O gaúcho Alexandre Moser Vissoky, de 18 anos, é o primeiro entrevistado numa nova série de entrevistas que começa esta semana, que focará nos participantes do MASA (pronuncia-se “massá”), uma instituição que oferece bolsas para jovens que desejem passar de cinco a dez meses em Israel, estudando, trabalhando ou viajando pelo país. Desde 2005, quando foi criado, a filial brasileira do MASA já enviou a Israel cerca de 1.250 jovens de 18 a 30 anos através de um leque de 150 programas.
Há pouco mais de seis meses em Israel pelo programa Lech Lechá, um dos mais procurados do MASA, Alexandre Vissoky aproveita a experiência para estudar hebraico e trabalhar como voluntário em Jerusalém, onde começa em breve a ajudar crianças com problemas motores através da chamada equinoterapia, ou terapia com ajuda de cavalos.
ALEXANDRE MOSER VISSOKY
1) Por quê você decidiu viajar para Israel?
Por uma série de fatores. Queria conhecer a vida no exterior, estar sozinho, limpar, cozinhar, lavar... Crescer de verdade. Comecei a verficar oportunidades. Mas, pela facilidade econômica e pelo sentimento judaico, decidi por Israel.
2) Por quê escolheu um programa ligado ao MASA?
Meu pai fez a indicação e eu averiguei. Acabei não precisando averiguar outras opções.
3) Do que você mais gostou em Israel?
Das amizades que fiz. É muito bom conhecer pessoas de outros países. Me identifiquei com muitos.
4) O que mais estranhou?
A comida. A falta de carne como em Porto Alegre. Cresci fazendo churrascos todos os domingos. Aqui em Israel, a única vez que comi um bom churrasco foi quando meu pai veio me visitar.
5) Qual o ponto alto do programa?
O verão. Acampei com amigos, viajei muito.
6) O que poderia se melhorado?
A organização. O pessoal do Lech Lechá é gente boa. Mas às vezes podem ser meio desorganizados. Quando quero alguma coisa, tenho que correr atrás.
7) Qual a maior lição da experiência?
Acho que aprendi a ser um pouco israelense, no jeito de ser. Ser mais duro por fora, mesmo mantendo a suavidade por dentro. Os israelenses não se importam com aparências. Eles provam o que são com atos concretos e não com palavras à toa. Gosto disso.
8) O que você diria para quem pretende visitar o país?
Diria para não perder tempo. Vir logo e deixar os preconceitos para lá. Aqui a atrações para todos. A visão que se tem de Israel, no Brasil, é errada. Não há a vivência de guerra que se pinta no Brasil.
(Fonte: Notícias da Rua Judaica)
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