Claudia Costin
Cláudia Maria Costin nasceu em São  Paulo. Graduou-se em Administração Pública, fez mestrado em  Economia, doutorado em Administração Pública e especializou-se em  políticas públicas. Desde janeiro de 2009, ocupa o cargo de Secretária  Municipal de Educação do Rio de Janeiro. 
Referência em gestão pública no Brasil e no exterior, Claudia foi Ministra da Administração e Reforma do Estado, Secretária-adjunta de Previdência Complementar, Secretária da Cultura do Estado de São Paulo, Gerente de Políticas Públicas do Banco Mundial e Vice-Presidente da Fundação Victor Civita entre os anos de 2005 e 2007. .
Atuou como consultora para os governos de Angola e Cabo Verde nas áreas de administração pública, gestão de estatais, planejamento e modernização. Sua experiência como consultora internacional engloba também os governos de Guiné Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe.
Na vida acadêmica, atuou como professora universitária nas faculdades FGV, PUC-SP, Unicamp, Universidade de Taubaté, Universidade de Brasília, FAAP e IBMEC-SP. Claudia também foi professora-visitante do curso Estado e Globalização da Escola Nacional de Educação Pública, da Universidade de Quebec, no Canadá.
PERGUNTAS:
1) O que fez de mais importante em sua vida?
Referência em gestão pública no Brasil e no exterior, Claudia foi Ministra da Administração e Reforma do Estado, Secretária-adjunta de Previdência Complementar, Secretária da Cultura do Estado de São Paulo, Gerente de Políticas Públicas do Banco Mundial e Vice-Presidente da Fundação Victor Civita entre os anos de 2005 e 2007. .
Atuou como consultora para os governos de Angola e Cabo Verde nas áreas de administração pública, gestão de estatais, planejamento e modernização. Sua experiência como consultora internacional engloba também os governos de Guiné Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe.
Na vida acadêmica, atuou como professora universitária nas faculdades FGV, PUC-SP, Unicamp, Universidade de Taubaté, Universidade de Brasília, FAAP e IBMEC-SP. Claudia também foi professora-visitante do curso Estado e Globalização da Escola Nacional de Educação Pública, da Universidade de Quebec, no Canadá.
PERGUNTAS:
1) O que fez de mais importante em sua vida?
É difícil definir o que se fez de mais  importante, pois a vida tem diferentes dimensões. Certamente, na  dimensão profissional foi fundamental, em parceria com José Mindlin e  José Luiz Goldfarb, fomentar a leitura em todo o País e implantar  bibliotecas em todo o interior paulista e nas principais favelas da  cidade de São Paulo, como foi a de criar novos museus e fortalecer os  existentes no estado de São Paulo. Mas nada se compara com o esforço  para dar um salto na qualidade da Educação carioca. Tem sido a melhor  experiência profissional da minha vida.
Na dimensão pessoal, criar meus filhos e, junto com eles, fazer o caminho de volta para o judaísmo, foi o que pude fazer de melhor. Vindo de uma família de judeus do Leste Europeu (tanto do lado paterno quanto materno) que, por trajetórias diferentes, converteram-se para o cristianismo, resgatar as raízes e vir a conhecer a riqueza de nossa tradição foi fundamental.
Na dimensão pessoal, criar meus filhos e, junto com eles, fazer o caminho de volta para o judaísmo, foi o que pude fazer de melhor. Vindo de uma família de judeus do Leste Europeu (tanto do lado paterno quanto materno) que, por trajetórias diferentes, converteram-se para o cristianismo, resgatar as raízes e vir a conhecer a riqueza de nossa tradição foi fundamental.
2) O que lamenta não ter feito, ou ainda deseja fazer, de importante? 
Desejo ainda consolidar a transformação  que estamos vivendo na Educação carioca. Sonho com o dia em que os  jovens de escolas públicas do Rio possam competir com os das melhores  escolas privadas, com chances de sucesso e alegria em suas opções  pessoais e profissionais. Naturalmente, desejo o mesmo para o País.  Quero ver o Brasil brilhar no PISA, teste internacional de qualidade da  Educação aplicado a jovens de 69 países, em que o Brasil, apesar de  melhorar nos anos recentes, ainda está muito mal colocado.
3) Diante da multiplicidade de  disputas e conflitos étnicos e raciais se generalizando em todo mundo,  você acha que a Humanidade caminha para tempos sombrios? 
Não creio esteja caminhando para tempos  sombrios. Há muitos aprendizados a se fazer ainda, mas se pensarmos que  aceitávamos como normal, no século XIX, que um ser humano escravizasse  outro, ou que apenas uma parcela da população tivesse acesso a  escolaridade (em 1930 tínhamos, no Brasil, apenas 21,5% das crianças na  escola), houve um avanço inequívoco. Mas ainda falta muito na construção  de uma sociedade mais justa: um bilhão de pessoas no planeta ainda  estão excluídas dos benefícios do desenvolvimento; agredimos o ambiente,  colocando em risco o futuro das futuras gerações (embora a consciência  deste triste fato venha crescendo junto com a construção de soluções) e  os preconceitos ainda são fortes (porém mais reportados, visto que as  leis e a consciência pública da maior parte dos países desenvolvidos os  tornou inaceitáveis)  
4) Você concorda com o balizamento  estatal ou religioso nas opções e preferências pessoais de cada  individuo, incluindo a comunicação, opção sexual, vestimenta, fumo e  bebida? 
Sou contra teocracias. O Estado não deve  fazer escolhas pelos indivíduos (a não ser para proteger direitos de  crianças ou para evitar danos a direitos de outrem, estabelecidos em  lei). Este princípio, aliás, foi um dos avanços da Humanidade,  claramente estabelecido nas democracias. Não há mais religiões oficiais  em parte importante dos países e direitos de minorias religiosas  costumam ser respeitados no mundo desenvolvido.
5) Qual seria a sua reação caso tivesse tolhido seu direito de opinar, e consumir e de se expressar? 
Vivi sob a ditadura militar e, assim,  tenho a lembrança clara de minhas reações ao desrespeito ao direito de  livre expressão.  Participei de manifestações contra o poder autoritário  e isso me valeu duas prisões. Não se deve aceitar o cerceamento da fala  e ao acesso a informações que possam formar um juízo independente dos  cidadãos.
(Fonte: Notícias da Rua Judaica)
 
 
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