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25.7.10

Roupas Extravagantes e Cabelos Azul-Turquesa



Existe uma comunidade no site de relacionamentos mais popular entre os brasileiros (sim, aquele que tem nome turco) cujo título é "geração perdida". Quando li isso fiquei analisando profundamente durante segundos, e cheguei á seguinte conclusão: "fato".

Não que alguém ou algo, ou tribo urbana leve a culpa, mas, é só olhar ao redor dos infanto-juvenis e perceber. Durante a minha infância, nos anos  noventa, existiam desenhos, bandas que davam gosto de assisstir e ouvir, hoje, não é bem assim.

Falando sobre desenhos, sempre fomos influenciados pelos Looney Tunes da Warner Brothers, pela turma da Hanna-Barbera, e outros estadunidenses, porém, foram os japoneses que invadiram nossas mentes e até no modo de se portar frente á sociedade. Desde a segunda metade dos anos oitenta.

Quando a tietagem era tamanha, era só ter a fantasia de um Power Ranger ou a máscara do Jaspion, ou Black Kamen Rider, atualmente, passam dos limites. Alguns até ganham dinheiro pra tal, são realmente poucos. E racionais. Os "atores fantasiados", ou Costume Players, são a bola da vez no final da primeira década do terceiro milênio da era comum.

No mundo, conhecidos pela abreviação Cosplays (ou em São Paulo, pela ironia Cospobres), os mesmos despertam reações diferentes em todos aqueles que os observam. Espanto, para a grande maioria, admiração, para quem gosta de uma coisa ou outra da cultura japonesa, e um "pouco" de raiva, para o autor desse texto por exemplo. Quem esta lendo se pergunta: "raiva?"

A grande parcela dos Cosplays é constituída por guris e gurias que ficam o dia inteiro na internet e sabem o que são parques, museus, estádios, e nunca, nunca mesmo, se atreveram a bater uma bola, ou até, brincar de esconde-esconde na infância. Pero, nem todo palestino é terrorista e nem todo corinthiano é ladrão. Para toda regra há uma exceção (a rima não foi proposital), e entre os Cosplays não é diferente.

Orgulhosamente, fui staff da Cúpula Mundial dos Atores Fantasiados (World Cosplay Summit) - Etapa Brasil 2009, e é claro, fui rever meus conceitos sobre essa galera. Assisti apresentações inacreditáveis e incríveis, e gostei muito. Óbvio que os concorrentes da cúpula faziam parte dos racionais, eu acho. Mesmo assim, ainda os critico, principalmente quando tem evento no meu bairro. É um festival de nerds babacas que só sabem falar dos seus gostos estranhos.

Como disse, Baruch Hashem, não são todos. Há racionais e muita gente legal nesse meio. Conheço uns que faço questão de manter amizade. Contudo, sempre bato na mesma tecla: sou judeu e afro-descendente, não tem porquê eu ter preconceito com algo ou alguém. Tolerância  é a chave. Se tem pessoas que acham legal usar roupas extravagantes e pintar o cabelo de azul-turquesa um hobby, tá beleza!

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