Translate 4 Your Language

19.10.10

Repórteres Sem Fronteiras divulga lista com melhores e piores países para jornalistas

DA EFE, EM PARIS 

A ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF) pediu nesta terça-feira a libertação do dissidente chinês prêmio Nobel da Paz, Liu Xiaobo. Também fez uma advertência a Pequim, denunciou a impunidade no México e destacou os avanços da América Central e do Brasil em relação à liberdade de imprensa.

A organização publicou hoje sua nona edição da classificação anual da liberdade de imprensa, com a análise de 200 países. No documento, afirma que "mais do que nunca observamos que desenvolvimento econômico, reforma de instituições e respeito dos direitos fundamentais não andam juntos".

Após pedir a libertação do prêmio Nobel da Paz deste ano, a RSF advertiu que a China corre "o risco de entrar em um beco sem saída" e prestou homenagem à "determinação dos defensores dos direitos humanos, jornalistas e blogueiros que no mundo defendem com coragem o direito de denunciar, e cuja sorte sempre ocupa nosso pensamento".

México, junto a Afeganistão, Paquistão e Somália, são países "abertamente em guerra, as situações de caos se tornam eternas, ancoradas em uma cultura de violência e de impunidade onde a imprensa é um dos principais alvos", segundo a RSF.
 
AMÉRICAS

O relatório destaca também que, pela primeira vez desde a criação da classificação anual, em 2002, Cuba não faz parte dos dez últimos, embora ocupe o 166º lugar.

"Esta progressão se deve principalmente à libertação de 14 jornalistas e 22 militantes durante o verão de 2010. No entanto, a situação no país não evoluiu muito, a censura e a opressão são ainda cotidianas para os dissidentes políticos e os profissionais da informação", afirma a RSF.

Na América Latina, após Cuba, o país mais atrasado é a Colômbia (no 145º lugar), seguido de México (136º), Venezuela (134º), Peru (109º), Bolívia (104º) e Equador (102º).

A República Dominicana ocupa o posto 97, seguido da Nicarágua (83º), Guatemala (77º), Brasil (58º), Argentina (55º), Paraguai (54º), El Salvador (51º), Uruguai (38º), Chile (33º) e Costa Rica (29º).

Os Estados Unidos ocupam a 20ª posição, seguidos pelo Canadá, o que os transformam nos países da América mais bem colocados.
 
BRASIL

Crescimento econômico "não significa liberdade de imprensa, apesar do desenvolvimento econômico dos Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) ser muito similar, a classificação 2010 revela que existe uma grande disparidade entre as situações da liberdade de imprensa", assinala o relatório.

Nesse contexto, indica que o Brasil desfruta de uma importante evolução, ascendendo 13 lugares em relação a 2009, enquanto a Índia caiu 17 posições e ficou no lugar 122, e a Rússia é o 140º colocado.
 
EUROPA

Quanto aos 27 países-membros da União Europeia, 13 se encontram nos 20 primeiros lugares; 14 estão abaixo da 20ª posição, entre eles Espanha (39º) e Portugal (40º), e alguns se encontram muito abaixo na classificação: Grécia (lugar 70º), Bulgária (70º), Romênia (52º) e Itália (49º).

Na União Europeia "a distância continua aumentando entre os bons e os maus", assinala o relatório, que destaca os casos da França (no lugar 44) e da Itália, por "violação da proteção das fontes informativas, concentração de comunicação, menosprezo e impaciência do poder político em relação aos jornalistas e seu trabalho".

Reconhece, além disso, como motores da liberdade de imprensa Finlândia, Islândia, Noruega, Países Baixos, Suécia e Suíça, que lideram a lista.
 
OS PIORES

Se nos anos anteriores a organização Repórteres sem Fronteiras apontavam com o dedo "o trio infernal" --Eritreia, Coreia do Norte e Turcomenistão--, este ano o grupo é maior, de dez países, "marcado pelas perseguições contra a imprensa e a ausência total de informação".

Os dez últimos países da lista "onde é melhor não ser jornalista", segundo a RSF, são Eritreia (178º), Coreia do Norte (177º), Turcomenistão (176º), Irã (175º), Mianmar (174º), Síria (173º), Sudão (172º), China (171º), Iêmen (170º) e Ruanda (160º).

Entre as maiores quedas, se destaca a das Filipinas (156º), pelo massacre de cerca de 30 jornalistas.


(Fonte: Folha OnLine)

"Talvez eu seja um desses repórteres sem fronteira. É um sonho. Ser jornalista é dar a vida pela informação, estou disposto a pagar esse preço, com a proteção de Hashem!"

Nenhum comentário:

Postar um comentário