No momento em que esse texto foi escrito, a capital do estado natal do meu avô, Otávio Virgílio Z''L, estava vivendo seus piores dias, aparentemente.
Durante a leitura da Torá, porção (Parashá) Vayeshev, 20 de Kislev de 5771 (27 de Novembro de 2010), o professor de Cabala de origem israelense Yonatan Shani disse que "a coisa ruim que estava acontecendo no Rio de Janeiro foi, de fato, uma coisa boa". Como? "Podemos perceber o que nós temos que fazer: aumentar o nível de meditação para a paz", completou. Também, na sintonia diária do dia 24 de Novembro (17 de Kislev), o Rabino Yehuda Berg escreveu, que ao pararmos nosso ego, enxergamos obstáculos como oportunidades.
Talvez seja a solução para os cariocas agora, observar essa "guerra civil" como uma oportunidade. De real mudança. Mudança essa que preciso na minha vida também. É difícil deassociar Rio de Janeiro com tráfico de drogas e/ou violência, e também é difícil desassociar David Start-Cohen com irresponsabilidade.
Questiono-me ás vezes como um garoto, que pela sua idade já consegue ser conservador e é visto como "avançado", pode, em português claro, vacilar tanto? Não percebo as coisas boas em minhas mãos e por causa de atitudes egoístas, acabo prejudicando outras pessoas que outrora tinham admiração e confiança em mim. Como diria um cartaz dos Alcoolicos Anônimos, "chega uma hora que chega". Posso não só perder essas pessoas, como posso perder a vida, observando que não tenho mais namorada, família, amigos, para onde ir.
Desde janeiro de 2009, quando estava estudando Cabala em seu primeiro nível, travo uma guerra constante contra o "oponente". Observei-me vencedor em muitas batalhas. A guerra não acabou e nem irá acabar tão cedo. Só vou vencer se estiver feliz, com a minha família formada, filhos e mulher - meu real desejo. Se eu perder, não vai mais adiantar olhar para meus sobrinhos e ver o futuro - estarei morto. Não seria justo com D-us partir repentinamente depois de me dar tanta coisa boa, como vida, família e namorada.
Sabemos que o Criador não abandona suas criaturas. Nunca encostou minha Camilla, nunca me encostou. Não foi á toa que uniu os dois no dia 28 de Julho de 2010 (18 de Av de 5770), e tenho certeza que é o resto dos anos. O medo acabou. E a irresponsabilidade? Ficará até quando eu perder tudo?
Ian Curtis contribuiu para o título desse texto. Retirei do refrão da canção "Day Of The Lords", da banda britânica Joy Division, do álbum "Unknown Pleasures" de 1979, onde ele pergunta "quando irá acabar?", se referindo ao clima de dor e sofrimento retratado no resto da letra. É uma pergunta que me faço todos os dias. Quando vou ser sério? Quando vou agir mais e pensar menos? Quando vou tomar coragem? Vou ter essas respostas o mais rápido possível. Não somente para viver ao lado de quem mais amo, mas sim para não acabar como meu ídolo citado anteriormente, que disse que não iria passar dos 25 anos. Enforcou-se aos 23.
Estou com 19 anos, há três meses de completar 20. Tenho esperança que vou ter as respostas que preciso a tempo. "O verdadeiro milagre começa pela gente", também disse Yonatan Shani. Para acreditar em milagre, é preciso acreditar mais em mim. A hora é agora.
Você não é irresponsavel, somente um pouco Imaturo, e muito inseguro.
ResponderExcluirAcho que ta na hora de mudar isso né!!!