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24.10.10

Canadá Não É Eleito Para O Conselho de Segurança da ONU Por Seu Apoio a Israel

Por AVNI BENNY: Especial para o New York Sun

NAÇÕES UNIDAS – O aumento dos laços do Canadá com Israel e sua defesa de Jerusalém custou-lhes um assento no Conselho de Segurança, afirmam diplomatas, depois de dias de manobras por parte dos países árabes e também do Brasil e de Cuba, e quando os Estados Unidos simplesmente quase desapareceu. O fracasso do Canadá para ocupar no próximo ano um assento no Conselho de Segurança interromperá uma tradição do vizinho do norte dos EUA que sempre foi eleito para o mais prestigiado organismo das Nações Unidas em todas as décadas desde 1948. Diplomatas experientes dizem que o papel do Brasil foi fundamental nesta derrota do primeiro-ministro Harper nesta eleição internacional que colocou o Canadá, que tradicionalmente sempre esteve presente neste órgão da ONU, competindo com um dos países menos influentes da União Européia - Portugal
O Canadá retirou sua candidatura na eleição para uma das cinco vagas disponíveis no Conselho depois que percebeu que Portugal havia recebido votos suficientes na Assembléia Geral para a votação secreta para o único assento realmente em disputa. Várias fontes relataram que membros de um poderoso bloco de eleitores na assembléia de 192 membros - os 57 países das Organizações da Conferência Islâmica (OCI)- se uniram para votar em Portugal ao invés do Canadá, principalmente por causa do apoio demonstrado por Harper em relação a Israel.

Além dos países das Organizações da Conferência Islâmica, os países anti-ocidentais, como Cuba e Venezuela se mostraram ativos na oposição à candidatura do Canadá. O governo de centro-direita de Harper, que no inicio tentou ficar fora da disputa, aumentou os seus esforços nas últimas semanas, ao montar uma campanha mundial para sua eleição no Conselho.
Mas um diplomata conhecedor das negociatas de bastidores que marcam a votação anual da Assembléia relatou que altos diplomatas do Brasil estiveram muito ativos durante as últimas semanas, convencendo os países muçulmanos que "os votos do Canadá em questões relacionadas a Israel não seriam diferentes do que os dos Estados Unidos, enquanto que Portugal seria mais ‘equilibrado’". Steven Edwards que é o correspondente do jornal canadense National Post junto à ONU, informou que funcionários do Ministério de Relações Exteriores em Ottawa criticaram o timing de uma visita do Ministro do Comércio Peter Van Loan à Tel Aviv, e o seu anuncio no domingo - na véspera da votação na ONU - da sua intenção de estreitar ainda mais as relações comerciais do Canadá com Israel.

"Isso não é maneira de fazer amigos e influenciar pessoas no âmbito da ONU" disse hoje um diplomata. Enquanto se achava que os blocos que incluiriam os países Africanos e da América Latina fossem ficar divididos, os países árabes e da OCI votariam em bloco para impedir a entrada do Canadá para no Conselho.

O governo de Steve Harper se tornou um dos maiores defensores de Israel em organizações como o Conselho de Direitos Humanos da ONU em Genebra, onde membros como a Cuba e a Líbia sempre se posicionaram contra Israel e sempre procurando angariar votos suficientes contra este país.

Há alguns anos atrás o embaixador americano na ONU teria feito pronunciamentos públicos em defesa do Canadá, porém nas manobras relativas à votação, os diplomatas americanos se mostraram praticamente ausentes.

"Tenho duas direitas pra derrubar. Vermelho ou Azul? Francês ou Hebraico? Maguen David ou The Maple Leaf? Toronto ou Haifa? Montréal ou Jerusalém? Difícil, não? Veremos daqui um ano."

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