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24.11.13

O enterro do Cabalista Rav Berg

por Billy Phillips
Que dia! Absolutamente surreal. Eu estava convencido, por diversos momentos, que eu acordaria de um sonho ruim a qualquer minuto.
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Eu nunca vivenciei algo tão transcendental; tão físico e tão cru na dor; tão espiritual e absolutamente bíblico em seu significado para as nossas almas e para este mundo (e eu não estou dizendo “bíblico” no sentido metafórico da palavra). O efeito que surtiu sobre cada um de nós de pé, sob um sol escaldante, vivenciando o impensável, era indescritível e, no entanto, provavelmente único para cada pessoa. O ar nos arredores do túmulo do Rav exalava uma fragrância que eu acho que deve ser do Jardim do Éden. Achei aquele ar inebriante e ficava perguntando para os meus dois filhos se eles podiam sentir aquele cheiro.
Tudo começou para mim na quinta-feira, antes de Yom Kippur. Eu visitei o Rav no hospital. O Rav estremecia de dor e enrijecia todo o seu corpo, gemendo e se contorcendo em uma batalha que está além do poder das palavras. O Rav estava delirando e realmente não me notou. Depois de algum tempo, chegou minha hora de ir embora. Eu me despedi do Rav e o Rav parou de estremecer e de se contorcer de dor, e de repente ficou em estado alerta. Ele parou, olhou para mim, feliz, e me deu aquele sorriso que é a marca do Rav, com um conhecido brilho nos olhos. Literalmente!
Então, o Rav voltou para a batalha. Essa foi a última vez que eu vi o Rav neste mundo físico.
Eu tive o mérito de ver o Rav no quarto do hospital, depois que o Rav deixou nosso mundo. O Rav estava brilhando e deitado em paz com a família ao seu lado. Ficou claro para mim que a Karen não era apenas a matriarca do nosso mundo, assim como Rachel, mas Karen também era nossa Rainha Esther, Sarah e todas as grandes carruagens femininas da Bíblia. Mas nenhuma delas é tão grande quanto a Karen, pois cada uma delas é uma parte de Karen.
Enquanto o Rav era sepultado, os gritos de Michael e Yehuda sacudiram as montanhas da Galiléia e cortaram a todos. Deixando Safed, eu estava ainda entorpecido e confuso, mas tranquilo, com uma certeza no meu coração que arde mais forte do que 400 milhões de sóis. Eu tive muitas conversas com o Rav nos últimos 25 anos, e apenas uma das quais eu vou compartilhar agora.
Há 15 anos atrás, o Rav me disse que ele estava com medo de dizer a Karen o que seria necessário para trazer o fim da dor, do sofrimento e da morte. Agora eu sei o porquê. A outra razão para minha certeza foram o choro e as súplicas dos dois santificados e amados filhos do Rav e da Karen, Yehuda e Michael. Eles deixaram bem claro, suplicaram e exigiram do mais profundo da alma humana, para que o seu pai continue a nos ajudar a concluir isto de uma vez por todas.
Iremos ver os resultados de suas orações ainda neste tempo, em nossas vidas. Porque se há um portão para o céu, os choros penetrantes de Yehuda e Michael acabaram de abrir esse portão como nunca antes na história humana. E assim, este não é o fim. Este é o início.

(Pletz.com)

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