Enquanto o vazamento das usinas japonesas inquietam o mundo e nos fazem pensar sobre nossas opções para matrizes energéticas, uma outra onda cobre o Oriente: a revolta Líbia, agora oficialmente endossada pelas nações, com abstenção do Brasil. A nova política externa nacional parece oscilar entre atitudes mais ativas de condenação às ditaduras (como o discurso recente do Brasil na ONU) e esta abstenção de ontem. Já ficou claro que Patriota não é Amorim, "ma non troppo". Paralelamente, vem aí Obama discursar na Cinelândia como um Papa. Temem-se protestos, e Patriota já avisou que os militantes do PT estão proibidos de fazer arruaça. Assim fica difícil mesmo ler os sinais de fumaça com que nossa chancelaria acena para os novos tempos de Dilma, a discreta. Ao menos uma coisa é certa: a apatia estratégica e a passividade do período Lula em relação a arbitrariedades e tiranias deu vez a algo diverso: relutancia, ao menos, é diferente de indiferença. Shalom e boas energias para os povos da Líbia e do Japão.
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