Manhã de quinta, 07.04.11 (03 de Nissan 5771), parecia ser uma manhã normal, como qualquer outra. Saíndo atrasado para ir para faculdade, para variar, tudo bem.
Ao sintonizar a Rádio BandNews FM (96,9 - São Paulo), me deparei com o âncora, o reconhecido Ricardo Boechat, narrando sobre uma "tragédia" que acabava de acontecer. E era onde? Adivinham! Rio de Janeiro. Que lá acontece de tudo, isso já sabemos. Mas essa tragédia tinha um "quê" de diferente...
Nos últimos cinco anos, sempre assistimos e escutamos notícias de homens invadindo escolas e universidades, abrindo fogo, matando o maior número de pessoas e possíveis, e no final, os mesmos assassinos, se matam. Na maioria dos casos, os assassinos sempre tinham o "Mein Kampf" de Adolf Hitler na cabeceira de suas camas, além da maioria desses atos acontecer nos Estados Unidos. Na Europa, eram casos separados.
Na manhã do dia sete de abril, no país onde nada, e ao mesmo tempo, tudo acontece, ficou assustado. Wellington Oliveira, 23 anos, entrou na escola onde estudava, a Escola Municipal de Ensino Fundamental Tasso da Silveira no bairro do Realengo, Zona Oeste do Rio de Janeiro, dizendo que iria dar uma palestra. Essa palestra resultou em um ataque a crianças - em sua maioria, gurias - onde houve 13 vítimas fatais, e Oliveira, acabou se matando. Como manda o roteiro.
O país, sua Presidente, eu, minha esposa, minha mãe, todos ficaram perplexos pelo o que aconteceu. Nunca, em um ano, o caminho para a faculdade ficou tão triste. Anyway, cheguei na faculdade, noticiando - em primeira mão - a minha Professora (Cida Cavalcanti) e meus colegas sobre o que havia ocorrido. No Rio, aconteceu ás 8 da manhã. A aula começava, e eu, estava saíndo de casa.
Depois, não era pra falar. Wellington Oliveira, o assassino, ficava horas a fio em seu computador - que foi queimado antes do ataque - pesquisando sobre o Islã e planejando o triste evento, inclusive, a carta que deixou, foi impressa, apenas com a assinatura - por extenso - a mão. Ou seja, dá pra dizer, que em partes, foi um ataque terrorista? Pelo o que já conhecemos? Sim. Mas, foi mais um ataque de um doente mental que agora, para quem acredita, já está apodrecendo no inferno, sem sombra de dúvidas.
Como diria Fernando Haddad, Ministro da Educação: "a educação brasileira está de luto". Como estudante universitário e sobrinho de professores, eu afirmo: "já está faz tempo."
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