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23.8.10

O Rabino Chefe de Israel Conclama Judeus Americanos para Não se Oporem à Proposta Legislativa

CARTA DO RABINO CHEFE AMAR PARA O NEW YORK TIMES
Por Hillel Fendel
O rabino Shlomo Amar, um dos dois rabinos-chefes de Israel encontrou uma nova maneira para contatar os judeus, que de outra forma não iriam ouvir as suas palavras: através das páginas do The New York Times.

Tentando atingir os corações dos judeus conservadores e reformistas o rabino Amar pretende fazê-los compreender – através de uma carta ao editor que foi publicada na sexta-feira passada - que os esforços deles contra a atual lei de conversão estão "causando grandes danos" para os judeus. Além disso, ele escreve que as tentativas para influenciar a legislação israelense, mesmo esperando contar com o envolvimento de legisladores dos Estados Unidos, não se coaduna com os princípios democráticos.
Em causa está uma proposta legislativa há muito aguardada em relação à regulamentação do aspecto cada vez mais escancarado das conversão ao judaísmo em Israel. A proposta, fortemente apoiada pelo Partido dos Imigrantes ‘Israel Nossa Casa’ bem como pelos partidos religiosos, tem sido mantida em suspenso pelo primeiro-ministro Binyamin Netanyahu, depois que se deparou com a forte campanha de oposição conduzida pelos movimentos reformistas e conservadores nos Estados Unidos.

A regulamentação proposta não se refere às conversões ao judaísmo nos Estados Unidos, mas sim prevê que o Rabinato Chefe de Israel é o único órgão autorizado a lidar com as conversões em Israel. Também afirma que uma conversão não pode ser anulada retroativamente, exceto pelo rabino ou a corte que a realizou.
Na carta do rabino Amar ao The New York Times pode-se ler o seguinte: Desde a criação do Estado de Israel as conversões ao judaísmo têm sido regidas pelo Rabinato Chefe. Como o Times relatou no seu artigo, este status quo tem sido contestado por uma petição à Suprema Corte de Israel, petição que tem o apoio de membros de movimentos conservadores e reformistas. No entanto, menos de 1% dos judeus que vivem em Israel são membros desses movimentos.
Esta proposta legislativa não tem o objetivo de trazer mudanças, mas somente visa manter a situação tal como ela existe há 62 anos. Se estes movimentos não-israelenses acreditam nos princípios democráticos, porque procuram intervir em uma questão que afeta somente os israelenses e que não afeta os judeus americanos? Ainda mais intrigante, como eles justificam o pedido para que 12 senadores americanos pressionem o governo israelense sobre este assunto que é somente interno?

As leis de Israel devem ser determinadas pelos residentes de Israel que defendem a sua segurança e sofrem os seus problemas. Se os nossos irmãos judeus imigrarem para Israel, nós iremos recebê-los com grande alegria, e então eles teriam o direito, como cidadãos, para lutarem pela aprovação conforme as suas perspectivas.

Os judeus da Diáspora que estão coagindo o governo israelense para abandonar esta proposta de legislação estão causando grandes danos. O projeto, sob o âmbito da lei judaica, iria ampliar o âmbito de conversão, impedir exigências injustificadas e proporcionar mais clemência e flexibilidade na sua aplicação. Muitos israelenses da Rússia se beneficiariam substancialmente. Na verdade, essa legislação foi proposta pelo Yisrael Beiteinu - um partido secular - e que representa mais de um milhão de russos israelenses.
Que esta desnecessária divisão termine rapidamente.

Shlomo Moshe Amar - Rabino-Chefe de Israel

Jerusalém, agosto, 2010



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