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6.3.11

Liberdade de Opinião (Carlos Minc)

CARLOS MINC
Carlos Minc é deputado estadual e assumiu pela segunda vez, em janeiro de 2011, o cargo de Secretário de Estado do Ambiente do Rio de Janeiro. No Governo Lula, assumiu o Ministério do Meio Ambiente, com uma destacada atuação. É professor-adjunto licenciado do Departamento de Geografia da UFRJ, mestre em Planejamento Urbano e Regional pela Universidade Técnica de Lisboa (1978) e doutor em Economia do Desenvolvimento pela Universidade de Paris I – Sorbonne (1984).

Como escritor, Carlos Minc publicou os livros “Como Fazer Movimento Ecológico” (Editora Vozes; 1985); “A Reconquista da Terra” (Editora Zahar; 1986); “Ecologia e Política no Brasil” (Espaço e Tempo/Iuperj;1987); “Despoluindo a Política” (Editora Relume Dumará; 1994); “Ecologia e Cidadania” (Editora Moderna, 1997) e é coautor do livro “Desafios do Século XXI” (Editora Sextante), coordenado pelo jornalista André Trigueiro. Minc é ambientalista. Em 1989, recebeu o Prêmio Global 500, concedido anualmente pela Organização das Nações Unidas (ONU) aos que se destacam mundialmente nas lutas em defesa pelo meio ambiente.

Dentre suas várias iniciativas, vale destacar que Minc foi responsável por um feito histórico: derrubou o desmatamento da Amazônia para o menor nível da história e fez com que o Brasil passasse a contar com uma política e um fundo nacional de clima, com metas de redução das emissões de gases-estufa.
 
PERGUNTAS:
1) O que fez de mais importante em sua vida ?

Criar meus dois filhos, escrever 8 livros e defender o meio ambiente.

2) O que lamenta não ter feito, ou ainda deseja fazer, de importante?

Uma releitura dos clássicos da filosofia e das letras e ajudar a criar uma universidade do meio ambiente e da sustentabilidade.

3) Diante da multiplicidade de disputas e conflitos étnicos e raciais se generalizando em todo mundo,você acha que a Humanidade caminha para tempos sombrios?

Não obrigatoriamente. A intolerância religiosa e o fundamentalismo são assustadores, medievais e regressivos. Mas, a consciência climática, que avança lentamente, e a consciência democrática, que derruba ditadores e inimigos dos direitos humanos nos países árabes é alentadora.

4) Você concorda com o balizamento estatal ou religioso nas opções e preferências pessoais de cada individuo, incluindo a comunicação, opção sexual, vestimenta, fumo e bebida?

Entendo que as opções da esfera privada devam ser pautadas pela consciência dos indivíduos, para a qual cada um leva em conta seus princípios filosóficos e religiosos. O estado interferir diretamente na vida cotidiana das pessoas é uma invasão da esfera das liberdades individuais e dos direitos. São intromissões que atentam contra a liberdade de escolha.

 
5) Qual seria a sua reação caso tivesse tolhido seu direito de opinar, e consumir e de se expressar?
Minha opção neste caso seria a de resistir de forma individual e coletiva contra o arbítrio e a ditadura, como fiz ainda jovem, militando contra a Ditadura Militar Brasileira. A opressão e o arbítrio representam a negação da inteligência, da criatividade e dos direitos, e apontam o caminho inquisitorial, das trevas medievais.

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