Barenboim assinou esta semana um novo contrato com as etiquetas clássicas da Deutsche Grammophon e da Decca Classics
O pianista e maestro israelo-argentino Daniel Barenboim, que assinou essa semana um novo contrato com as etiquetas clássicas da Deutsche Grammophon e da Decca Classics, disse ter encontrado os parceiros que compartilham da sua visão musical, e falou que estava satisfeito com as duas etiquetas - ambas fazem parte da Universal Music – pois estavam dispostas para serem pró-ativas na tentativa de mudar os rumos da música clássica, ao invés de terem uma visão sombria como muitos outros rótulos tinham. O músico argentino, conhecido pelo seu trabalho com a orquestra jovem West-Eastern Divan que congrega árabes e israelenses, por este acordo realizará pela primeira vez gravações de Chopin e concertos para piano de Liszt. Com esse acordo que terá uma duração de 10 anos, ele se comprometeu a atuar como um embaixador da música clássica.
“Eu tenho atuado com jovens músicos e gostaria de continuar dessa maneira”, disse ele em coletiva para a imprensa em Berlim na noite de terça-feira. Ele disse que iria analisar o que mudou desde o seu primeiro disco em meados da década de 1950, bem como o que poderemos fazer para que as coisas sejam melhores nos próximos 50 anos. O problema hoje em dia com a música é que ela “não faz mais parte da educação típica de uma criança e é tarde demais para começar a fazer isso quando você tem 30 anos e já tem um emprego”, afirmou Barenboim. E como conseqüência tem prejudicado o gosto pela música clássica, ele disse. Também Barenboim disse que o fechamento de lojas de discos significava que seria a hora e necessário para se considerar outros métodos para que as pessoas se interessassem. “Eu sempre fui muito interessado em jovens músicos e sempre achei que se aprende muito mais ensinando do que não ensinando”, afirmou Barenboim.
Aos 67 anos de idade, também conduzirá a Staatsoper de Berlim, onde é o diretor musical, e o italiano La Scala, onde é maestro convidado, numa nova produção de um ciclo sobre Wagner. O primeiro lançamento da Deutsche Grammophon que ocorrerá no início do próximo ano será dedicado a Chopin e marcará o 60º aniversário da primeira atuação de Barenboim. "Estou ansioso para o nosso futuro em comum e para muitas fascinantes gravações", falou Barenboim.
(Fonte: Notícias da Rua Judaica)
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