Translate 4 Your Language

3.11.10

Bate-Bola Rápido (Daniela Kresch Entrevista Gládis Berezowsky)

GLÁDIS BEREZOWSKY

A gaúcha Gladis Berezowsky, de 53 anos, lembra da hora exata em que chegou a Israel. O avião pousou em Tel Aviv às 2h da manhã do dia 20 de janeiro de 1977. Quase 34 anos depois, Gladis orienta brasileiros que chegam a Israel como voluntária da organização Olei. Mãe de duas filhas, moradora de Mevasseret Tzion, pertinho de Jerusalém, Gladis é a personagem desta semana na série de entrevistas com brasileiros que optaram em viver em Israel. Janela aberta...

1) Gladis, quando você veio morar em Israel?
Cheguei exatamente no dia 20 de janeiro de 1977, às 2h da manhã.

2) Por quê você optou em morar em Israel?

Sou sionista. Fui criada com essa ideologia. E também recebi educação socialista. Não é à toa que minha primeira parada foi o Kibutz Bror Chail porque recebi minha educação sionista no Dror Habonim. A realização final da visão do movimento juvenil era fazer aliá para um kibutz.

3) Do que você mais gosta, em Israel?
Da solidariedade do povo. Aqui existem milhares de organizações voluntárias. Não sei se há outro país com tantas ONGs. Talvez só os Estados Unidos.

4) Do que menos você gosta?

Da diferença das classes sociais. Está aumentando muito. Quando cheguei em Israel, havia mais igualdade. Não existiam tantos ricos e tantos pobres.

5) Qual é o lugar mais agradável do país, na sua opinião?
A Galiléia. Adoro o verde, às águas...

6) Qual é o lugar menos agradável?
Pra mim é Eilat. O pessoal por aqui gosta, mas eu não. A praia é cheia de pedras, o ambiente está se deteriorando... Litoral por litoral, prefiro o do Mar Mediterrâneo.

7) Qual é a palavra em hebraico que você mais gosta?
Shalom”. É a palavra que a gente usa para cumprimentar os outros. É como se disséssemos: “Eu venho em paz”. Acho bonito.
8) Qual é a palavra em hebraico que você menos gosta?
Freha” (apelido depreciativo dado a moças que seriam “bregas”). Acho que é uma palavra muito pejorativa.
 
9) Que comida israelense é a mais saborosa?
A verdade é que não gosto muito de comida israelense típica. Não sou chegada a humus, falafel e tehina. Mantive a minha culinária brasileira esse tempo todo. Tem menos gordura. Sou casada com um argentino, então a comida em casa é muito sul-americana. Muita carne e verdura e pouco humus.

10) O que você diria para quem pensa em fazer aliá?

Duas coisas: antes de tudo, aprender hebraico. Não vir a Israel sem ter uma idéia da língua. Não dá para se integrar aqui sem se virar com hebraico. A segunda coisa é entrar em contato com a única organização que representa os imigrantes da América Latina em Israel, Olei. Muitos olim chadashim conversam pela internet com pessoas que estão aqui só a um, dois anos. Mas não dá para obter informações completas de gente que ainda não viveu toda a experiência do país. As pessoas da Olei são mais veteranas, têm a vivência total.



Nenhum comentário:

Postar um comentário