Termina o ano no qual assumi a identidade judaica. Me converti? Nada! Tá bem longe. Pero, é muito bom relembrar o que HaKadosh Baruch Hu fez por mim nesse ano que se encerra. Pelo menos para nós, Judeus.
Começo 5769 a todo vapor. Primeira vez que respeito o Yom Kippur, e primeiro evento que eu fui no Kabbalah Centre de São Paulo. Sabe onde? Logo no Salão Adolpho Bloch do clube "A Hebraica", onde sonho em "bater uma bolinha" por ali. Não foi fácil ficar 25 horas e 50 minutos sem comer. Isso é o que eu chamo de "pagar pelo o que fez!"
Desde então, freqüento o Kabbalah Centre desde aquele Yom Kippur. Antes era na Alameda Campinas, mudou para a Rua Guarará, e agora está (até onde eu saiba por aqui) na Alameda Itú.
Lá, é o único lugar que posso rezar (quando é de graça), já que tomei um NÃO do Rabino Michel Schlesinger, da Congregação Israelita Paulista.
E assim foi.
Minha ex-namorada, Priscila Gama, partiu para Minas Gerais no início do ano. Nunca mais tive contato com a mesma. Acredite, solteiro desde então.
Minha primeira comemoração de Chanukkah poderia ser melhor, se não perdesse inúmeras cerimônias abertas. "Fiquei tão feliz com isso..."
Veio Tevet. E o início do ano comum de 2009. No dia 5 de Tevet (31/12/2008 - 01/01/2009) passei a madrugada inteira tentando beber. No final, perdi um jogo de bilhar e tive que atravessar uma rua aqui perto de casa sem calças. Apostas entre amigos, coisas boas da vida.
Vida essa que, no dia 15 de Tevet (10/01/2009 - 11/01/2009) ficou por um fio. Era Shabat Vayechi, e na benção HaGomel levantei e disse a benção, sendo que nada tinha acontecido naquela semana que se acabava. Era uma previsão. Havia saído da Casa Laranja (na época, sede do Movimento Humanista na Zona Leste) e de uma roda de pizza com amigos, quando...
Conversando com meu grande camarada (e chará do meu irmão) Leandro Chaves no ônibus (3773/10 - Jardim Rodolfo Pirani - Metrô Carrão) na volta pra casa, pensei que tinha passado do ponto. Coloquei minha cabeça pra fora do ônibus. Meu boné voou, e o ponto nem tinha passado. Era o próximo.
Desci correndo do ônibus em sentido inverso para ver se achava o meu, já perdido, boné. Um homem veio a mim "do nada" atravessando a Avenida Aricanduva. Isso era por volta de zero hora. No começo, estava conversando comigo, depois, me assaltou "no grito". Levou minhas coisas, mas, saiu sem camisa, que rasguei brigando com ele.
Depois de ter feito o boletim de ocorrência, cheguei em casa e dormi. Pero, logo acordei. Era uma ligação do Hospital Santa Marcelina, dizendo que um homem que se passava por "Guilherme Conde" tinha sofrido um grave acidente.
Ele caiu do teto da quadra da escola de samba "Flor de Vila Dalila". Era uma altura de nove metros. No dia seguinte não o reconheci na maca. Já era tratado como morto, praticamente. Se não fosse as calçãs jeans (e as minhas coisas, lógico), deixaria queto. "Nessa altura do Campeonato Brasileiro", ele não se recuperou. Deve ter falecido. Eu o vi em coma e com múltiplas fraturas, na UTI e respirando com a ajuda de aparelhos. Alguma dúvida?
Fica a questão: perdôo ou não? Creio que Hashem já trocou idéia pessoalmente com ele. Tá tudo bem.
Shevat chega com um "trampo no gatilho". No ramo do telemarketing. A empresa? Uma tal de Almaviva. Aprendi muito, pero, fiquei pouco, só 35 dias. Comemorei Purim "na raça" (com 50 pratas ganhos lá no Kabbalah Centre mesmo!), mas, desempregado. Até começei a fazer faculdade - Licenciatura em História - interrompi. Por quê será? (Também, a Infra-estrutura e organização da UNIESP não ajudaram!)
Veio Pessach, que também comemorei. Treinando futebol, mas, desempregado, na metade da contagem do ômer, começo a fazer um curso muito interessante, conhecendo pessoas também interessantes.
18 anos completados. Nos dois calendários.
O que mudou? Até agora não sei.
Lembrando ao fato que respeitei Tisha B'Av também.
Não posso esquecer. Lá entre Tevet e Nissan estudei Kabbalah graças a uma oportunidade que Hannah Berkowitz, uma das "grandonas" do Kabbalah Centre de São Paulo, me deu. Desde então, Marcelo Steinberg está me ensinando mais coisas sobre a Kabbalah e como adequá-la ao meu cotidiano. Está me ajudando muito.
Nesse ano de 5769, devo, se não tudo, muita coisa ao Kabbalah Centre de São Paulo. Mas, acreditam que achei uma sinagoga aqui no Tatuapé? Por intermédio dela, conheci o Rabino Meir Bottom e sua idéia "napoleônica" de montar uma Universidade Judaica aberta. Essa idéia é napoleônica para os Haredim (judeus ortodoxos). Eu já comprei a idéia. E garanto que vai dar certo. Passei Shavuot nessa sinagoga, a Beit Hamidrash Yehuda.
Puxa, quanta coisa nesse ano que está acabando!
Enquanto minha mente está em Montréal, Tokyo, Haifa, Toronto, Tel-Aviv, Yerushalayim, eu fisicamente (e infelizmente - brincadeira!) estou em
São Paulo, 29 de Elul de 5769. (17/18 de Setembro de 2009)
O que me espera neste novo ano?
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