Entramos no final do mês de Elul pelo calendário hebraico. Trata-se do mês mais importante do ano pois celebraremos, ao seu final, o Rosh Hashana, o ano novo judaico de 5771, e também o Yom Kippur, o dia do perdão.
Neste mês é tradição desejarmos um feliz ano novo para todos. Neste período, cada um deve fazer um verdadeiro balanço do ano que passou, levando a credito as boas ações, e a debito os erros.
Ensinam nossos sábios que o arrependimento, as orações e a filantropia podem reverter os maus desígnios do destino.
É fácil concluir que em relação aos principais preceitos do judaísmo, como os Dez
Mandamentos, erramos apenas suavemente. Na verdade, o maior perigo reside nos atos errados que praticamos e sequer sentimos que são erros.
Um exemplo claro está nas lições do grande sábio da Torah – o sábio e estudioso Chafetz Chaim. Lashon Harah, a maledicência, ou falar mal dos outros, é algo que fazemos muitas vezes sem perceber e ignoramos o mal que isto pode provocar.
Em nossa boca temos a mais perigosa das armas de um ser humano, ou seja: a palavra. Para ferir alguém com uma arma é preciso que este alguém esteja em nossa frente ou em nossa direção. Através da difamação, ou Lashon Harah, podemos atingir alguém que está a quilômetros de distancia e até em outro país.
Ao refletirmos sobre os erros do ano que passou, devemos tentar lembrar a quem teríamos ofendido com palavras, ou simplesmente divulgando boatos e mentiras, procurando concertar os danos causados.
Em Rosh Hashana é fundamental concentrar o pensamento nas atitudes, procurando repetir as virtudes e eliminar as falhas.
Este ano, devemos ter em mente durante as orações e festividades, que um jovem judeu ainda está privado de sua tão preciosa liberdade.
Enquanto um só judeu estiver cativo, é como se todos nós judeus estivéssemos cativos!
Refiro-me a Guilad Shalit, o israelense que nesta semana completou seus 24 anos numa prisão do grupo terrorista Hamas, onde encontra-se há mais de 4 anos sem visitas, sequer da Cruz Vermelha.
Falar em paz é falar em respeito mútuo. È falar em humanismo. É falar em amor ao próximo.
Que este ano novo seja cheio de alegrias, saúde, paz e realizações pessoais, com muito orgulho de filhos e netos.
Que o mundo caminhe por avenidas mais largas onde também possam transitar os menos aquinhoados pelo destino.
Que possamos comemorar finalmente a paz justa e definitiva entre árabes e israelenses. Que possamos ter menos desemprego e mais justiça social em nosso Brasil.
Shanah Tovah ! Feliz 5771 !
(Fonte: Notícias da Rua Judaica)
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