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30.1.11

Judeus na Antiga União Soviética Lutam Para Sobreviverem

A crise econômica deixa os idosos sem medicamentos e comida, enquanto que as crianças logo não poderão ir mais para suas escolas. "Eu não entendo como os judeus do mundo inteiro possam ver o desespero deles, mas não os ajudam" afirma Yechiel Eckstein, presidente da ‘International Fellowship of Christians and Jews = Sociedade Internacional de Cristãos e Judeus’. A condição da comunidade judaica na antiga União Soviética está se deteriorando: Dezenas de milhares de judeus idosos que vivem na Comunidade de Estados Independentes não estão mais recebendo cestas básicas de alimentos e remédios, e o sistema escolar judaico está à beira do colapso.
A crise econômica mundial resultou que as organizações de ajuda humanitária que auxiliam os judeus no Bloco de Leste disputando magros recursos nos últimos anos. Representantes dessas fundações, incluindo a Sociedade Internacional de Cristãos e Judeus, o Joint Distribution Committee, o Chabad, a Agência Judaica, bem como o Ministério da Educação de Israel, se reuniram para uma conferência de emergência na semana passada para elaborarem um plano estratégico para aliviar as dificuldades dos judeus naquela parte do mundo.

O American Jewish Joint Distribution Committee, uma organização humanitária que proporciona apoio aos judeus idosos relatou que este ano tiveram que reduzir o número de beneficiários da ajuda de 200.000 para 150.000 - deixando um quarto da população idosa sem assistência básica. "Somos obrigados a distribuir menos de tudo", disse Asher Ostrin, o diretor-executivo para programas para ex-União Soviética do JDC. "As necessidades estão crescendo, mas o orçamento não está".
De acordo com Ostrin, a população judaica naquela parte do mundo está a envelhecendo e ficando mais pobre. Como os governos proporcionam aos seus cidadãos idosos apenas uma magra pensão, muitos deles vivem em situação de pobreza, incapazes de pagar por serviços médicos ou remédios.

O JDC é obrigado a priorizar apenas as pessoas que estão gravemente enfermas em detrimento aos que não têm comida ou remédios. "Se a condição de uma pessoa idosa se deteriora e precisa de assistência, essa assistência, infelizmente, vem à custa de outra pessoa idosa" relatou Ostrin. "Comida e o fornecimento de remédios são menos urgentes do que uma pessoa deitada na cama sozinha em casa, prestes a morrer".A falta de dinheiro também está afligindo a população mais jovem. A Heftziba, a rede de escolas da Agência Judaica que oferece educação judaica para milhares de crianças, muitas das quais são carentes, recentemente relatou sérias dificuldades financeiras. O governo israelense, que costumava fornecer um orçamento anual de NIS 80 milhões (US$ 22,4 milhões) para as escolas, reduziu nos últimos anos esse orçamento para NIS 20 milhões (US$ 5,6 milhões). A Sociedade Internacional de Cristãos e Judeus interveio no sentido de ajudar, mas esses esforços não são suficientes.
"É preciso compreender que as escolas no leste da Europa não são apenas instituições de ensino", disse o rabino Yechiel Eckstein, que dirige a Sociedade. "Existem muitas crianças órfãs que não têm casas. Sem essas escolas vão ser jogadas na rua". "O que eu não compreendo é, se os judeus em Israel e em todo o mundo não entendem o estado grave dos judeus que vivem lá - ou então que não se importam" ele acrescentou. "Quando eu observo essas condições difíceis, não entendo como ninguém vem para ajudá-los".

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