As autoridades do governo egípcio não compareceram à cerimônia, e o Ministro da Cultura, Farouk Hosni explicou que a abertura no domingo era uma cerimônia puramente religiosa. O Egito fica feliz em elogiar suas antiguidades faraônicas, mas as autoridades são mais discretas quando se trata de restauração de antigos locais judaicos. O Egito restabeleceu relações diplomáticas com Israel em 1979, mas muitos naquele país predominantemente muçulmano mantêm sua oposição para uma melhora nos laços culturais com o Estado judeu. O Egito iniciou a restauração dos seus locais judaicos há vários anos. A população judaica do Egito já contou com dezenas de milhares de pessoas e gozavam de completa liberdade religiosa, mas um êxodo em massa teve início depois que o Egito e vários outros países árabes travaram em 1948 uma guerra com o novo Estado de Israel. Atualmente apenas algumas dezenas de judeus ainda permanecem no Egito.
A sinagoga de Maimônides, conhecida no Egito pelo seu nome árabe de Musa Bin Maymun, tem o seu nome em homenagem ao estudioso judeu, filósofo e médico do século XII. Maimônides nasceu em Córdoba na Espanha em 1135 e devido a perseguições fugiu para o Egito, onde morreu em 1204. A sinagoga foi construída sobre o local onde foi enterrado, antes que seus restos mortais fossem transferidos para Tiberíades, onde hoje é Israel. O Egito tem 11 casas de culto judaico. Algumas delas já foram restauradas, como a sinagoga Ben Ezer na parte antiga do Cairo Velho e a Shaar Hashamayim no centro do Cairo.
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