 rabinos do sexo feminino em todo o mundo entre um total de 1648. O movimento reformista informa que tem 575 rabinos do sexo feminino na América do Norte.

Hurwitz é a única mulher ortodoxa que ostenta o título de Raba, Weiss informou que não irá outorgar o título para outras mulheres que forem diplomadas no futuro pelo instituto que ele está promovendo para o treinamento de mulheres. A principal associação ortodoxa moderna rabínica, o "Rabbinical Council of America (Conselho Rabínico da América)" se pronunciou contra a ordenação de mulheres como rabinos.

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