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10.4.11

Liberdade de Opinião (Marcelo Itagiba)


Dora Voloch Itagiba e seu filho Marcelo

Marcelo Itagiba

Marcelo Zaturansky Nogueira Itagiba nasceu no Rio de Janeiro em 20 de março de 1956. É advogado, formado em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e pós-graduado em Ciências Políticas pela Université Rene Descartes - Paris V, França.

Itagiba entrou para a história do Rio de Janeiro como o primeiro delegado da Polícia Federal a ocupar o cargo de secretário de Estado de Segurança Pública . Além disso, em 26 anos de carreira, também já ocupou cargos de Diretor de Inteligência da Polícia Federal e de Superintendente Regional da Polícia Federal no Rio de Janeiro.

Em 2006, elegeu-se Deputado Federal e foi autor de vários projetos de lei e emendas à Constituição, sendo de sua autoria a Lei que instituiu o dia 18 de março como Dia Nacional da Imigração Judaica.

Nas últimas eleições, Itagiba conquistou 62 mil votos e foi o 36º mais votado na disputa pelas 46 vagas pertencentes à bancada federal do Rio de Janeiro, às quais concorreram 821 candidatos. Foi o sexto mais votado em sua coligação, mas devido ao coeficiente eleitoral, esta garantiu apenas cinco vagas.

1) O que fez de mais importante em sua vida?
Honrar meus antepassados e ter exercido com dignidade todos os cargos que ocupei na vida pública. Além disso, uma das coisas que me deu mais prazer e orgulho foi ter criado a Lei que reconhece a importância da imigração judaica para construção deste grande Brasil. 

2) O que lamenta não ter feito, ou ainda deseja fazer, de importante?
Como Deputado, lamento não ter tido tempo hábil para aprovar a lei que criminaliza a negação do Holocausto.

3) Diante da multiplicidade de disputas e conflitos étnicos e raciais se generalizando em todo mundo,você acha que a Humanidade caminha para tempos sombrios?
A Humanidade deve buscar os pontos de união, ao invés de buscar o que a divide. Devemos todos procurar os pontos que nos unem, como por exemplo, o respeito e a liberdade de escolha.

4) Você concorda com o balizamento estatal ou religioso nas opções e preferências pessoais de cada individuo, incluindo a comunicação, opção sexual, vestimenta, fumo e bebida?
Eu sou a favor da liberdade de escolha e de expressão. O Brasil já viveu na ditadura e sabe o que é ter seus direitos cerceados. Escrevi um artigo contestando que a Lei da Anistia atinja também os crimes permanentes, que se protraem no tempo, como a ocultação de cadáver por exemplo. Desde os tempos imemoriais, retratados na Bíblia ou nas Tragédias Gregas, o homem tem o direito de encontrar e enterrar seus mortos e este é um debito que o Brasil ainda tem com os familiares daqueles que lutaram pelos seus ideais. Na questão da liberdade, uma frase que julgo importante: liberdade com responsabilidade e respeito ao outro. Liberdade, quantos crimes foram cometidos em seu nome?

5) Qual seria a sua reação caso tivesse tolhido seu direito de opinar, de consumir e de se expressar?
Toda ditadura deve ser enfrentada porque esta, sem dúvida, é uma forma de cercear a liberdade das pessoas. Acredito que cerceamento só pode ser feito se dentro dos padrões democráticos.

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