Translate 4 Your Language

28.3.10

Passar Sobre'70

A festa do êxodo, dos pães ázimos, ou seja lá o que você chamar, é, realmente diferente das outras. Não só pela simples restrição alimentar (proibido farinha de trigo em 8 dias), mas, pelo seu real significado.

Nessa festa se lê e se reflete sobre um dos maiores enigmas que o homem já criou: a travessia do Mar Vermelho (Região do Oriente Médio). A Kabbalah, segundo ouvi do próprio Professor Yonatan Shani, não foi bem como está escrito. Segundo Shani, alguns israelitas se sacrificavam respirando a água do mar, enquando Moshe Rabeinu (Moisés) codificava os 72 nomes de D-us.

Foi então, através do heroísmo desses israelitas e da codificação de Moisés, foi possível a tal milagrosa travessia. E tem mais. Em Pessach, surge a história dos umbrais (mezuzot) que os judeus tem em suas portas. Teve origem no sangue de cordeiro que os israelitas passaram em suas portas para se protegerem das pragas que Moshe rogou contra os primogênitos egípcios, digo, o Faraó mandou matar os primogênitos israelitas. Adivinha quem veio primeiro?

E os pães ázimos - sem farinha? Gosto de dizer que a Matsá é o avô das bolachas Cream Cracker. E não é verdade? Quem já viu Matzá e quem não é judeu diz o mesmo, só que a Matzá é bem maior para uma bolacha água e sal, como dizemos aqui no Aricanduva. O gosto pode ser o mesmo, dependendo da fabricação da mesma.

Pouca semelhança é mera coincidência. O número 18 está sempre na mente judaica, por representar numerologicamente a palavra "Chai" (Vida). Chute quantos minutos a Matzá tem que ficar no forno (em minutos)? Por isso que que é tão magra. Está escrito que o pão ázimo é assim, porque não deu tempo de fornar um pão decente, era hora de fugir do Egito de qualquer jeito. A Kabbalah diz outra coisa: a Matzá é símbolo da não-fermentação do ego. Nessa época de Pessach temos que rever nosso espírito, e baixar - de vez - a nossa bola.
"Uma abertura cósmica que fornece energia especial que só acontece uma vez ao ano." Os dois significados são bons, e legais de se acreditar, na minha opinião. Só não gosto desse lance de "abertura cósmica". É um pouco viajante... (Na moral, Professor Marcelo Steinberg!)

Enfim, resumi a história e o significado na nossa Páscoa, a verdadeira páscoa. Espero que todos nós possamos passar sobre tudo o que há de ruim em nossas vidas. Como a Kabbalah diz, "Egito" é uma metáfora explicando em "tiro curto" as maldades da vida.

Que nesse ano de 5770 (2010) atravessemos dancando e dando risada, o nosso Mar Vermelho particular.

"Chag Pessach Sameach", mais conhecido como "Feliz Páscoa!"

Nenhum comentário:

Postar um comentário