Um protesto que se transformou em
violência racista em Tel Aviv desencadeou no último dia 24, uma grande
polêmica sobre a presença em Israel de cerca de 60 mil imigrantes
ilegais, a maioria sudaneses e eritreus, que entram no país através do
Sinai egípcio. Na quarta-feira à noite, centenas de israelenses ocuparam
as ruas do bairro pobre de Hatikva, localizado no sul de Tel Aviv, aos
gritos de "sudaneses no Sudão" e outras frases xenófobas, criticando "as
belas almas esquerdistas" que defendem os estrangeiros.
Alguns manifestantes atacaram e saquearam
lojas de propriedade de africanos e atiraram pedras em vários carros de
imigrantes, informou à AFP o porta-voz da polícia, Micky Rosenfeld. A
polícia prendeu 20 manifestantes e pediu nesta quinta-feira à justiça
para estender a detenção de 16 deles, incluindo quatro menores de idade.
A polícia também exigiu a prorrogação da prisão de sete outros jovens
acusados de envolvimento em ataques contra imigrantes no início desta
semana.
Nenhum imigrante ficou ferido e os
reforços policiais permaneceram "na área para manter a calma", disse
Rosenfeld. O ministro do Interior, Elie Yishai, líder do partido
religioso Shass, não mediu palavras ao afirmar que devemos "colocar
atrás das grades" todos os imigrantes ilegais africanos.
"Eles devem ser colocados em centros de detenção e, em seguida, precisam ser enviados para casa, porque eles chegam para tirar o trabalho dos israelenses. Precisamos proteger o caráter judaico do Estado de Israel", afirmou Yishai à rádio militar. Se o governo não agir, advertiu Yishai, "em breve eles serão meio milhão ou até um milhão".
Segundo dados oficiais, 60.057 imigrantes ilegais entraram em Israel, vindos principalmente do Sudão, Sudão do Sul e da Eritreia. Na tentativa de deter esta maré, o governo acelerou a construção de um muro ao longo de 250 km de sua fronteira com o Egito, região que corta o deserto do Sinai. As obras devem ser concluídas até o final do ano.
"Eles devem ser colocados em centros de detenção e, em seguida, precisam ser enviados para casa, porque eles chegam para tirar o trabalho dos israelenses. Precisamos proteger o caráter judaico do Estado de Israel", afirmou Yishai à rádio militar. Se o governo não agir, advertiu Yishai, "em breve eles serão meio milhão ou até um milhão".
Segundo dados oficiais, 60.057 imigrantes ilegais entraram em Israel, vindos principalmente do Sudão, Sudão do Sul e da Eritreia. Na tentativa de deter esta maré, o governo acelerou a construção de um muro ao longo de 250 km de sua fronteira com o Egito, região que corta o deserto do Sinai. As obras devem ser concluídas até o final do ano.
O ministro do Interior considera, no
entanto, que esta medida não será suficiente. "Mesmo que tenha 12 metros
de altura, haverá escadas de 13 metros". Um deputado do Likud, o
partido de direita do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, Miri Regev,
que participou da manifestação de quarta-feira, comparou os imigrantes
ilegais com "um câncer que se prolifera". Danny Danon, outro membro do
Likud, tem defendido a deportação imediata dos imigrantes ilegais.
Contudo, Ron Huldai, o prefeito de esquerda de Tel Aviv, declarou que "se o governo permite que imigrantes ilegais se estabeleçam em Tel Aviv, é preciso capacitá-los a viver, permitindo-lhes trabalhar". Na semana passada, o delegado Yohanan Danino também havia declarado que a melhor maneira de combater a criminalidade entre os imigrantes ilegais é capacitá-los para trabalhar.
Contudo, Ron Huldai, o prefeito de esquerda de Tel Aviv, declarou que "se o governo permite que imigrantes ilegais se estabeleçam em Tel Aviv, é preciso capacitá-los a viver, permitindo-lhes trabalhar". Na semana passada, o delegado Yohanan Danino também havia declarado que a melhor maneira de combater a criminalidade entre os imigrantes ilegais é capacitá-los para trabalhar.
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