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14.2.11

Oh, Africa!





 


2010 foi o ano da África. Não somente por causa da Copa do Mundo. Mas sim, futebolisticamente falando, 2010 foi realmente o ano da África. A seleção de Gana, os Black Stars, foram longe demais, só perderam para eles mesmos, frente á tradição dos pampas uruguaios, e a mão de Luís Suárez, e o nervosismo de Asamoah Gyan, e a "cavadinha" de Sebástian "El Loco" Abreu, atual Botafogo e ex-River Plate e Beitar Yerushalayim.



Nos Emirados Árabes Unidos, onde os petro-dólares "roubaram"  o Mundial Interclubes do nosso querido Japão, aconteceu mais uma travessura dos "irmãos". Ninguém conhecia o Tout Puissant Mazembe (República Democrática do Congo), Campeão Africano Interclubes. Sim, o verbo conhecer está no passado. Porém, todo o mundo conhece o rival do meu Grêmio Football Porto-Alegrense, o Sport Club Internacional, duas vezes campeão da Libertadores da América (com uma final vencida contra o São Paulo, e na outra vez, na semi-final venceu o mesmo Tricolor Paulista) e campeão do Mundo em 2006, vencendo o todo-poderoso FCBarcelona de Deco e Ronaldinho Gaúcho (ambos são rivais agora no Rio de Janeiro, um no Fluminense - Campeão Brasileiro de 2010, e outro no Flamengo).

Também, todos sabem que o Grêmio é duas vezes campeão da Libertadores, e uma vez só campeão do Mundo, em 1986. O desconhecido Mazembe fez com que os grandes rivais de Porto Alegre se igualassem até nisso. Mas há uma "pequena" diferença. Desde 2005, ao menos nesse formato, nunca uma equipe sul-americana perdeu nas semi-finais do Mundial. Temos a lista: São Paulo, Internacional, Liga Deportiva Universitaria de Quito e Estudiantes de La Plata. O Inter poderia estar nessa lista pela segunda vez. Sim, o verbo poder está no passado.




A equipe congolesa despachou os colorados por 2 a 0 na semi-final da agora Copa do Mundo de Clubes. Eis o problema. Quando o Imortal Tricolor perdeu sua segunda final, foi para o grande Ajax Amsterdam (Holanda), que em 1996, era a base da seleção holandesa, que poderia fazer mais bonito do que o Brasil que a venceu na copa seguinte (França-1998). Isso quando era um jogo só, a Copa Intercontinental, disputada no Estádio Nacional de Tokyo.

A "zebra" nunca passeou na Copa do Mundo de Clubes. Passeou quando ainda era Campeonato Mundial de Clubes, a primeira edição da competição em questão, ainda disputada no Japão em 2005, quando o "já vencedor" Liverpool teve três gols corretamente anulados pelo árbitro mexicano "São" Benito Archundia e ainda tomou um gol do volante gaúcho Carlos Luciano da Silva, o "Mineiro", que deu o terceiro título mundial para o São Paulo Futebol Clube. E foi só. Em 2009, quase que nuestros hermanos do Estudiantes repetiu o feito do Inter e do São Paulo. Quase. Tomou virada na prorrogação para o Barcelona de Lionel Messi (Melhor do Mundo em 2010), e a zebra só mostrou as caras um ano depois, e os colorados foram as vítimas.




Esse texto não foi escrito ás risadas. Muito pelo contrário, gostaria de ver a Internazionale contra o Internacional. Não vou ver, vai ficar no FIFA ou no Winning Eleven/Pro Evolution Soccer (né, Corinthians?). Apesar de tudo, a final da Copa do Mundo de Clubes selou o ano da África, já que seu melhor jogador em campo foi um africano, o lendário goleador Samuel Eto'o Fils, que só faltou fazer chover contra seus conterrâneos.



Pois é, parafraseando a canção do artista pop senegalês-estadunidense Akon, "Oh, Africa"!

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